Entre os assuntos mais importantes relacionados à Bolsa de Valores (B3) está saber como funcionam as cotações do Dólar e Ouro. Entender como funcionam as variações de suas cotações em relação ao Real é fundamental para conquistar sucesso no mercado financeiro.
Uma boa maneira de descobrir isso é compreendendo a presença de alguns ativos específicos do mercado financeiro. O Dólar e o Ouro cumprem uma função muito particular em todo sistema econômico global: medir valores. Isso além de tudo o mais que representam, é claro.
Neste artigo, você vai descobrir como o Dólar afeta seus investimentos, por que investir em Ouro e como isso pode proteger seu capital. Aqui, explicamos o que exatamente são commodities, Hedge e Risk Off, as particularidades do Ouro e do Dólar. Você vai aprender como você pode comprar Dólar ou Ouro agora mesmo pelo Home Broker. Por fim, também esclarecemos os motivos que alteram o preço do Ouro e do Dólar. Confira!
Índice
Antes de falarmos de Dólar e Ouro, vale compreendermos a categoria abrangente a que esses produtos pertencem: as Commodities. Basicamente, uma Commodity é um produto com processamento mínimo, sem distinção de base, como marca, origem etc.
Esses produtos têm um valor relativo à dinâmica da lei de oferta e procura. Podemos entender como a matéria-prima de tudo o mais que compõe a estrutura da sociedade de mercado. Estamos falando de:
Algumas Commodities costumam ser visadas como instrumentos de proteção de capital. Dessa forma, investidores se valem de uma estratégia de hedge para conterem perdas.
De maneira simples, hedge significa comprar um produto que garanta uma performance positiva caso seus investimentos sofram algum prejuízo. Assim, o investidor assegura maior estabilidade de seu patrimônio.
É muito comum que investidores pratiquem hedge com Dólar e Ouro para um eventual cenário de crise econômica. No mercado, esse cenário costuma ser chamado de Risk Off, quando Commodities de proteção se valorizam, enquanto outros mercados caem.
Tanto o Dólar quanto o Ouro guardam características fundamentais do sistema econômico de mercado como conhecemos. A principal propriedade desses produtos é o fato de servirem de reserva de valor.
O Ouro tem, também, a função de uma moeda fiduciária, com algumas diferenças significativas. Contudo, de modo geral, podemos formalizar a compreensão do conceito de “moeda” afirmando que:
O Dólar é a moeda mais forte do mundo. Isso porque ela reflete a estabilidade do sistema econômico que lhe dá base: os Estados Unidos. Desse modo, é natural que investidores mantenham reservas de dinheiro em Dólar em um cenário de crise.
Por ser considerado um ativo de maior segurança, o Dólar proporciona flexibilidade de capital e segurança de valor. Afinal, quando o mercado interno está abalado, os investidores costumam reagir da mesma maneira, assegurando poder de compra no Dólar.
Isso naturalmente eleva o valor do Dólar em relação ao Real. Porém, o impacto da alta do Dólar nos investimentos pode ser preocupante para o mercado interno.
É por isso que o Banco Central procura estabelecer políticas monetárias para intervir na dinâmica do mercado. O objetivo é garantir a saúde do sistema interno, protegendo empresas e consumidores. Isso evidencia ainda mais a importância da presença do Dólar em uma carteira de investimentos.
Mas o que acontece quando as turbulências econômicas são globais? Assim como investidores costumam fugir para o Dólar, eles também podem se proteger no Ouro.
A razão disso está em dois fatores que privilegiam o valor real do Ouro sobre o valor do Dólar. Primeiro, o Ouro é um produto verdadeiramente escasso, diferentemente de uma moeda, que pode ser impressa à vontade.
Segundo, o Ouro sofre influência pouco significativa de outros produtos até relativos, como a Prata, por exemplo. Isso faz do Ouro a principal proteção de capital do mundo, tornando essa Commodity um produto extremamente líquido e valioso. Em suma, esse pode ser considerado um ativo mais seguro que o Tesouro Direto perante cenários de instabilidade econômica mundial.
Com tudo o que vimos, fica fácil identificar as vantagens de ter Ouro ou Dólar na sua carteira de investimentos. Esses produtos podem ser excelentes para diversificação de carteira.
Só é importante lembrar que Ouro e Dólar têm certa volatilidade. Isso pode ser arriscado para investidores de primeira viagem. Então, procure estudar para aproveitar bem as oportunidades.
Operar Dólar e Ouro é muito fácil e você pode fazer isso pelo Home Broker da sua corretora. No entanto, é importante conhecer algumas regras dos contratos (como contrato cheio e Mini Dólar). Já que na Bolsa de Valores não se negocia o ativo derivado dessas commodities.
Além dos ativos negociados na bolsa, você pode investir em Fundos com maior exposição nessas commodities.
Também é possível adquirir esses produtos fisicamente e guardá-los em casa, por exemplo. Porém, essa prática não é recomendável porque isso afeta a liquidez do Ouro e do Dólar.
Assim como outros ativos, existem diferentes variáveis que podem fazer com o preço desses commodities subam ou desçam. Ao entendê-los, você conseguirá antecipar o mercado e tomar as melhores decisões para proteger seu patrimônio ou elevá-lo.
Quando uma moeda está sofrendo com inflação e sendo desvalorizada, os investidores buscam ativos que são capazes de proteger seu dinheiro. O Ouro é um dos principais commodities adquiridos nesse cenário. Isso acontece porque a sua oferta para uso monetário é limitado pela quantidade de Ouro que está disponível no mundo.
O Dólar também pode ter seu valor beneficiado se outras moedas forem inflacionadas. Imagine que o Real ou Euro percam valor em relação aos serviços e produtos. Investidores podem adquirir Dólar para se proteger desse cenário, aumentando a demanda pela moeda.
Durante períodos de alta das taxas de juros (que no Brasil é a Selic), o valor do Ouro acaba sendo reduzido. Nessa situação, a busca pelo capital se torna maior, pois há um maior pagamento em juros para quem empresta dinheiro. Como o interesse pelo capital se torna maior, a procura pelo ouro é reduzida — o que também diminui seu valor.
Por muito tempo os EUA foi a única superpotência mundial e, até o presente momento, é a maior economia do mundo. Isso faz com que as demais nações ao redor do mundo sejam impactadas pela situação econômica dos EUA.
Por exemplo, quando há instabilidade econômica nos EUA, investidores podem acreditar que haverá uma inflação da moeda. Consequentemente, eles buscarão o Ouro antecipadamente para proteger seus recursos.
A Balança Comercial ou de Pagamentos analisa a quantidade de recursos que entram e saem de um país. Se houver um saldo excedente de recursos, é aumentada a procura pela moeda, o que aumenta seu valor. Caso esse saldo seja negativo, serão buscadas outras moedas ou o Ouro.
Déficits ocasionais são considerados aceitáveis para países desenvolvidos. Entretanto, uma moeda pode ter seu valor prejudicado caso ela ocorra por longos períodos de tempo.
Sempre que ocorrem acontecimentos que prejudicam vários (ou todos) países, investidores buscam o Ouro para se proteger. Isso permite que eles se protejam até que o momento de instabilidade seja superado.
Exemplos dessas situações são guerras (mundiais ou não), crise econômica generalizada, pandemia (como do coronavírus), entre outros. Basicamente, os investidores antecipam os reflexos econômicos que tais problemas gerarão. Uma pandemia, por exemplo, pode gerar inflação, parada das atividades e recessão global.
Há certas táticas que você precisa aplicar para garantir que está fazendo o investimento mais vantajoso para si. Veja as melhores delas a seguir:
Dólar e Ouro estão entre os investimentos que mais renderam em 2020, tendo rentabilidade de 28,9% e 24,4%, respectivamente. Isso se deu em razão da crise mundial gerada pela pandemia do coronavírus, que interrompeu as comercializações e atividades empresariais. Ressalta-se que o Bitcoin também se destacou nesse cenário, tendo uma alta de 303% durante 2020.
Viu como esses dois elementos do mercado financeiro são importantes para os investimentos no mundo? Agora, caso você queira incluir Dólar e Ouro na sua carteira, lembre-se de estudar o mercado com cuidado. Lembra-se que você também pode (e deve!) contar o seu assessor para escolher qual ativo é mais adequado para a sua carteira.
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