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Vida de Trader: entenda como funciona o Trader Relativo

Por: Lucas Xavier
27/05/2021
2 min

Vida de Trader: entenda como funciona o Trader Relativo

Uma das maiores dores de um trader é o sentimento de ter perdido uma oportunidade. Fez tudo certo, analisou, avaliou risco x retorno, já tinha o capital separado e acabou que não entrou. A análise deu certo e o ativo fez exatamente aquilo que você havia planejado. O seu gain não existiu, apenas na sua expectativa.

Uma frase que gosto de utilizar nessas ocasiões para tentar acalmar os ânimos é a seguinte: pelo menos acertamos a análise. Ou seja, está comprovado que nossa técnica daria certo.

Antes de tudo, vale mencionar que este artigo vai ser mais bem aproveitado por especuladores que já possuem uma estratégia específica, modo operacional bem definido e capital de risco adequado. Aqui, estamos apresentando uma alternativa estratégica para lidar com possíveis atrasos de entrada nas operações.

O índice Ibovespa, por exemplo, é uma carteira teórica de ativos com pesos diferentes. As características dos ativos são definidas pela B3. Atualmente, os 3 ativos com maior peso no índice são: Vale (VALE3), Petrobras (PETR4) e Itaú (ITUB4). O índice futuro é um derivativo negociável que deriva do próprio índice Ibovespa.

Por que estamos falando sobre isso? Quando estamos operando o índice futuro e vemos um movimento muito agressivo, quase nunca conseguimos fazer uma entrada bem-sucedida por ter sido muito rápido. Acontece quase todo dia. Ou nossa ordem fica na pedra ou o movimento acontece enquanto piscávamos o olho.

Aqui entra um pouco da parte lógica. Se o índice futuro deriva do Ibovespa que é uma carteira de ativos específicos, existe uma chance muito grande do movimento do índice futuro ter sido impactado pelos ativos mais pesados do índice, conforme citamos acima. VALE3, ITUB4 e PETR4. Minha sugestão é a seguinte: quando isso acontecer com você, busque olhar os gráficos destes ativos. A chance da repetição do movimento é muito grande, o que poderia gerar uma nova oportunidade de entrada.

A relatividade não para por aí. Vamos supor que o índice subiu e que VALE3 também subiu, dois movimentos bem semelhantes. PETR4 e ITUB4 não reagiram ao movimento. Na nossa hipótese, você não conseguiu pegar nenhum dos movimentos em day trade. A VALE3 faz parte do setor de mineração/siderurgia, um setor gigante dentro da bolsa brasileira. Outras ações deste setor são: USIM5, GGBR4 e CSNA3.

Você planejava um day trade de compra no índice futuro, mas não deu tempo. Conhecendo a estratégia citada aqui, foi olhar o gráfico de VALE3, mas também não deu tempo. Você foi ainda mais longe, avaliou as outras siderúrgicas. Para sua sorte – a sorte ajuda os preparados – o movimento do índice foi causado por um movimento do setor de siderurgia. VALE3 subiu, GGBR4 subiu e USIM5 subiu. Todas com os gráficos bem semelhantes. CSNA3 ainda não subiu, e na sua estratégia, está dando compra. As probabilidades de fazer um day trade de compra em CSNA3 e dar errado são mais baixas que o normal, concorda?

Como você deve imaginar, isso não se restringe à siderurgia, nem à day trade. Até no swing trade podemos ter oportunidades parecidas. Indo um pouco além, essas movimentações podem ser aproveitadas até estando sem caixa, apenas com garantia. Com estratégias conhecidas como Long & Short, podemos vender a ponta que subiu muito e comprar a ponta que subiu pouco em quantidades financeiras semelhantes.

Para explicar melhor, vamos voltar ao exemplo do trade de CSNA3. E se você tivesse sem caixa? Você poderia vender VALE3 à descoberto para usar esse dinheiro e comprar CSNA3. A lógica desta operação seria a expectativa da CSNA3 acompanhar o movimento feito pela VALE3. Em outras palavras, só precisaríamos que CSNA3 subisse mais que a VALE3, ou que CSNA3 caísse menos que VALE3.

O assunto de Long & Short vai ficar para outro momento, espero que a lógica passada neste artigo te auxilie a buscar operações alternativas e te faça ganhar mais experiência como trader. O mundo de operações relativas é grande e merece bastante atenção!

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Lucas Xavier