No último dia 10 de março, foi decretada a quebra do Silicon Valley Bank, 16° maior banco dos EUA. Esse foi o maior caso de falência de um banco americano desde a crise de 2008.
O banco era a principal instituição financeira de grande parte das startups de tecnologia nos EUA. Sendo assim, era um banco bastante nichado e concentrado em um setor de elevado risco.
Durante a pandemia, o SVB viu seu volume praticamente dobrar entre 2021 e 2022, com uma captação elevada. E como esse dinheiro não ia ficar parado, o banco colocou esse dinheiro pra render em títulos do tesouro do governo americano.
Com os juros subindo rapidamente, houve queda nos aportes em startups. Com menos dinheiro entrando nessas empresas de alto risco, o banco consequentemente começou a ver o número de depósitos caindo.
Isso fez com que o SVB tivesse que vender alguns dos títulos que havia comprado, com prejuízo, para aumentar sua liquidez. E com isso…
O volume de saques no banco disparou, já que naturalmente, surgiu um medo comum: será que, quando eu quiser sacar meu dinheiro, o banco vai conseguir me pagar?
Além disso, vários investidores do SVB começaram a vender seus papéis e as ações do banco caíram mais de 50%.
Embora a quebra de alguns bancos esteja trazendo nervosismo e desconfiança do mercado com o setor financeiro, grande parte das instituições, principalmente os maiores bancos americanos, possuem uma estrutura sólida. O que dá uma certa tranquilidade par o investidor.
Além disso, o Fed tem sido rápido e para “progeter a economia dos EUA” e fortalecer o setor bancário, o Estado decidiu intervir para manter a credibilidade no sistema financeiro do país.
Por fim, afastando a hipótese de desdobramentos sistêmicos como na crise de 2008, os bancos brasileiros permanecem sólidos, as instituições financeiras respeitam uma regulação bastante criteriosa do Banco Central e, por sua vez, possuem uma firme estrutura de capital. Ou seja, fiquem tranquilos!