Em um mundo de investimentos repleto de jargões, dois termos frequentemente causam confusão: "conservador" e "defensivo". Para muitos, parecem sinônimos. Afinal, ambos sugerem segurança e proteção, certo?
Sim, mas não totalmente. Embora compartilhem o objetivo de mitigar riscos, eles não são a mesma coisa. Entender a sutil, mas importante, diferença entre uma carteira conservadora e uma carteira defensiva é crucial para construir um portfólio alinhado com seus objetivos e, principalmente, com sua tolerância ao risco.
Neste artigo, vamos desvendar esses conceitos e mostrar como eles se aplicam na prática.
Uma carteira conservadora está diretamente ligada ao perfil do investidor. O investidor conservador é aquele que tem baixa ou nenhuma tolerância a perdas. Sua prioridade absoluta é a preservação do capital, mesmo que isso signifique abrir mão de uma rentabilidade maior.
O objetivo principal não a total rentabilidade, mas sim proteger o patrimônio da inflação e obter um crescimento estável e previsível, com o menor risco possível. Para esse investidor, a segurança e a liquidez (a facilidade de resgatar o dinheiro) são mais importantes que a rentabilidade.
Quais são os Tipos de Investimentos Conservadores?
A carteira conservadora é amplamente dominada pela Renda Fixa. Esses são a parte fundamental da segurança no mundo dos investimentos, pois suas regras de remuneração são conhecidas no momento da aplicação.
Os principais exemplos incluem:
Como Montar uma Carteira Conservadora?
Montar uma carteira conservadora é um exercício de alocação de ativos focado na segurança.
Aqui está a principal diferença: "defensivo" não é um perfil de investidor, mas sim uma estratégia de investimento ou uma característica de um ativo.
Uma carteira defensiva é aquela composta por ativos que tendem a performar bem (ou, pelo menos, não performar tão mal) durante períodos de estresse econômico ou quedas do mercado. O objetivo é a resiliência.
Enquanto a carteira conservadora tenta evitar o risco (ficando na renda fixa), a estratégia defensiva busca navegar pelo risco (escolhendo ativos que resistem melhor à volatilidade).
Qualquer perfil de investidor (conservador, moderado ou até arrojado) pode adotar uma estratégia defensiva em sua alocação, especialmente em momentos de incerteza.
Tipos de Investimentos Defensivos
Os ativos defensivos são encontrados em diversas classes, não apenas na renda fixa:
Carteira Defensiva de Ações: Como Montar a Sua?
Muitos investidores moderados ou arrojados usam ações defensivas para equilibrar a volatilidade de suas carteiras de renda variável. Essas ações são conhecidas por terem receitas previsíveis, baixa dívida e, frequentemente, pagarem bons dividendos.
Para montar uma carteira de ações com viés defensivo, o foco deve ser em setores não cíclicos:
Ao analisar essas empresas, busque por: baixo endividamento, geração de caixa constante, histórico de lucratividade e boa governança.
Então, elas são a mesma coisa? Não. Uma carteira conservadora é, por natureza, defensiva. Mas uma carteira defensiva não é, necessariamente, conservadora.
Conhecer seu perfil de investidor é o primeiro passo. Depois, entender quais estratégias (defensivas ou de crescimento) se encaixam nos seus objetivos e no cenário econômico é fundamental.
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