Análise Fundamentalista: 3 motivos para turbinar seus investimentos
O objetivo desse é fazer você conhecer uma das formas de análise de portfólio mais difundidas no mercado: a análise fundamentalista.
Só para deixar claro, há outras formas importantes de análise, mas hoje vamos focar somente nesta que eu utilizo aqui na corretora, ok?
Como o próprio nome diz, a análise fundamentalista se baseia na realização de estudos dos FUNDAMENTOS de uma empresa, e isso pode se dar por meio de suas demonstrações contábeis.
De maneira subjetiva, a aplicação da análise também leva em conta as estratégias de crescimento adotadas por uma empresa, a análise de seus índices de rentabilidade, liquidez, solvência, bem como as perspectivas de crescimento da indústria em que ela se coloca, entre outras coisas.
Dessa forma, o primeiro motivo para se levar a análise fundamentalista em conta antes de investir é que a sua aplicação é abrangente, demonstrando ao investidor uma fotografia do passado da companhia bem como prováveis cenários para o seu futuro.
Peguemos o exemplo da Vibra Energia (BRDT3), empresa que recomendamos compra em nossa carteira “Strategy” desde setembro de 2020.
Por meio do processo de redinamização operacional, financeira e em sua governança, conseguimos capturar o potencial de sua privatização, reestrutração e ainda esperamos ganhos potencialmente altos em função de seu posicionamento no processo de transição da matriz energética que o Brasil observará ao longo dos próximos anos.
O segundo motivo para utilizar a análise fundamentalista é que, contando com um time experiente, esse tipo de análise permite ao investidor focar suas atenções em um menor número de empresas de grande qualidade. Sem tiros no escuro.
Ao estudarmos exaustivamente alguns cases por aqui, acabamos tendo uma convicção ainda maior sobre as suas capacidades de geração de valor.
Independentemente da idade da empresa, a análise fundamentalista permite ao investidor visualizar o que uma companhia precisa fazer para crescer e assim, proporcionar frutos para todos os seus stakeholders.
Alguns exemplos são Klabin, uma centenária vanguardista, que reinventa sua participação nos mercados de papel e celulose, manteve seus investimentos em níveis altíssimos mesmo em momentos muito difíceis para o país, e segue proporcionando ganhos aos seus acionistas.
Pode-se observar que mesmo investindo pesado em PUMA2, ela vem aumentando seu ROIC (Retorno Sobre o Capital Investido).
Outra aposta aqui da casa é a Omega Geração, uma potencial vencedora em meio à crise vivida atualmente pelo setor elétrico. Uma olhada em seu portfólio renovável e em seu balanço é suficiente para enxergarmos que o seu preço atualmente não dialoga com o valor que a empresa pode agregar à sociedade.
Assim, graças ao conhecimento mais aprofundado sobre as características das empresas, o investidor pode aumentar as chances de potencializar os seus ganhos.
O terceiro motivo que o investidor deve ter em mente é o fato de que, independentemente do modelo adotado para gerenciar seu portfólio, este deverá ser, de tempos em tempos, rebalanceado, isto é, ajustado para se alinhar à sua estratégia.
Pela natureza variável do mercado acionário, o correto rebalanceamento da carteira acaba sendo condição indispensável para a conquista de melhor rentabilidade por parte do investidor.
Equilibrá-la permite que você tenha uma combinação de ativos adequados para sua tolerância ao risco e metas.
As carteiras naturalmente ficam desequilibradas à medida que os preços dos ativos flutuam ao longo do tempo.
O método para rebalanceamento fica a critério do investidor, e vai desde adequações temporais (mensais, trimestrais, anuais) a ajustes por porcentagem de alocação.
Por conta do background fornecido pela análise fundamentalista, o investidor também acaba tendo um maior grau de confiabilidade e conforto na hora de efetuar as mudanças necessárias para rebalancear a sua carteira.
Metodologias Utilizadas
A análise fundamentalista se destaca pela sua abrangência, podendo ser bottom-up, que se utiliza de métricas empresariais como rentabilidade ou até mesmo o “momentum” das ações ou a top-down, que analisa primariamente as variáveis macroeconômicas para nortear as alocações. Pode ainda ter uma mistura dos dois conceitos.
Seja pela sua aceitação, utilização, múltiplas possibilidades de aplicação ou pela facilidade de entendimento, a análise fundamentalista aproxima o investidor de seus objetivos, buscando conseguir o maior retorno com o menor risco possível.
Esse tipo de análise acaba por se enquadrar justamente na proposta de agregação de valor que a Ativa possui.
E é com o intuito de estreitar a relação com nossos clientes e leitores que estamos elaborando a carteira mais completa do Brasil, que entre outros critérios, terá a análise fundamentalista como norte.
Você terá acesso a conhecimento e oportunidades dificilmente vistas no mercado.
Por isso, fique ligado nos próximos artigos.
Vem coisa boa por aí…
Ilan Arbetman é analista do Research da Ativa Investimentos e atua no mercado financeiro desde 2013. É economista formado pela Universidade Federal Fluminense, tem MBA em Finanças pelo IBMEC e é mestrando em Economia Empresarial e Finanças pela Fundação Getúlio Vargas. Possui as certificações CGA, CFP®️, CNPI-P e CEA.