Reserva de emergência: entenda a importância e como planejar
Investir é fundamental para quem deseja comprar bens, viver de renda ou mesmo planejar a sua aposentadoria. O primeiro passo — que precisa ser bem organizado — é montar sua reserva de emergência. Esse é um item importante do orçamento doméstico, pois, sem essa reserva, o patrimônio pessoal ou familiar fica exposto aos riscos de qualquer acontecimento indesejado ou imprevisto.
Neste artigo, vamos descobrir o que é e como montar uma reserva de emergência. Para isso, vamos começar entendendo qual a importância de acumular esse colchão financeiro inicial e, por fim, aprenderemos qual o passo a passo para construí-lo na prática. Continue a leitura e saiba mais sobre o assunto!
O que é e qual a importância da reserva de emergência?
Como o próprio nome diz, reserva (ou fundo) de emergência é o dinheiro que servirá para situações emergenciais, como pagar um tratamento médico ou aproveitar oportunidades (ex: comprar um produto mais barato à vista). Ou seja, essa reserva pode ter várias utilidades, inclusive o planejamento para ter um 14º salário.
É preciso ter em mente que a rentabilidade não é o ponto mais importante a ser considerado, mas não deve ser desprezado. O que você deve observar de pronto é a liquidez — a possibilidade de o investimento ter resgate rápido do dinheiro.
Construir uma reserva de emergência deve ser o primeiro passo do indivíduo que deseja começar a investir, pois, como vimos, é ela que garante uma proteção maior ou um alívio em momentos de dificuldades.
É importante destacar que os momentos de crise, apesar de serem indesejados, são, de certa maneira, previsíveis ou quase certos de que ocorram. Essa afirmação é baseada no fato de que, quando falamos em situações emergenciais, não podemos imaginar apenas desastres familiares como acidentes ou problemas de saúde.
Situações de crise econômica ou setoriais, a desvalorização do dinheiro, por exemplo, podem afetar diretamente o orçamento familiar.
Sendo assim, por mais cuidadosos e responsáveis que sejamos em nossa vida pessoal, devemos reconhecer que pouco podemos fazer em relação ao ambiente macroeconômico regional e mundial do qual fazemos parte. A pandemia de Covid-19 demonstrou essa realidade.
Desde o seu início em 2019/2020, muitos negócios que não contavam com reservas para situações de crise quebraram. As medidas protetivas contra a disseminação do vírus, como os lockdown, tornaram essa situação ainda mais tensa. Como resultado, a maior parte dos pequenos negócios não tinham reservas para o seu capital de giro e acabaram fechando as portas.
Muitos chefes de família que ficaram desempregados — que não contavam com uma reserva de emergência e dependiam exclusivamente do emprego como fonte de renda — acabaram passando por muitas dificuldades nesse período, até mesmo de sobrevivência.
Com esses exemplos, fica fácil entender a importância de começar a construir uma reserva de emergência o mais cedo possível, tanto para pessoas físicas como para as jurídicas.
Como definir o valor da reserva de emergência?
O valor de sua reserva de emergência varia conforme a natureza do trabalho de cada pessoa. Na média, a conta básica é um valor equivalente a seis meses de despesas. Exemplo: se na sua casa há um gasto mensal de R$10 mil, o fundo deve ser de R$60 mil.
Porém, se você tiver um trabalho formal (CLT), com longo período no mesmo trabalho, pode ter uma reserva menor guardada, pois, em caso de demissão, terá acesso ao FGTS, férias e 13º proporcionais etc. Já um trabalhador liberal deverá pensar em guardar um valor maior, porque não terá acesso a nenhum dos itens anteriores num eventual período de vacas magras.
Como fazer o cálculo da reserva de emergência?
Os analistas financeiros indicam, geralmente, que os investidores considerem, no cálculo da reserva de emergência, o equivalente a pelo menos seis vezes do custo mensal de cada integrante da família.
Explicando com outras palavras, para constituir esse fundo emergencial, é necessário multiplicar os seus gastos mensais por seis, incluindo, nessa contabilização, custos relativos à moradia, ao transporte, à alimentação e à saúde
Quando a reserva de emergência é necessária?
É verdade que a reserva de emergência deve somar, ao menos, seis meses dos seus custos fixos mensais, oferecendo segurança e tranquilidade para o investidor em caso de emergência. Mas, a depender da situação econômica da família, o valor do fundo pode aumentar até 12 vezes o custo fixo.
Em todo caso, é preciso entender quando a reserva de emergência deve ser acionada, certo? Após juntar esse dinheiro, a pessoa pode resgatar o fundo monetário para cobrir eventos inesperados, mantendo a qualidade e o estilo de vida da família e amenizando as preocupações no dia a dia dos seus familiares.
Desse modo, a reserva de emergência, formada com parte do patrimônio da família, deve servir para socorrer o investidor e os seus dependentes de despesas com educação, saúde, redução da renda familiar, desemprego e outras dívidas inesperadas.
Portanto, o ideal é utilizar esse dinheiro apenas para cobrir custos relativos a imprevistos, não sendo indicado lançar mão da reserva de emergência para custear gastos supérfluos, com reservas de viagens, passeios e férias, por exemplo.
Que dicas ajudam a montar reserva de emergência?
Até aqui, você sabe o que é, como fazer o cálculo e em que situações retirar o dinheiro do fundo emergencial. Mas a dúvida que fica é sobre como montar, realmente, essa reserva de emergência, certo? Para esclarecer a questão, listamos as principais dicas. Confira!
- Organize os gastos
O primeiro passo, que auxilia a criação de uma reserva de emergência, é organizar a economia familiar. Nesse sentido, o investidor precisa tomar conhecimento de todas as contas dos familiares, definindo quais são as contas prioritária, que devem ser necessariamente pagas no vencimento, e outros gastos supérfluos.
- Reveja os seus hábitos
O item anterior está diretamente ligado a este, pois, para constituir um fundo emergencial, é preciso mapear todos os gastos, descobrindo quais são as contas da família. Depois, deve-se rever alguns hábitos de consumo, cortando supérfluos e mantendo o foco na criação de uma boa reserva financeira, instrumento essencial para manter o estilo de vida e a segurança dos familiares em tempos de crise.
- Elimine as dívidas
Por fim, uma dica que ajuda a montar uma reserva de emergência é eliminar as dívidas da família, visto que as despesas podem ficar ainda mais caras, transformando-se em uma “bola de neve” com o acúmulo dos juros pós-vencimento das contas. Então, após quitar os débitos, é possível destinar uma quantia mensal para o seu fundo emergencial.
Por que é importante renegociar dívidas antes de começar a reserva?
Outro ponto importante que precisa ser observado na construção da sua reserva é colocar o orçamento familiar em ordem. Estar em dia com a sua saúde financeira é o passo inicial, o que significa não possuir dívidas em atraso.
Caso você esteja com contas em aberto, é necessário renegociar esses débitos, pois os juros cobrados nesse tipo de situação superam em muito a rentabilidade que você pode obter aplicando recursos em qualquer investimento.
O efeito dos juros compostos é extremamente benéfico para a acumulação de capital do investidor, porém, ao contrário, os mesmo juros compostos podem se tornar um pesadelo para aqueles que estão inadimplentes (com contas como cartão de crédito, limite de cheque especial e outros créditos e financiamentos)
Portanto, foque os seus esforços em “estancar o sangramento” que as dívidas geram antes de começar a poupar para montar a sua reserva de emergência.
Quais investimentos escolher para a reserva de emergência?
Conforme explicamos anteriormente, você deve levar em conta a liquidez do investimento, ou seja, resgate fácil e rápido. Lembre-se que, no momento emergencial, é preciso levantar a quantia o quanto antes. Claro que a rentabilidade é um fator importante, mas ela não é a primeira a ser considerada no momento de montar seu fundo.
Além disso, a reserva deve ser estruturada com base em investimentos conservadores, ou seja, de baixa volatilidade. Afinal, não queremos especular e correr o risco de perder ou reduzir um capital que precisa estar disponível imediatamente quando houver necessidade.
Portanto, o seu perfil de investidor não conta muito nessa escolha, já que os produtos mais indicados para a construção dessa reserva são, basicamente, de renda fixa. Algumas aplicações que englobam esses itens são:
- Tesouro Selic: acompanha a taxa básica de juros, é mais seguro que a poupança e não tem volatilidade;
- CDB diário: rentabilidade similar a do Tesouro Selic e a proteção do FGC (Fundo Garantidor de Crédito);
- Fundo DI: fundos que investem em Tesouro Selic e outras rendas fixas conservadoras.
Depois de escolher os investimentos, defina o quanto você vai guardar por mês para atingir seu objetivo e seja disciplinado. Converse com uma assessoria de investimentos para que ela te ajude nessa jornada, lembrando que, na Ativa Investimentos, você abre uma conta gratuita e ainda conta com assessoria especializada sem custos.
Quais são as consequências de não fazer reserva de emergência?
A reserva de emergência funciona como uma rede de proteção, por meio da qual a família pode custear gastos imprevistos. Portanto, quem se organiza para montar um fundo emergencial, constitui uma fonte financeira para lidar com qualquer imprevisto. Caso não exista esse instrumento, o investidor e os seus familiares terão de contar, especialmente, com a sorte.
Neste conteúdo, você entendeu o que é, como funciona e por que investir em reserva de emergência. Desse modo, se você ainda não criou o seu fundo emergencial, o ideal é começar a juntar esse dinheiro o quanto antes, pois um imprevisto não avisa quando vem e a reserva trará uma segurança maior para você e para o futuro da sua família.
Gostou do texto? Ainda tem dúvidas sobre fundo emergencial? Qual é a sua relação com esse tipo de instrumento financeiro? Compartilhe com a nossa comunidade as suas questões e a sua opinião sobre a reserva de emergência. Deixe um comentário aqui!
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