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Fundos DI: saiba o que é e como começar a investir

Por: Time Ativa
13/05/2020
10 min

Fundos DI: saiba o que é e como começar a investir

Para quem almeja diversificar a carteira de investimentos, é interessante conhecer como funciona um fundo de investimento. O Mercado de Valores tem crescido muito no Brasil e cada vez mais pequenos investidores têm buscado aprender a investir. A aplicação favorita do brasileiro ainda é a poupança, mas há opções melhores, como os Fundos DI.

Há quem já tenha percebido que a poupança não tem boas margens de rendimento. Nesses casos, Fundos DI são uma boa maneira de começar a investir. As margens de lucro são melhores e têm um risco equivalente. E o que é mais importante: não é necessário ser um investidor profissional para começar a fazer esses investimentos.

Neste artigo, você vai saber mais sobre os Fundos DI. Continue a leitura para descobrir como funcionam, quais as vantagens e desvantagens, como começar a investir e muito mais.

O que são Fundos DI e como eles funcionam?

Os Fundos DI, também chamados de Fundos de Renda Fixa Referenciados DI, funcionam como uma carteira de ativos financeiros. A diferença fundamental é que você adquire cotas ou a participação no fundo.

Com o dinheiro que você alocou, os administradores fazem compra e venda de ativos. Assim, o retorno das suas aplicações é proporcional ao valor das cotas adquiridas e do desempenho dos ativos. Quem escolhe e gerencia os ativos é o gestor do fundo, sobre o que se cobra uma taxa de administração.

Por regra, os Fundos DI devem ser compostos 95% por ativos que estejam atrelados aos principais indexadores do mercado: Selic e CDI. Os ativos podem ser títulos públicos, como Títulos do Tesouro ou títulos privados de baixo risco. Por essa razão, os riscos de investimento dos Fundos DI são muito baixos, ideal para investidores conservadores.

Rendimento

O objetivo de rentabilidade dos Fundos DI é manter uma proximidade com os índices de referência. Portanto, é comum avaliar o desempenho como uma porcentagem do CDI. Desse modo, um bom Fundo DI tem rentabilidade entre 95% e 105% do índice.

Outro aspecto relacionado aos ganhos no longo prazo diz respeito às taxas de administração que são cobradas pela instituição. Isso significa que, quanto menor for a taxa cobrada pela entidade financeira que gerencia o fundo, maior será seu rendimento.

Tributação

Além da taxa de administração, é fundamental calcular os valores tributáveis dos Fundos. Sobre eles incidem dois impostos:

  • Imposto de Renda (IR): incide apenas sobre os rendimentos (daí o IR) segundo a tabela regressiva;
  • Imposto sobre Operações Financeiras (IOF): para movimentações em períodos menores que 30 dias.

O IR varia entre 22,5% e 15%. Quanto maior for o prazo de investimento, menor será a alíquota do imposto, conforme a seguinte tabela:

  • até 180 dias — 22,5%;
  • de 181 a 360 dias — 20%;
  • de 361 a 720 dias — 17,5%;
  • a partir de 720 dias — 15%.

Quanto ao IOF, ele varia de 96% a 0% em cima dos ganhos e também conforme o tempo da aplicação. A alíquota de 96% incide sobre 1 dia de investimento e 0%, sobre 30 dias.

Porém, como em outros fundos de investimento, os Fundos DI contam com o famoso “come-cotas”. Trata-se da antecipação do IR nos meses de maio e novembro, com a alíquota de 15%. Essa redução afeta a quantidade de cotas que o cliente tem.

Vale a pena investir em Fundo DI?

Fundos DI de qualidade têm baixíssimo risco, sendo recomendável que estejam na maior parte das carteiras de conservadores. Para quem tem perfil moderado e agressivo, ele pode ser usado com outras finalidades, como uma reserva de emergência, pois tem liquidez diária e não há período de carência para realizar o resgate.

Tirando alternativas que gerem perdas para o investidor, não há investimentos que não valham a pena. A escolha adequada do Fundo DI que fará parte da sua carteira de investimentos dependerá dos seus objetivos. Uma das primeiras análises que devem ser feitas é definir o seu perfil de investidor:

  • conservador: tem baixa tolerância a riscos e busca preservar seu patrimônio;
  • moderado: pretende correr algum risco;
  • agressivo: tem alta tolerância a risco.

Por exemplo, um investidor agressivo que aloca grande parte dos seus recursos em renda variável também precisa de dinheiro seguro. Assim, ele se protege de situações adversas ou crises econômicas. Isso aconteceu durante a pandemia do novo Coronavírus, que fez com que várias ações despencassem e muitos investidores reduzissem suas rendas.

Com recursos alocados em Fundo DI, não seria preciso vender seus papéis com perdas. Bastaria fazer o resgate dos valores do Fundo para se sustentar até que a crise fosse superada. Após um tempo, as empresas recuperariam suas finanças e os valores de suas ações subiriam novamente.

É mais vantajoso investir em poupança ou Fundos DI?

Poucos são os brasileiros que guardam algum dinheiro, sendo que deixam seus recursos alocados na poupança quando armazenam algum capital. De acordo com uma pesquisa da Anbima, apenas 8% das pessoas que tinham hábitos de poupança aplicaram em produtos financeiros. Isso acontece porque muitas pessoas não têm conhecimento sobre investimentos e não sabem se os DIs são mais vantajosos. 

Entretanto, basta calcular os rendimentos das duas alternativas de investimentos para saber qual vale mais a pena. A remuneração dos depósitos de poupança é definida pelo Banco Central do Brasil (BCB). Em suma, soma-se a remuneração básica e a adicional. A primeira é igual à Taxa Referencial (TR), já a remuneração adicional pode ser calculada de duas formas:

  • Selic acima de 8,5%: a remuneração será de 0,5% ao mês;
  • Selic igual ou abaixo a 8,5%: será de 70% da meta da Taxa de Juros ao ano e estará vigente na data de início do período de rendimento.

No ano de 2022, o rendimento da poupança ficou em 0,5% ao mês. Entretanto, a inflação do IPCA desse mesmo ano foi de 8,73%, segundo o IBGE. Como os ganhos originados da poupança foram menores que a inflação, o dinheiro dos investidores que escolheram essa alternativa perdeu valor.

Além disso, existe um conceito chamado de aniversário de poupança. Basicamente, cada depósito tem um aniversário de poupança exatamente igual ao dia em que ele foi realizado. O valor depositado deve ser retirado depois dessa data, caso contrário, o rendimento será perdido.

Quanto aos fundos DI, a rentabilidade pode variar dependendo do fundo. Já que eles podem ser atrelados a diferentes indexadores. Veja exemplos de fundos e suas rentabilidades em 12 meses:

  • Porto Seguro FI Ref DI CP: 6,42%;
  • XP Ref FI Red DI CP: 3,36%;
  • BTG Pactual Yield DI FI CP: 3,14%;
  • CA Indosuez DI Master FI RF Ref DI LP: 2,86%;
  • Bradesco FICFI RF DI Mac: 2,32%.

Apesar de vários fundos terem rendido mais que a poupança, que foi de 2,11%, existem diferentes fatores que devem ser observados:

  • taxa de administração: valor cobrado pela instituição financeira;
  • aplicação inicial: montante mínimo que deve ser investido;
  • rentabilidade: que pode ser de 12, 24, 36, 60 ou 120 meses.

Diante disso, percebe-se que os fundos DI podem ser mais vantajosos para quem está disposto a investir em longo prazo.

Quais são as principais características dos Fundos DI?

É importante conhecer as características dos Fundos DI antes de fazer esse tipo de investimento. Assim, você consegue controlar os riscos, maximizar os ganhos e atingir os seus objetivos financeiros. Veja a seguir os principais aspectos dessa modalidade de fundo!

Liquidez

Em geral, a liquidez ou a capacidade de transformar o título em dinheiro dos Fundos DI é diária. Ou seja, é possível sacar o dinheiro que você investiu a qualquer momento, sem ser preciso cumprir um período de carência. Por isso, esse tipo de investimento também é atrativo para quem precisa montar uma reserva para emergências.

Garantias

Nos Fundos DI não há cobertura pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC). Essa é uma proteção que compensa investidores em até R$ 250 mil por CPF ou CNPJ.

Porém, esse é um investimento considerado bastante seguro, porque o patrimônio do fundo é separado da instituição financeira. Ainda é possível maximizar a sua segurança pesquisando sobre os administradores e gestores dos fundos, seu histórico, entre outras características.

Taxas

Quem investe em Fundos DI deve pagar uma taxa de administração. A finalidade desse pagamento é remunerar a equipe que está por trás da gestão do fundo. Esse valor geralmente é baixo, mas ainda é importante calculá-lo para chegar a uma rentabilidade mais precisa.

Saiba que não há incidência do que é chamado em taxa de performance, que é cobrada quando o desempenho supera o benchmark ou índice de referência.

Quais são as principais vantagens e desvantagens?

Como todo investimento, os Fundos DI têm suas vantagens e desvantagens. Isso geralmente se trata de uma relação entre as características do ativo e o custo de oportunidade. Portanto, estude e compare as alternativas para saber o que é melhor para o seu perfil de investimento. A seguir, mostraremos as principais vantagens e desvantagens dessa modalidade de investimento.

Vantagens

Estão relacionadas ao fato de esses fundos serem simples e acessíveis ao pequeno investidor. Confira:

  • simplicidade — basta ter conta em uma corretora para começar a investir. Os Fundos DI são uma boa alternativa para sair da poupança e começar a explorar o Mercado de Valores;
  • baixo risco — como fundos DI puros são compostos por 95% dos ativos em títulos do Tesouro e títulos privados de baixo risco, eles podem ser considerados muito seguros;
  • liquidez diária — a liquidez diária que alguns fundos oferecem faz deles ótimas alternativas de investimento conservador;
  • baixa aplicação — a quantidade mínima para iniciar esse investimento é baixa, tornando-o mais acessível para a maioria dos investidores;
  • diversificação — principalmente para composição de uma reserva de emergência, os Fundos DI são ótimas opções para diversificar investimentos.

Desvantagens

Com um pouco de conhecimento é possível se expor um pouco mais aos riscos para encontrar alternativas mais lucrativas. Veja os principais pontos fracos dos Fundos DI:

  • come-cotas — a antecipação do IR duas vezes por ano afeta a rentabilidade, afinal, são valores que deixarão de contribuir com o rendimento por juros compostos;
  • sem garantia do FGCembora sejam considerados seguros, os Fundos DI não contam com cobertura do FGC (Fundo Garantidor de Crédito). Por se tratar de um produto de baixo risco, é muito atrativo para investidores conservadores. Embora não tenham a cobertura do FGC, os ativos que compõem um Fundo DI são relativamente mais seguros, como Títulos do Tesouro.

Lembrando que vale a pena diversificar a carteira também com ativos como CDB e títulos do Tesouro. Dessa forma, você garante uma posição conservadora dos seus investimentos sem congelar o capital em compromissos duradouros.

Como investir em Fundos DI?

Adquirir cotas de um Fundo DI é muito fácil: tudo o que você precisa fazer é abrir uma conta em uma corretora de confiança, como a Ativa Investimentos. Em seguida, basta transferir seu capital de investimento e começar a fazer aplicações no site ou no aplicativo.

Quais são os riscos de investir em Fundo DI?

Ainda que o Fundo DI seja considerado de baixíssimo risco, não se pode afirmar que ele é 100% seguro. Parte dos valores são investidos em títulos públicos, que são excepcionalmente seguros atualmente, já que o risco de calote pelo Governo Federal Brasileiro era maior nos anos 80 e início dos 90.

Outra parte dos montantes é alocada em empresas privadas. Apesar de serem organizações mais estáveis e seguras, ainda há a possibilidade de perda em relação a elas. No entanto, esse tipo de investimento tem mecanismos de segurança que são altamente regulados pela Comissão de Valores Mobiliários. Ao aplicar em fundos autorizados pela CVM, você tem maior segurança dos seus recursos.

Por exemplo, se a instituição encerrar suas atividades, os ativos permanecem assegurados pelo fato de estarem guardados na instituição custodiante, a qual é a responsável pela guarda dos títulos.

Por que começar a investir em fundos DI?

Lembre-se de que os Fundos DI são excelentes para uma posição conservadora no mercado. Mas também vale a pena fazer uma combinação com outros produtos para diversificar a sua carteira com segurança e máximo de rentabilidade. Além disso, não deixe de pesquisar por uma corretora que seja confiável.

Qual é o passo a passo para começar a investir em fundos DI?

Os fundos DI, como você pode ver, são produtos disponíveis para investidores iniciantes e experientes. No entanto, a maioria não tem noção de como começar a investir neles de forma adequada. Portanto, se deseja aprender sobre fundos DI para construir riqueza ou está interessado em aprender mais sobre um tipo diferente de investimento, continue lendo as nossas dicas! 

1. Analisar se é a melhor alternativa

O primeiro passo para fazer bons investimentos em fundos DI é analisar se essa é a melhor alternativa para o seu perfil. É importante analisar as taxas, rentabilidade, relação risco-retorno do fundo, liquidez, qualidade da gestão e diversificação da carteira. Compare as opções das corretoras e dos bancos. Decida se prefere um serviço completo para receber o auxílio de um corretor.

Ao procurar por corretoras é preciso procurar uma que tenha experiência em fundos DI, apesar de eles serem muito comuns em outros países, ainda são pouco conhecidos no Brasil. Mas eles podem servir futuramente como uma espécie de aposentadoria, visto que fornecem segurança e previsibilidade ao longo dos anos e que você sabe exatamente quanto dinheiro terá a cada mês.

2. Comparar as opções de corretoras e bancos

Pesquise e faça comparações entre as corretoras que já atuam no território nacional em relação a vantagens, lucratividade, juros, limites impostos aos investidores e facilidade de acesso. Verifique tudo o que é necessário para realizar compra de um fundo DI que seja lucrativo para você. Pense em que tipo de experiência é necessária para esse tipo de investimento.

Reflita sobre a experiência da corretora escolhida e há quanto tempo ela está atuando nesse mercado. Ela conta com profissionais especializados e experientes e oferece um contrato de fundo DI que realmente interessa? Ao responder essa pergunta, será mais fácil determinar se a alternativa é a mais adequada para você e sua família.

3. Escolher o melhor fundo

Optar pelo melhor fundo pode parecer uma questão complicada a princípio e essa jornada será diferente para cada pessoa. Por este motivo, informe-se a respeito das possibilidades relacionadas à sua conta bancária e as oportunidades oferecidas em uma instituição financeira ou corretora que oferece essas opções de investimentos. Considere as vantagens e desvantagens de cada possibilidade.

Caso não esteja totalmente familiarizado com o funcionamento dos fundos DI, saiba que é possível investir neles depois de tirar as suas dúvidas. Afinal, eles podem ser uma alternativa melhor do que as ações, títulos e criptomoedas, os quais podem ser atraentes para investidores que conseguem controlar com efetividade todos os seus investimentos. 

4. Abrir uma conta

Um profissional especializado é um contato importante para todas as suas necessidades financeiras. Ele pode ajudá-lo a abrir a sua primeira conta e a explorar as melhores opções para o seu futuro, entender sua situação atual e oferecer conselhos sobre como gerenciar o seu dinheiro de forma adequada. Entretanto, pergunte há quanto tempo ele conhece os fundos DI.

Além disso, se você é um novo investidor, ele o ajudará a navegar no processo de abertura de uma conta de corretagem, a conhecer melhor o site da corretora e a operar corretamente. Peça auxílio para escolher o melhor plano de fundo, de acordo com os seus objetivos e demandas pessoais ou financeiras.

5. Acessar a plataforma de fundos

Outro passo necessário para iniciar um investimento em fundo DI é acessar a plataforma de fundos por meio de uma corretora ou do seu banco. Existem muitos profissionais engajados que têm experiência com fundos DI e que estão dispostos a explicar o funcionamento das plataformas disponíveis, bem como a prestar assistência profissional para a execução desse processo.

Contudo, eles não estão disponíveis nas instituições financeiras tradicionais, portanto, o mais indicado é encontrar uma plataforma de fundos DI. Isso o ajudará a garantir o uso da melhor solução desde o início, bem como a longo prazo, à medida que o seu portfólio cresce e evolui. Existem guias escritos que também ensinam a fazer investimentos com mais confiança.

Por que é importante escolher uma corretora que tenha experiência?

Escolha uma corretora que tenha experiência e credibilidade no mercado, além de ter recebido ótimas avaliações de outros investidores. Opte por corretoras de boa reputação ou que consolidaram a sua marca no setor, visto que são elas que podem ajudá-lo a tomar decisões informadas sobre quais opções de fundos são as mais apropriadas para o seu perfil. 

A Ativa Investimentos é uma corretora independente, com mais de 35 anos de história. Essa parceria conta com um time de especialistas para garantir máxima rentabilidade aos investimentos dos seus clientes, além de uma ampla variedade de produtos. Por isso, somos a melhor escolha para você começar a investir em Fundos DI e em outros investimentos.

Quer obter mais informações sobre as opções de investimentos disponíveis no mercado? Entre já em contato com a Ativa Investimentos para conhecer nossos serviços, nossos produtos e soluções!

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