Terminou no último dia 8 a Paris Fashion Week, que é uma semana de moda famosa realizada semestralmente, em Paris, com coleções de Primavera/Verão e Outono/Inverno. O evento tem como foco a alta-costura, que é feita para dar asas à criação dos costureiros, que usam tendências efêmeras de moda para realizar os desejos mais inusitados de suas clientes.
Apesar das novidades das passarelas, existem tendências que nunca saem de moda, como as famosas bolsas da Chanel. Sonho de consumo de muitos amantes de moda ao redor do mundo, as bolsas da marca francesa vão além do status social, mas você imaginava que elas são tratadas até como um tipo de investimento? Sim, isso mesmo! E esse é o tema do #AtivaTrends da semana! Continue aqui para entender mais.
Respondendo rapidamente: sim! Como qualquer outro produto, bolsas de grife também valorizam (e muito) no mercado. O preço de uma clássica da Chanel, conhecida como flap jumbo, subiu cerca de 70% desde 2019. Para comparação, o Ibovespa, principal índice de ações do Brasil, caiu 11% no acumulado dos dois últimos anos.
Ou seja, essa mesma bolsa, que valia R$ 35 mil, hoje custa aproximadamente R$ 60 mil. Valoriza demais! Um estudo realizado pelo e-commerce The RealReal, que é especialista em revenda de peças de luxo usadas, mostrou que o preço de diversos artigos desse nicho subiu quase 400% nos dois últimos anos, em um fluxo de vendas entre a geração X (nascidos entre 1965 e 1981) e a geração millennium (nascidos entre 1981 e 1995).
O aumento dos preços desses itens se dá principalmente pela alta do dólar durante a pandemia do coronavírus. Além disso, a alta procura também influenciou nesse disparo de preços, já que na moda de alta-costura virou febre em trends nas redes sociais, influenciando diversos públicos a gastarem em artefatos luxuosos (que nem sempre estão dentro dos seus padrões de vida).
Se for levar o significado de investimento de forma literal, sim! Uma bolsa da Chanel pode ser um tipo de investimento. Se há valorização rápida e um mercado secundário em que o investidor pode vender as peças, o item pode ser considerado um bom investimento, mas, com todo investimento, que pode apresentar alguns riscos a longo prazo, como a desvalorização.
Antes de tratar esses tipos de itens como investimentos, é preciso ter consciência sobre como o cenário econômico pode influenciar, tal qual um investimento na Bolsa de Valores. Variação do dólar, situação do setor do varejo, e poder de compra são bons exemplos de situações externas que precisam de atenção para saber se o investimento está ou não valendo a pena.
De qualquer forma é um tipo de investimento com um valor inicial alto, e que está fora da realidade de muitos brasileiros. Mas se você pudesse, iria preferir em investir na Bolsa de Valores ou em bolsas da Chanel? Enquanto você pensa, nós do #TimeAtiva iremos em busca de mais curiosidades para você!
Por Eduarda Menezes