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Entenda por que o dólar subiu tanto e como isso afeta o seu bolso

Written by Time Ativa | Mar 18, 2020 11:29:13 AM

Pela primeira vez na história, o dólar comercial fechou acima de R$ 5, nesta semana, e pode continuar subindo. Essa escalada da moeda é consequência do coronavírus, que avança por todo o mundo.

Por outro lado, como o governo norte-americano adotou uma série de medidas para conter os impactos da pandemia, é possível que a divisa perca força em breve. Isso deverá acontecer quando houver uma redução do nível de aversão global.

O problema é que, dado o nível atual da pandemia, é provável que essas medidas continuem sendo demandadas pelo mercado. Assim, essa ação diminui a procura, mas não esgota a busca por esses instrumentos. Isso se reflete no fato de que já começamos a observar uma reação da B3, mas o real continua a se desvalorizar frente ao dólar.

Sendo assim, podemos dizer que é possível que a moeda americana suba nos próximos dias, pois ainda estamos em uma fase muito incipiente da crise. Quando atingirmos momentos agudos, o nível de estresse do mercado será tão alto quanto a busca por estas divisas. Ainda é cedo para dizer, mas é possível que a cotação se mantenha.

E por que a alta do dólar impacta o meu bolso?

Como inúmeros produtos dependem do dólar para chegar à sua formação final, eles variam de preço de acordo com a moeda americana. Do trigo a remédios, a lista de produtos que contêm componentes cotados em dólar é grande.

Porém, se o assunto é preço, é válido também olhar sob outro prisma. O Brent (petróleo) atingiu valor inferior a US$ 30, e isso pode fazer com que a Petrobras repasse essa redução do preço ao consumidor final. Isso quer dizer que você pode acabar pagando menos pelo litro da gasolina.

A Bolsa de Valores também é atingida?

Na Bolsa, a queda de ativos tem sido flagrante e tem atingido muitas empresas. Porém, pode-se verificar maior resiliência nas utilities (empresas de energia, como a Engie), empresas de varejo de itens de consumo não essenciais (como Raia Drogasil) e telecom (Vivo e Tim ).

Acreditamos que tal resiliência tenha a ver com a recorrência do fluxo de caixa destas empresas. Nos momentos de crise, a busca por empresas mais maduras e com histórico de desempenho positivo aumenta.

(Time de Research da Ativa Investimentos)