• Não há sugestões porque o campo de pesquisa está em branco.

Entenda a ligação entre o Tesouro Direto e a política monetária!

Por: Time Ativa
05/08/2020
4 min

Entenda a ligação entre o Tesouro Direto e a política monetária!

Segurança, facilidade e rentabilidade. Esses são alguns dos principais benefícios para os investidores do Tesouro Direto, modalidade que cresceu 52% em 2019. Sem dúvidas, para quem busca a preservação de patrimônio, essa é uma excelente alternativa em Renda Fixa. No entanto, é preciso observar como a política monetária pode afetar os seus rendimentos.

Preparamos este post para ajudá-lo a entender essa relação e esclarecer as principais dúvidas sobre o assunto. Confira!

O que é a política monetária?

Política monetária é o conjunto de estratégias do Banco Central para controlar a quantidade de dinheiro em circulação no país. Esse tipo de interferência gera reflexos direto nas taxas de juros em vigência na economia e na inflação do país.

Sempre que você escuta que o Governo decidiu abaixar a Taxa Selic, está diante de ede um dos instrumentos da politica monetária. Para isso, existe um órgão que cuida especificamente dessas questões: o COPOM (Comitê de Política Monetária).

Obviamente, esse sobe e desce dos juros tem algum objetivo. Afinal, estamos diante de uma ferramenta de controle econômico. Em geral, ela permite que o Governo influencie o consumo e o próprio desempenho financeiro do país.

Saiba o que influencia as decisões para a política monetária

Entender os fatores que desencadeiam as ações de política monetária é importante para qualquer investidor. Mas se você quer aplicar seu dinheiro no Tesouro Direto, precisa entender bem essa relação.

Nesse sentido, é necessário destacar que as estratégias têm dois objetivos diferentes e são classificadas como expansionista e contracionista.

No caso da política expansionista, o Banco Central aumenta a oferta de dinheiro em circulação. Isso acontece, principalmente, para estimular a economia e o fluxo de capital em momentos necessários, como em uma crise, por exemplo. Uma medida que leva a isso é a redução da Taxa Selic.

De modo contrário, quando a inflação atinge patamares indesejados, a política contracionista é adotada. Nessas situações, o Governo tenta reduzir o dinheiro em circulação no mercado. Uma das estratégias utilizadas é o aumento do percentual de recolhimento compulsório — porcentagem exigida aos bancos para manter o dinheiro em caixa, diminuindo assim, por exemplo, o valor disponível para empréstimo.

Confira as ferramentas da política monetária

No tópico anterior, citamos algumas das ações adotadas pelo Governo dentro da política monetária. Conhecê-las é de grande importância para o investidor entender o momento econômico do país, além de compreender seus impactos no mercado financeiro.

Sendo assim, é interessante destacar melhor as principais ferramentas adotadas. Acompanhe!

Alteração da Taxa Selic

A Selic é a taxa básica de juros e sua alteração é a medida mais recorrente e importante da política monetária.

Ela é tão famosa que é difícil encontrar alguém que ainda não tenha ouvido falar a respeito. Isso porque, quando o Banco Central a ajusta, os investimentos, o consumo e a atividade bancária são afetados.

Mas, afinal, o que acontece na prática? Ao aumentar a Selic, os bancos podem repassar esse aumento nas demais taxas como, por exemplo, de empréstimos aos clientes. Isso representa uma dificuldade para o acesso ao crédito e, consequentemente, menos dinheiro em circulação.

Como o consumidor tem menos dinheiro em mãos, a demanda por produtos cai. Seguindo essa lógica, os preços e a inflação também podem cair.

O Governo também pode reduzir a Taxa Selic. Com isso, pode ficar mais fácil conseguir empréstimos, já que os juros bancários também são ajustados. Se há mais dinheiro à disposição, o consumo cresce e os investimentos sobem.

Recolhimento compulsório

O recolhimento compulsório é uma ferramenta de política monetária. Por meio dela, o Banco Central reduz a circulação de dinheiro, pois aumenta o valor de caixa exigido aos bancos e, com isso, diminui o volume disponível de dinheiro para empréstimos.

Portanto, trata-se de um percentual aplicado em transações de produtos bancários. A depender da necessidade, ela pode ser ampliada ou reduzida.

Taxa de redesconto

O Banco Central pode emprestar dinheiro às instituições bancárias. Quando isso acontece, há a incidência da taxa de redesconto.

Perceba que esse tipo de empréstimo é uma oportunidade para o controle do mercado. Afinal, quanto maior a taxa cobrada, maiores serão os juros repassados ao consumidor. Como resultado, há menos dinheiro em circulação.

Descubra a relação entre os instrumentos de política monetária e os preços do Tesouro Direto

Agora que você já entendeu o que é a política monetária, fica fácil visualizar sua interferência nos resultados do Tesouro Direto. Lembrando que isso pode ser decisivo para a boa rentabilidade de seus investimentos.

Em primeiro lugar, é importante entender que existem metas de crescimento econômico e para a inflação. Sempre que esses fatores ficam acima ou abaixo do desejado, a economia é impactada de forma negativa.

É por isso que as ferramentas de política monetária precisam ser adotadas. Os juros sobem para a inflação cair e os juros caem para o consumo subir. Mas como isso afeta o Tesouro Direto?

Em síntese, o Tesouro Direto é remunerado com base na Taxa Selic ou na emissão de outros títulos. Sendo assim, sua rentabilidade está diretamente ligada à política monetária. Ou seja, a queda da Selic representa resultados menos expressivos para quem investe nessa modalidade.

Aprenda a escolher o melhor título de acordo com os cenários

Como visto, a Taxa Selic impacta os resultados do Tesouro Direto. No entanto, é bom lembrar que a adoção da estratégia adequada pode minimizar seus prejuízos. Pensando nisso, vamos ajudar você.

Se o cenário é de queda da Selic, não é preciso parar de investir no Tesouro. Os títulos atrelados à essa taxa terão retornos menos expressivos, mas existem alternativas interessantes.

Nesse momento de projeção de queda na Selic, o Tesouro Prefixado, por exemplo, pode não ser uma opção tão interessante, pois está oferecendo resultados pouco atrativos. Porém, para quem pode esperar e fazer investimentos em longo prazo, eles são interessantes.

Como a Renda Fixa e os títulos públicos são impactados pela redução da Selic, ativos de outras modalidades, com um certo nível de risco, começam a ser mais atrativos. Nesse sentido, Fundos de Ações, Fundos Multimercados e Fundos Imobiliários podem ajudá-lo a manter uma boa rentabilidade. Mas lembre-se: nem todos esses ativos podem combinar com seu perfil de investidor. Por isso, verifique essa compatibilidade antes de investir!

O Brasil ainda está em processo de desenvolvimento e passa por diversos ciclos com certa volatilidade. Logo, as Políticas Monetárias são constantemente utilizadas. Conhecer e entender essas ferramentas é extremamente importante e aumenta a segurança na hora de investir. Por isso, aproveite bem as informações apresentadas e escolha o melhor título!

Ainda tem dúvidas sobre o assunto? Confira mais alguns detalhes importantes sobre a Taxa Selic!

Time Ativa