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ESG: Como a emissão de carbono impacta o valor das empresas? - Blog

Written by Time Ativa | Mar 18, 2021 5:28:42 PM

É de conhecimento geral que a emissão de carbono (CO2) é bastante prejudicial ao meio ambiente. Mas não são somente as pessoas físicas que podem diminuir essa emissão, já que muitas empresas também são capazes de contribuir para isso.

Empresas que buscam um desenvolvimento sustentável praticam o ESG, que diz respeito à governança ambiental, social e corporativa. Para investidores, é interessante conhecer o funcionamento das ações para reduzir emissão do carbono e os impactos nos preços das ações. Continue lendo este material para saber essas informações!

Como funciona a redução de emissão de carbono?

Pelo Protocolo de Quioto em 1997, foi estabelecido um limite do quanto cada país pode emitir carbono. Essa redução será atingida por um sistema para compensação de gases de efeito estufa (compensação de GEE). Entenda os principais conceitos desse sistema a seguir.

Redução de carbono

Nesse caso, a própria empresa toma medidas para diminuir a emissão de GEE na atmosfera. Ela pode renovar sua frota de veículos, incentivar seus colaboradores a usar transporte público ou bicicletas para ir ao trabalho etc.

Compensação ou neutralização de carbono

Mesmo com iniciativas para reduzir a difusão do gás carbono, ainda há operações cuja emissão de CO2 são inevitáveis. A compensação (também chamada de neutralização) consiste em técnicas que retiram o gás da atmosfera.

A empresa mensura sua própria emissão de gases, o que é feito seguindo a ISO 14064 e o GHG Protocol. Após, ela usa diferentes técnicas que neutralizam o carbono, como:

  • reflorestamento: consiste no plantio de árvores;
  • uso de fontes de energia renovável: como eólica, biomassa, hídrica, solar, geotérmica, entre outras;
  • prestação de serviços ambientais: outras formas que a empresa utiliza para reduzir desmatamentos, queimadas etc.
  • CCS: essa é uma tecnologia de captura e armazenamento de carbono direto do ar;
  • intemperismo: consiste em dissolver artificialmente silicatos minerais e espalhá-los para acelerar restauração geoquímica da atmosfera; entre outras.

Crédito de carbono

Empresas que reduzem ou neutralizam emissão de GEE recebem um crédito para cada tonelada de CO2 que não foi liberado. Esse crédito pode ser negociado diretamente com outras empresas ou até mesmo por meio da Bolsa de Valores (B3). Tal negociação é conhecida como Mercado de Carbono, que é regulamentado pelo Decreto n.º 5.882/06 no Brasil.

Por exemplo, se uma empresa não conseguir atingir suas metas de redução, ela compra os créditos de outra que alcançou esse objetivo. Graças a esse Mercado de Carbono, há um grande incentivo para que todas as organizações do Brasil diminuam suas emissões.

Há benefícios de investir nessas empresas?

O primeiro benefício consiste no incentivo às empresas tomarem medidas de desenvolvimento sustentável. Com isso, as gerações futuras (e até mesmo as atuais) terão uma melhor qualidade de vida. Isso ocorre porque o ar será menos poluído, a água estará mais limpa etc.

No entanto, há outra vantagem que beneficia diretamente seus investimentos atuais. A preocupação com o meio ambiente está aumentando cada vez com o transcorrer do tempo. Consequentemente, cada vez mais investidores optarão por empresas com prática ESG — ocorrendo um aumento na procura por elas.

Por isso, seus investimentos atuais poderão ter uma ampla valorização dos ativos ligados às empresas ESG. Portanto, essa é uma estratégia a curto, médio e longo prazo.

A diminuição da emissão de carbono é uma prática que vai melhorar o mundo a longo prazo. Porém, também poderá beneficiar os investidores que aproveitarem do momento e identificarem as empresas ESG. Para isso, é importante ter o suporte de uma boa plataforma de investimentos que facilite a busca por negócios socialmente responsáveis.

Se você saber mais sobre o assunto aproveitar de empresas ESG, então entenda como investir de forma sustentável no nosso conteúdo!