Enquanto você lia esse título, alguma marca faturou mais de US$5 milhões! Sim, 30 segundos é o tempo necessário para uma marca fazer muitos milhões, e isso tudo é graças ao Super Bowl! Aconteceu no último dia 13 a grande final da NFL, a principal liga de futebol americano dos EUA, cujo vencedor é consagrado o campeão da temporada.
A primeira edição do evento ocorreu em 1967. Desde então, a grande final não parou de ganhar popularidade entre os estadunidenses e se tornou o maior evento esportivo e de maior audiência na TV americana. Além disso, muitas partes do mundo também param para prestigiar o acontecimento que é o Super Bowl.
Com o passar dos anos, o aumento da audiência começou a atrair diversos patrocinadores, que hoje investem milhões de dólares para exibirem suas propagandas nos intervalos, fazendo com que os comerciais do Super Bowl se tornassem o evento da publicidade mais cara da televisão mundial, além de contar com as propagandas mais criativas já vistas. Mas o que isso tem a ver com o episódio final de Friends? Continua no texto que nós vamos te contar!
Não dá para imaginar quantos touchdowns já tiveram no Super Bowl, mas dá para ter uma noção de como eles já ajudaram algumas marcas a fazerem alguns milhões de dólares. Isso porque as marcas lucram indiretamente com a exposição adquirida com a publicidade durante os comerciais, que são assistidos pelos telespectadores que estão ligados nas jogadas que rolam em campo.
O valor para anunciar no Super Bowl nunca foi tão caro como esse ano. A 56ª edição aumentou o preço dos anúncios cerca de 20% em relação à edição do ano passado, quando os anunciantes chegaram a desembolsar US$ 5,5 milhões por 30 segundos de propaganda. Apesar de ser um valor bem alto, ele não surpreende o mercado devido ao tamanho da audiência do espetáculo. (Em 2021, foi registrado a menor audiência desde 2007, tendo quase 100 milhões de expectadores. Já maior audiência foi em 2015, com 114 milhões de expectadores)
Esse ano, o valor estimado pelos 30 segundos foi de aproximadamente US$ 6,5 milhões e a matemática para calcular o retorno é bem simples: todos os anos, são veiculados cerca de 80 a 90 comerciais durante a transmissão do Super Bowl, o que faz com que a NFL fature algo em torno de US$ 500 a US$ 600 milhões somente com publicidades. O verdadeiro 30 segundos de milhões!
Além dos 30 segundos mais caros da TV norte-americana, o Super Bowl também traz outra fonte de dinheiro para terceiros que não estejam diretamente envolvidos com o que acontece no campo. O Halftime Show é a famosa apresentação que acontece durante o intervalo do jogo. Grandes artistas já marcaram presença nesse momento como Beyoncé, Justin Timberlake, Lady Gaga, Bruno Mars, Coldplay e entre outros.
O que muitos não sabem, é que esses artistas não são pagos para se apresentar, eles são convidados e toda a estrutura é bancada pela própria NFL. Porém, o prestígio e a exposição são tão grandes, que dificilmente alguém vai recusar o convite. Ou seja, eles não ganham dinheiro diretamente, mas, indiretamente, o retorno acaba sendo bem grande. Em 2018, quando o Justin Timberlake se apresentou, as vendas das suas músicas aumentaram mais de 500% no mesmo dia. Já a Lady Gaga conseguiu aumentar suas vendas em 1000% após seu show em 2017.
O último episódio da série “Friends” foi ao ar em 2004 e, para a surpresa de muitos, os 30 segundos nos intervalos estavam valendo quase o mesmo valor que o Super Bowl. Dá pra acreditar?!
A NBC, a emissora que exibia a série, faturou cerca de US$ 70 milhões com esse episódio e cada anunciante pagou aproximadamente US$ 2 milhões para cada inserção. O preço de um comercial na final de futebol americano era algo em torno de US$ 2,3 e US$ 2,5 milhões. Ou seja, Friends ficou por muito pouco de não ser os 30 segundos mais caros da TV norte-americana daquela época.
É indiscutível que o Super Bowl é gigante! Apesar de Friends chegar bem perto, nada se compara com a movimentação financeira do evento, mas será que um dia alguma final (seja de campeonato ou série) vai ser tão grande quanto? Bom, ficaremos de olho…
Por Eduarda Menezes