(Por Carlos Thadeu de Freitas, economista-chefe da Ativa Investimentos)
O Copom (Comitê de Política Monetária) anunciou, nesta quarta (05), corte na Selic de 4,5% para 4,25% ao ano, conforme já era esperado pelo mercado financeiro.
Com isso, atingiu-se mais uma vez a mínima histórica para a taxa, que é usada como referência para a cobrança de juros em empréstimos, financiamentos e para a remuneração das aplicações financeiras. Essa é a quinta redução seguida nos juros.
No comunicado que anunciou o corte, o Banco Central (BC) destacou que os “dados de atividade econômica divulgados desde o último Copom indicam a continuidade do processo de recuperação gradual da economia brasileira.”
A mensagem principal foi o guidance (orientação) de interromper a trajetória de queda. Segundo o BC, o cenário externo está mais desafiador embora ainda benigno.
A inflação subjacente mudou o status de confortável para compatível com o cenário econômico e o Copom demonstra preocupação com as defasagens de politica monetária.
Nossa expectativa era de manutenção ante corte, mas o comunicado veio para corrigir quem ainda esperava mais flexibilização na próxima reunião. Com isso, acreditamos que a Selic vai alcançar novos patamares ao longo do ano, podendo chegar a 3.5% até dezembro.
