Ativa Investimentos

Vitória da Petrobras no STF: e agora? Veja nossa análise.

Written by Ilan Arbetman | Oct 5, 2020 11:13:50 AM

Como aferimos em nosso último texto aqui no blog, a Petrobras obteve importante vitória no STF quanto à continuidade do seu processo de venda de ativos. Como é do conhecimento de todos, tempo é dinheiro e uma negativa no processo obrigaria a companhia a arcar com os business non-core por mais tempo, fazendo ainda a empresa incorrer em juros e dilatando ainda mais as diferenças estruturais, econômicas e financeiras perante os pares globais.

Passada a aprovação, é hora da companhia continuar com as vendas. Além das refinarias, cujas duas primeiras podem render a companhia um terço do upper bound de U$D 30 bilhões, que a mesma deseja angariar com seu plano de investimentos até 2024, a companhia deve continuar colocando à disposição do mercado ativos de geração de energia e gás, bem como parte de seu portfolio non-core de exploração e produção, como campos de produção de terra, pós sal e águas rasas.

Torna-se válido aferirmos que, tal como observamos na venda das refinarias, é possível que a venda de ativos seja novamente contestada judicialmente para frente. Até por isso, a decisão do STF semana passada ganha mais relevância, uma vez que ela embasa relevante parte do processo da empresa e desmotiva futuras contestações.

Ademais, o movimento ocorrido consolida o entendimento das maiores esferas do país quanto à relevância do movimento para o destravamento de valor que o país tanto necessita e quanto ao melhor aproveitamento destas importantes ferramentas produtivas na mão de outros players.

Quanto à Petrobras, reforçamos que o maior risco de cauda envolvendo seu processo de desinvestimentos foi vencido. Apesar da vitória parcial, a companhia não pode esmorecer e precisa rumar à concretização de seu plano.

Uma nova etapa de propostas será aferida para RELAM possivelmente ainda em outubro. Até lá, a companhia deve continuar disponibilizando teasers ao mercado.

Reforçamos nossa confiança na capacidade da empresa em se monetizar neste processo e alocar eficiente e parciosamente os recursos deste em sua nova e mais enxuta estrutura. Até a próxima análise!