Saiba o que é a taxa CDI mensal e como calcular o rendimento das suas aplicações
O Certificado de Depósito Interbancário — ou, como é popularmente conhecido, CDI — é uma taxa muito importante para ser explorada por quaisquer investidores.
Além de existirem muitos ativos com rendimento atrelado à taxa de CDI mensal, ela é frequentemente confundida por quem está iniciando nesse mercado.
Então, para afastar de vez todas as confusões e entender como usar o CDI a seu favor nos mais diversos investimentos, está na hora de descobrir como essa taxa ocorre e qual é a sua dinâmica no mercado.
Não deixe de acompanhar este conteúdo até o final. Aproveite!
Índice
O que é a taxa de CDI mensal?
De uma forma bem simples e resumida, o CDI é uma taxa criada pelas instituições financeiras para que elas possam tomar dinheiro emprestado de outras instituições.
Isso acontece porque, conforme determinado pelo Banco Central, o caixa dessas instituições deve terminar todos os dias com saldo positivo. Portanto, se em um dia específico ocorreram mais saques que depósitos, por exemplo, a diferença é sanada por um “empréstimo” interbancário.
Esse é um título privado e restrito apenas às instituições financeiras. Porém, a sua taxa é usada como referência para embasar vários outros tipos de investimento, ficando bem perto do valor praticado pela Selic, por exemplo.
O CDI pode ser anual ou mensal. A taxa anual é aquela que considera as oscilações do CDI durante os meses de um ano — portanto, ela é calculada a partir da média desses registros. Já a taxa mensal é uma conversão da taxa anual para uma mês a mês.
Qual é a sua importância para os investimentos?
A taxa de CDI mensal ou anual é usada como um indexador para vários investimentos, com destaque para os títulos de renda fixa. Isso inclui modalidades como:
- Certificados de Depósito Bancários (CDBs);
- fundos de renda fixa;
- letras de crédito do agronegócio (LCAs) e imobiliárias (LCIs);
- certificados de recebíveis do agronegócio (CRAs) e imobiliários (CRIs);
- letras de câmbio (LCs).
Em geral, a taxa do CDI também indica quanto está valendo o dinheiro que circula no mercado. Por isso, se ela estiver baixa, o rendimento das aplicações em renda fixa que a usam como referência também estará, fazendo com que você ganhe menos. Da mesma forma, à medida que o CDI sobe, o retorno sobre os investimentos indexados a ele também sobe.
Essa dinâmica é provocada pelo Banco Central como um mecanismo para regular o valor que o dinheiro tem no país. Quando a inflação está muito alta, o BC aumenta a Selic para fazer com que as pessoas comprem menos — e o CDI vai na mesma onda e acompanha essa oscilação. Quando a inflação está baixa, o contrário acontece.
Como é feito o cálculo da taxa de CDI mensal e anual?
O cálculo da taxa de CDI mensal é uma média das taxas diárias: são somados todos os registros diários dentro do período de um mês e, depois, o resultado é dividido pelo número de dias. O CDI anual segue a mesma lógica, sendo calculado a partir da média dos 12 últimos meses.
Basicamente, os investimentos indexados ao CDI são anunciados como “rende 100% do CDI” ou “rende 110% do CDI”, por exemplo. Nesse caso, se a taxa do CDI for de 13,65% ao ano, os rendimentos serão os seguintes:
- 13,65% para a aplicação que render 100% do CDI;
- 15,01% para a aplicação que render 110% do CDI.
Isso tudo, é claro, sem o desconto das taxas. Convertendo isso em uma taxa mensal, teríamos uma taxa de 1,07% ao mês.
Então, imagine que você aplicou R$ 1.500 por um ano em um fundo atrelado ao CDI. Conforme os exemplos anteriores, ao final do período, você teria um rendimento de:
- R$ 204,75 rendendo a 100% do CDI;
- R$ 225,15 rendendo a 110% do CDI.
Como fazer seus investimentos renderem mais que o CDI?
Existe uma maneira de fazer com que os seus investimentos rendam mais do que a taxa do CDI. Para ganhar mais dinheiro com as aplicações, será necessário se arriscar um pouco mais. Ainda assim, é possível assumir aplicações mais arriscadas, sem precisar passar por oscilações estrondosas.
Porém, isso depende de uma estratégia eficiente de diversificação da sua carteira, principalmente. Ao dividir o seu capital em investimentos em várias empresas diferentes, você dissolve os riscos de prejuízo e ameniza as suas perdas ao longo de um período.
Por isso, é perfeitamente possível manter uma parcela das suas aplicações em renda fixa (e indexadas no CDI), porém, direcionando outra parte da sua carteira para opções mais atrativas e rentáveis. São alguns exemplos:
- ações de companhias públicas ou privadas;
- debêntures;
- fundos de ações;
- fundos imobiliários;
- fundos multimercados;
- tesouro direto indexado ou prefixado.
Em geral, os investimentos que não são cobertos pelo Fundo Garantidor de Crédito têm um potencial de rentabilidade melhor. Porém, em casos extremos, você perde a cobertura de até R$ 250 mil por CPF.
Em todos os casos, se uma empresa na qual você aplicou dinheiro falir, por exemplo, o fundo pode demorar bastante tempo para devolver o seu dinheiro. E, quando devolver, ele não será corrigido conforme a inflação. Então, pode nem ser uma opção tão atrativa assim.
Desse modo, em vez de escolher suas aplicações com base na cobertura do FGC, concentre-se em elaborar uma reserva de emergência aplicada em títulos com boa liquidez, evitando que você fique em maus lençóis — esses investimentos fornecerão mais estabilidade. E o restante, aplique em investimentos mais arrojados, com risco maior, mas com potencial de retorno mais atrativo.
É assim que você vai construir um capital cada vez maior, mitigando suas perdas e multiplicando o seu patrimônio com paciência e de forma estratégica. Dessa forma, o CDI pode ser parte dessa grande estratégia, mas não um pilar no qual você sustenta todas as suas aplicações.
Agora que você já sabe de tudo isso, está na hora de começar a avaliar as suas alternativas a partir de uma nova perspectiva. Então, não se esqueça de ficar de olho no CDI e em todas as opções de investimento que podem ser interessantes para diversificar sua carteira.
Se você gostou do que viu por aqui sobre taxa de CDI mensal, não deixe de compartilhar este post nas suas redes sociais!