Que o Justin Bieber é um fenômeno entre o público jovem no mundo não é segredo para ninguém. São fãs fiéis que acompanham o canadense há muitos anos e fazem o possível (e o impossível) para prestigiar o cantor onde ele estiver.
Bieber é poderoso! Mas até onde essa mágica influência pode ir? Bom, nos últimos dias ele provou que muito longe, inclusive na bolsa de valores.
Isso mesmo! Apesar de sua passagem no Brasil ter sido bem rápida, Justin Bieber não movimentou apenas uma legião de fãs, mas também o mercado financeiro. E nós vamos te contar tudo no #AtivaTrends!
Antes mesmo de chegar no Brasil, Justin já era um dos assuntos mais falados entre os brasileiros. Isso porque existiam rumores sobre um possível cancelamento de sua turnê.
O show do Rock In Rio foi um mistério até o último segundo, deixando os fãs e a organização do evento bastante apreensivos. Mas não foram só eles, o mercado também estava de olho na decisão do cantor.
Além do festival, Bieber também estava com dois shows marcados em São Paulo, que foram organizados pela produtora de eventos Times For Fun.
Durante a pandemia, a produtora foi bastante afetada negativamente por não conseguir operar devido as restrições das inúmeras restrições sanitárias. E, depois de dois anos, foi a venda para os shows do canadense em São Paulo que reergueu a receita da empresa.
Em seu último balanço, a Times For Fun anunciou que recuperou receita e margens com a venda de ingressos. De acordo com o relatório divulgado, a produtora de shows gerou no segundo trimestre deste ano, uma receita de R$ 22,3 milhões.
Esse resultado foi ajudado justamente pela venda dos ingressos, em abril, para os shows de Bieber. As entradas se esgotaram horas depois do início da venda.
Mas esses foram os impactos positivos. O que ninguém esperava é que os impactos negativos mediante a um cancelamento poderiam ser bem mais agressivos…
No dia do anúncio oficial da suspensão dos shows do astro, não demorou muito para o mercado reagir. E de forma bem negativa. As ações ordinárias da produtora de eventos Time For Fun (SHOW3) caíram 6,12%, a R$ 3,07.
Antes mesmo do comunicado oficial, a empresa já sentia os impactos. Desde o início dos boatos, as ações já acumulavam uma queda de mais de 18%, enquanto o Ibovespa operava próximo da estabilidade no mesmo período.
Com todos esses acontecimentos negativos, foi registrada uma perda de R$ 27 milhões. Ou seja, uma perda maior do que o lucro… E agora?
O Procon-SP notificou a companhia, solicitando explicações sobre os procedimentos a serem adotados em relação ao cancelamento do show. A empresa deverá apresentar até o próximo dia 14 de setembro um plano de reembolso dos valores pagos pelos consumidores bem como uma política de cancelamento, com prazos regulares aplicados.
Cabe ressaltar que, segundo assessoria, os shows não foram cancelados, e sim suspensos, mas não há mais informações sobre novas datas ou sobre como as devoluções ocorrerão.
Além disso, a Time For Fun pode ter uma esperança em não ficar no prejuízo por conta com respaldos contratuais em seus eventos, que devem minimizar os efeitos do cancelamento do show do Justin Bieber.
Por aqui nós torcemos para que o cantor fique bem e volte em breve, até porque não são só as fãs que ficam felizes com sua presença, a empresas da bolsa também agradecem.
Por Eduarda Menezes