Alta dos preços: como anda a alimentação dos brasileiros?
A alta dos preços tem tornado desanimador ir ao supermercado.
Os preços estão nas alturas: leite caro, quilo da carne caro, queijo caro… Com isso, o primeiro semestre do ano marcou uma mudança no perfil do carrinho de compras dos consumidores brasileiros.
A alta nos preços, produziu um efeito importante, as pessoas passaram a buscar produtos mais baratos para substituir os de marcas mais caras.
A alta dos preços, tem uma razão. O período pós-pandêmico está sendo bastante conturbado para a economia e muitos setores não conseguiram se recuperar.
No #AtivaTends de hoje, você vai descobrir quais são as alternativas que estão cada vez mais presentes no carrinho dos brasileiros.

Índice
Antes de tudo, precisamos entender… o que está provocando o aumento dos preços?
Bom, não existe uma explicação única para o aumento significativo dos preços.
Esse aumento vem sendo gerado pela soma de três fatores superimportantes para o setor: Inflação, desvalorização da moeda local (no caso do Brasil, o Real), e oferta e demanda.
1. Inflação
Todo mundo sabe que inflação alta significa que tudo fica mais caro.
O IPCA é o indicador oficial que mede a inflação no Brasil. Ele faz uma análise da “cesta de produtos e serviços”, que é usado para entender o padrão de consumo das famílias.
Nessa lista existem diversos bens e serviços, e a alimentação é uma delas.
De acordo com o Boletim Focus, que mostra a expectativa do índice pelos principais analistas do mercado, o IPCA deve fechar o ano de 2022 em 7,54%.
Vale lembrar, que no Brasil adotamos o sistema de metas de inflação. A meta para 2022 é de 3,5% com tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.
Os números são claros em demonstrar que a inflação poderá ser no final do ano o dobro da meta definida.
2. Desvalorização do real
Um outro ponto que merece destaque nos últimos anos foi a alta do dólar.
A desvalorização do Real em relação à moeda americana, teve efeito imediato que somado a alta do preço das commodities, como soja, milho, combustível e gás de cozinha, fizesse os preços aumentarem ainda mais.
Com o valor da moeda americana mais atrativa, os produtores, perceberam vantagem em vender os produtos para o exterior.
Uma coisa liga a outra, isso faz com que uma outra realidade passe a acontecer: a falta de produtos no mercado interno.
Dados divulgados pela Secretária de Comércio Exterior (Secex) comprovam a realidade. A balança comercial até o momento tem registrado um superávit de US$ 32,19 bilhões até o momento.
Os números explicam que os produtores aproveitam o valor atrativo do câmbio e o resultado no mercado interno é claro.
3. Oferta e demanda
Todo mundo já sentiu a lei da oferta e da demanda na pele.
Se muitas pessoas estão em busca de um mesmo produto, esse item começa a ficar escasso. Essa falta faz com que os preços aumentem, simples assim!
É a famosa lei da oferta e da demanda, e isso significa se traduz para o consumidor final em aumento de preços.
Essa tendência se consolidou nos últimos meses, e uma das razões (como percebemos acima) foi a priorização das exportações.
Merece destaque, o período de seca em estados produtores, isso fez com que colheitas fossem prejudicadas, diminuindo ainda mais a oferta de produtos importantes na mesa do brasileiro.
Substituição nos carrinhos de mercado
Como alternativa aos valores mais altos de alguns produtos o brasileiro foi obrigado a encontrar substitutos com preços mais acessíveis.
Para economizar, algumas pessoas passaram a substituir algumas refeições pelo consumo de lanches e refeições mais baratas.
Um exemplo disso é o consumo de lanches, salgadinhos e refrigerantes que cresceram bastante nos últimos meses.
Um dos campeões dos carrinhos de compra dos brasileiros foram os biscoitos. Produtos mais baratos e certamente pobres e pouco nutritivos.
Essa nova realidade está preocupando bastante os nutricionistas, já que os lanchinhos estão sendo usados para substituir as proteínas.
Conclusão
Não é surpresa, estamos vivendo um período de grandes desafios na economia do Brasil e do mundo.
Alguns analistas acreditam que ainda teremos pela frente momentos de piora no cenário, antes dos preços começarem a cair.
Alguns desafios importantes pela frente precisam de definição. Tratamos nesse artigo, de alguns, mas outros como a guerra de Rússia e Ucrânia também merecem destaque.
Mesmo geograficamente longe do Brasil, a Rússia é um importante país produtor de combustíveis, além disso, o país exporta insumos importantes para o seguimento de agronegócios.
O reflexo é imediato e sentido rapidamente no preço de praticamente todos os produtos.
A realidade é triste, e mais do que um problema exclusivo do Brasil, atualmente a inflação é uma preocupação de todo o mundo.
Quem busca se proteger de alguma forma da inflação, nesse momento é importante apertar os cintos, pesquisar bastante os preços e aproveitar promoções para tentar economizar.
Em economia, períodos de crise são cíclicos e podem durar menor ou maior tempo. De toda forma, olhando para frente a expectativa geral é que o pior já passou.
Por Eduarda Menezes
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