Cacetinho, pão d’água, pão de trigo, pão aguado, carioquinha, pão careca, pão de sal… Os nomes podem ser diferentes, mas o alimento é bastante conhecido entre os brasileiros que aproveitam suas manhãs e tardes para degustar o famoso pão francês.
Não surpreende ninguém que o pão francês seja um dos alimentos mais consumidos pelos brasileiros, mas você imagina que esses pãozinhos movimentam uma quantia de milhões? Em 2020, o setor de supermercados teve um faturamento de cerca de R$ 550 bilhões, enquanto o de panificação movimentou sozinho algo em torno de 90 bilhões de reais. (Apesar do valor ser menor, é preciso levar em consideração que é nos mercados onde as pessoas fazem a maior parte de suas compras).
O pão é um alimento polêmico em todos os sentidos, inclusive quando se trata de aumento de preço e inflação. Para entender melhor o volume financeiro movimentado pelo setor da panificação, continua aqui no texto que vamos te explicar!
Apesar do nosso foco ser o pão, é preciso deixar explicado que o setor de panificação em si engloba muitos outros alimentos como bolos, tortas e demais produtos de confeitaria. Entretanto, por ser barato e bastante popular, o pão francês acaba movimentando sozinho boa parte dessa receita, e nós vamos provar!
Segundo pesquisas, 76% dos brasileiros consomem pão francês no café da manhã. Estima-se que 41 milhões de brasileiros entram em padarias todos os dias para comprar pão.
Ou seja, o pão é um grande protagonista econômico! Um verdadeiro sucesso!
Como qualquer outro produto, o pão também sofreu com os impactos da pandemia, principalmente com as restrições de distanciamento. De acordo com a Associação Brasileira da Industria de Panificação e Confeitaria e o Instituto Tecnológico de Panificação e Confeitaria, em 2020, o faturamento do setor da panificação teve uma queda.
Números da pesquisa mostram que em, 2020, o setor sofreu bastante com os impactos das restrições e com as pessoas decidindo fazer pães em casa, reduzindo seu faturamento pela primeira vez depois de um histórico de altas.
Já em 2021, o crescimento foi de 15%. Através de inovação, integração e conexão com as novas tendências e tecnologias, o cenário negativo foi revertido, onde se tem um faturamento de R$ 105,85 bilhões.
Além disso, as altas nos preços gerados pela inflação também impactaram no valor do pão francês, que ficou mais caro nas padarias do páis. A inflação para o ano, medida pelo IPCA, fechou em alta de 10,06%. Em fevereiro de 2022, esse acumulado em 12 meses subiu para 10,54%.
Junto com a inflação, o pãozinho também vem sofrendo com a guerra entre Rússia x Ucrânia. Isso porque ambos os países são produtoras e exportadoras de trigo. Eles correspondem a 30% da exportação mundial.
Com a guerra, todos os derivados de trigo sofreram com o aumento, já que o grão ficou mais caro. A matéria-prima representa 60% do custo de pães e bolos.
Só o pão francês teve um crescimento estimado de 10% e 20% segundo a Abip (Associação Brasileira da Indústria de Panificação e Confeitaria).
Mesmo com esses aumentos, o pão francês segue sendo um clássico na mesa dos brasileiros (e o terror da dieta de algumas pessoas). É o verdadeiro pãozinho de milhões!
Por Eduarda Menezes