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CRI e CRA: O que são e como funcionam?

Por: Time Ativa
11/09/2025
2 min

CRI e CRA: O que são e como funcionam?

Em um cenário de juros dinâmicos, investidores buscam constantemente alternativas que combinem segurança, rentabilidade e eficácia tributaria. Dentro do universo da renda fixa, os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) e do Agronegócio (CRA) surgem como protagonistas, o oferecendo não apenas isenção de Imposto de Renda, mas também o potencia de retornos mais expressivos. 

O que são CRI e CRA? 

CRI e CRA são instrumentos financeiros que representam promessas de pagamento futuro. Eles são originados a partir e um processo denominado securitização, que transforma dívidas de longo prazo em títulos negociáveis no mercado de capitais. 

O fluxo operacional da securitização ocorre da seguintes forma: 

1. Originação de Créditos: Uma empresa do setor imobiliário (ex: construtora) ou do agronegócio (ex: cooperativa agrícola) acumula créditos a receber de seus clientes. 

2. Cessão de Recebíveis: A empresa cede (vende) esses direitos de crédito para uma companhia securitrizadora. 

3. Estruturação do Lastro: A securitrizadora agrupa esses créditos, que servirão como lastro (garantia) para os títulos a serem emitidos. 

4. Emissão dos Títulos: Com base nesse lastro, a securitrizadora emite os Certificados de Recebíveis (CRI e CRA) e os oferta a investidores 

5. Fluxo de Pagamento: O investidor que adquire o título passa a ser o detentor do direito de receber o fluxo de pagamentos gerado por aqueles créditos originais, acrescido de uma taxa de juros definida. 

A distinção fundamental é o setor de origem do lastro: o CRI é lastreado em créditos do mercado imobiliário (financiamentos, aluguéis, etc.), enquanto o CRA é lastreado em créditos do agronegócio (vendas de safra, financiamento de insumos, etc.). 

Como funciona a rentabilidade dos CRIs e CRAs? 

A remuneração dos CRIs e CRAs pode ser estrutura de três formas: 

  • Prefixada: A taxa de jutos anual é definida no momento do investimento. O investidor tem conhecimento prévio do valor exato que receberá no vencimento do título. 
  • Pós-fixada: A rentabilidade é atrelada a um indexador da economia, sendo o mais comum o CDI (Certificado de Deposito interbancário). A remuneração é um percentual desse indicador. 
  • Hibrida: Combinado uma taxa de juros prefixada com a variação de um índice de inflação, como o  IPCA ou IGP-M. A rentabilidade final é composta pela variação do índice mais a taxa de juro real. 

Vantagens e Desvantagens dos CRIs e CRAs

Vantagens: 

  • Isenção de IR (Pessoa Física): Os rendimentos distribuídos a pessoas físicas são isentos de Imposto de Renda. Isso aumenta a rentabilidade liquida em comparação com ativos tributáveis. 

  • Rentabilidade Potencialmente Superior: Historicamente, CRIs e CRAs oferecem um prêmio de risco, com taxas de juros superiores às de títulos de crédito bancário (CDBs, LCIs, LCAs), como compensação pela ausência de FGC e menor liquidez.

  • Diversificação de Setores: Permitem alocação de capital em setores fundamentais da economia, descorrelacionados de emissores bancários tradicionais.

Desvantagens: 

  • Ausência de Cobertura do FGC: Os títulos não possuem a garantia do Fundo Garantidor de Créditos, o que significa que o risco de credito é assumido integralmente pelo investidor.

  • Baixa Liquidez de Mercado: O mercado secundário para esses títulos é pouco desenvolvido, dificultando a venda antecipada. A estratégia recomendada é manter o ativo ate a data de vencimento. 

  • Risco de Crédito: Risco de inadimplência por parte dos devedores originais que compõem o lastro do titulo. O não pagamento desses devedores impacta diretamente o retorno do investidor. 

  • Valores de Aporte Mínimo: O investimento mínimo para ofertas primarias pode ser superior ao de outros produtos de renda fixa, limitando o acesso a alguns investidores.

Letras de Crédito vs. Certificado de Recebíveis 

 LCI/LCA x CRI/CRA

Análise para o Investidor: 

  • Garantia: A escolha depende da prioridade do investidor: a proteção institucional do FGC ou a análise da estrutura de garantias de cada operação.

  • Risco de Crédito: O risco no LCI/LCA é centralizado na saúde financeira de uma instituição. No CRI/CRA pode ser pulverizado entre centenas ou milhares de devedores.

  • Rentabilidade: O prêmio de risco do CRI/CRA reflete a ausência do FGC. Indicado para quem busca otimizar a relação risco-retorno

  • Liquidez: LCI/LCA pode oferecer maior flexibilidade de saída. CRI/CRA exige um horizonte de investimento de longo prazo. 

Conclusão

CRIs e CRAs são ativos de renda fixa estruturados que oferecem uma alternativa para diversificação e potencialização de retornos líquidos, principalmente pela isenção fiscal. O investimento nesses títulos demanda uma analise técnica aprofundada do isco de credito, das garantias envolvidas e do horizonte de tempo de aplicação. 

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Time Ativa