Códigos das ações: o que são e como são formados?

Muitos dos novos investidores não sabem como ler os códigos das ações na Bolsa de Valores (B3). Entretanto, essa é uma habilidade básica para qualquer investidor que deseja tomar as melhores decisões no mercado de ações.

Já se deparou com vários códigos que não consegue ler na sua plataforma de negociação? Então continue esta leitura! Aqui você entenderá por que é importante entender esses códigos, quais são tipos de ações existentes, como são formados os códigos e mais!

Por que entender os códigos das ações?

Também chamados de tickers, os códigos representam as ações das empresas, bem como o tipo de cada ativo comercializado na B3. Ao conhecer seus significados, você poderá saber exatamente o que se está comercializando.

Além disso, terá uma visão geral mais rapidamente do que está acontecendo no mercado. Imagine que ações MGLU3 (Magazine Luiza), LREN3 (Lojas Renner), LAME4 (Lojas Americanas) e VVAR3 (Via Varejo) estejam aumentando.

Você saberá que se trata de uma alta em todo setor de comércio e não de apenas uma empresa. Assim é possível aproveitar imediatamente dessa oportunidade.

Quais os tipos de ações?

Para entender melhor os códigos, primeiro, é necessário conhecer os tipos de ações que são vendidas no mercado:

• ações ordinárias (ON): garantem o direito de voto nas assembleias. Quanto mais ONs forem adquiridas, maior o peso do voto. São representadas pelo final 3;
• ações preferenciais (PN): asseguram direito de preferência no pagamento de dividendos e reembolso de capital na liquidação da empresa. Essas ações têm final 4.

Um código ITUB3, por exemplo, demonstra uma ação ordinária do banco Itaú.

Como são formados os códigos das ações?

No mercado financeiro brasileiro, os códigos são formados por quatro letras e alguns números. Os primeiros 4 caracteres são letras que compõem ou são similares ao nome da empresa, facilitando identificação. Por exemplo, a NATU se trata da Natura, enquanto o código VALE diz respeito à empresa Vale.

Além de 3 (ações ordinárias) e 4 (ações preferenciais), os códigos de empresas podem ser seguidos de outros números:

• 1: direito de subscrição de uma Ação Ordinária;
• 2: direito de subscrição em ações preferenciais;
• 5: PNs de classe A (PNA);
• 6: PNs de classe B (PNB);
• 7: PNs de classe C (PNC);
• 8: PNs de classe D (PND);
• 9: recibo de subscrição de uma Ação Ordinária;
• 10: recibo de subscrição de Ação Preferencial.
• 11: não há regra. Pode ser usado para ações estrangeiras negociadas na B3, BDRs (Certificados de Depósitos), Units (pacotes de ações), entre outros.

Quando se trata do mercado de ações fracionário, é preciso adicionar a letra F ao final do ticker. O código PETR4F se trata de uma fração de Ação preferencial da Petrobrás, por exemplo. No mercado a termo — um tipo de financiamento para compra de ações —, é acrescentado T ao final do código.

Saiba que a composição do ticker é diferente no que diz respeito a outros ativos. No mercado de Opções, o ticker é formado por 7 dígitos:

• quatro letras das iniciais do ativo;
• uma letra do primeiro mês de vencimento da opção de compra (call) ou venda (put);
• dois números do preço de exercício da opção.

A ação PETRB30 indica uma opção da Petrobrás, com vencimento de compra e pelo valor de R$30,00.

Por que conhecer seu perfil de investidor?

Antes de fazer um investimento, é fundamental saber o seu perfil de investidor. Você pode ser um conservador, moderado ou agressivo. Essa informação varia de acordo com sua tolerância a risco, objetivos, conhecimento sobre o mercado, entre outras informações. Depois de entender seu perfil, será possível identificar o tipo de investimento ou de Ação que é ideal para você.

Ler os códigos das ações pode ser menos complicado que parece. Entretanto, também é importante que você saiba como são compostos os códigos de outros ativos. Isso garantirá uma visão ampla não somente das ações, mas dos investimentos de forma generalizada.

Melhore sua capacidade de fazer isso com uma boa leitura sobre os jargões do mercado financeiro.