O cenário deste ano eleitoral e a perspectiva econômica já tomaram conta do período, sobressaindo quanto a outras esferas. Embora ainda não tenha sido iniciada a campanha eleitoral pela televisão, a postura do PT ao anunciar o seu pré-candidato à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, chama atenção do mercado. Contudo, ainda há certa expectativa de avanço de Jair Bolsonaro.
Nesse contexto, vale lembrar o que consolidou Bolsonaro no 2º turno das últimas eleições: o atentado ocorrido no dia 9 de setembro de 2018, em que o candidato foi esfaqueado no meio de sua campanha em Juiz de Fora (MG). A facada ocorreu logo após o início da campanha e restringiu os eventuais ataques devido à grande comoção causada pelo evento.
No entanto, e em relação ao contexto político de 2022, quais são as perspectivas? Continue a leitura e fique por dentro!
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A importância de compreender o cenário político e econômico atual é entender as possibilidades futuras e saber como agir durante as eleições que virão. Ao analisar as principais aflições do povo brasileiro, as quais estão relacionadas ao suprimento de suas necessidades básicas, fica mais fácil avaliar as propostas dos candidatos e fazer a escolha mais adequada.
No âmbito econômico, o Brasil vivencia um momento complicado, com inflação elevada, altas taxas de desemprego e aumento da fome e da miséria. Os eleitores estão atentos à condução política e aos passos dados pelos partidos para fazer a escolha dos próximos líderes do nosso país. Um dos problemas mais preocupantes para os cidadãos é a economia.
A última eleição colocou em pauta temas relativos à segurança pública, ao combate à corrupção, à busca por uma nova política etc. Entretanto, na opinião da maioria dos especialistas, o aumento da renda, a redução do desemprego e a inflação são assuntos que devem ser muito debatidos nos próximos meses. O foco dos brasileiros, portanto, será o cenário econômico, como apontado.
De acordo com uma pesquisa atualizada, o preço do diesel, por exemplo, encareceu 47%; o da gasolina, 46% e o do etanol, 59%, em 2021. As perspectivas são de instabilidade econômica para o período de disputa nas urnas em decorrência da desvalorização do Real e da alta internacional do petróleo. A situação é complexa, e a locomoção e a sobrevivência estão cada vez mais caras.
Ainda faltam alguns meses para a realização do 1º turno das eleições de 2022, mas os especialistas já estão se manifestando sobre as atuais demandas, perspectivas econômicas e polêmicas ideológicas. É claro que os candidatos podem rever os seus discursos, mas a economia é o principal fator para a definição de votos. Veja, a seguir, alguns dados interessantes!
Os profissionais da área da economia criticam as principais forças políticas do Brasil, apesar de terem opiniões diversas acerca dos impactos dos resultados das eleições no mercado nacional. A previsão é de que haja um acirramento eleitoral, que estará presente nas épocas de votação e que poderá causar uma confusão em debates fundamentais para o cenário econômico.
De acordo com o consultor financeiro e membro da Academia Cearense de Economia, Henrique Marinho, o rumo econômico depende das próximas eleições. O governo terá que tentar solucionar o cumprimento da política fiscal, o desemprego e a inflação. O mercado dificilmente vai apoiar o atual em função do seu modo de conduzir a economia.
Na opinião de Ricardo Eleutério, membro da Academia Cearense de Economia e Professor da Universidade de Fortaleza (UNIFOR), a composição do atual cenário eleitoral é bastante desafiadora. Existe uma enorme polarização entre os dois pré-candidatos que estão à frente, conforme revelam as pesquisas. Lula e Bolsonaro vão disputar e é importante que sejam avaliadas as questões sociais, econômicas e estratégicas.
Há também discussões desmedidas entre os eleitores a respeito de ideologias. Por outro lado, as questões realmente importantes e até essenciais — por exemplo, o futuro econômico do Brasil — foram colocadas em segundo plano por alguns candidatos. Porém, a economia influencia as votações, assim como os conflitos internacionais, que são uma variável geopolítica mundial.
Lauro Chaves Neto, que é presidente da Academia Cearense de Economia e Assessor Econômico da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), revela que a percepção de incerteza está entre as variáveis mais relevantes. Os riscos são muito maiores quando as dúvidas afetam os investimentos e o consumo de bens e serviços.
O cenário eleitoral tem esse potencial de originar questionamentos e receios de irresponsabilidade fiscal ou econômica por parte do governo. O governo Lula teve controle fiscal com a gestão de Ciro Gomes como prefeito, governador e ministro. Já no governo Bolsonaro, também foram aplicadas diversas medidas de fiscalização. Isso tranquiliza os contribuintes que ainda estão em dúvida.
Outra especialista no assunto, Silvana Parente, membro da Academia Cearense de Economia e Presidente do Conselho Regional de Economia (CORECON), afirma que a polarização decorrente da conotação ideológica não é positiva para os brasileiros. Nos últimos anos, houve pouco interesse em desenvolvimento e em produção e os objetivos se voltaram para o capitalismo financeiro.
O debate entre os candidatos deve envolver a exposição de projetos para recuperar a indústria, a remoção do Brasil da situação de estagnação e a criação de políticas de desenvolvimento. A população está em busca de trabalho e de renda diante dos tumultos originados pela insegurança causada pelos posicionamentos do atual presidente. Inclusive, muitos ainda temem a falta de transparência nas políticas monetárias.
Compreendeu melhor a relação entre cenário eleitoral e perspectiva econômica? Saiba que é necessário tomar os devidos cuidados em relação aos investimentos que serão feitos nesse período de ambiência tumultuada, de incertezas no mercado e de indiferença às questões sociais. Nesse sentido, antes de investir, busque conhecimentos e converse com profissionais especializados.
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