Você já foi ao supermercado e teve a nítida sensação de que seu dinheiro está valendo menos? Ou notou que o preço daquele cafezinho, do almoço ou do combustível subiu de forma expressiva em pouco tempo? A resposta para essa percepção, que afeta diretamente o bolso de todos os brasileiros é: inflação.
A inflação é o nome dado ao aumento generalizado e contínuo dos preços de bens e serviços em um determinado período. O efeito mais direto da inflação é a perda do poder de compra da moeda. Com o passar do tempo, a mesma quantia de dinheiro compra menos coisas.
É importante destacar que a inflação não se refere ao aumento de um único item, mas sim a uma média de vários produtos e serviços que fazem parte do dia a dia da população.
Para medir essa variação de preços de forma precisa, são utilizados os chamados índices de preços. No Brasil, o principal e oficial é o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), calculado mensalmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Pesquisadores do IBGE coletam, todos os meses, os preços de uma vasta "cesta" de produtos e serviços em diversas regiões do país. Essa cesta é desenhada para representar os hábitos de consumo da maioria das famílias brasileiras com renda mensal de 1 a 40 salários mínimos, e inclui nove grupos de despesas:
Alimentação e bebidas
Habitação
Artigos de residência
Vestuário
Transportes
Saúde e cuidados pessoais
Despesas pessoais
Educação
Comunicação
Cada grupo tem um peso diferente no cálculo final, correspondendo à sua importância no orçamento familiar médio.
A inflação não surge do nada. Ela é o resultado de desequilíbrios na economia. Suas causas podem ser divididas em algumas categorias principais:
Para evitar o caos econômico que uma inflação descontrolada pode gerar, o Brasil adota o regime de metas de inflação. Anualmente, o Conselho Monetário Nacional (CMN) define uma meta central para o IPCA, com uma margem de tolerância para cima e para baixo.
O Banco Central (BC) é a autoridade responsável por utilizar seus instrumentos para garantir que a inflação termine o ano dentro dessa faixa de tolerância. A sua principal ferramenta para controlar a inflação é a taxa Selic, a taxa básica de juros da nossa economia.
O impacto da inflação vai muito além dos preços no supermercado. Ela afeta:
Embora o IPCA seja o índice oficial, existem outros que são importantes para analisar a economia e para fins práticos, como reajustes de contratos:
INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor): Similar ao IPCA, mas focado em famílias com renda de 1 a 5 salários mínimos.
IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado): Calculado pela FGV, é famoso por ser usado no reajuste da maioria dos contratos de aluguel.
Felizmente, o mercado financeiro oferece diversas alternativas para que seu patrimônio não perca valor para a inflação. O objetivo é sempre buscar um ganho real, ou seja, uma rentabilidade que supere a taxa de inflação do período.
Renda Fixa Atrelada à Inflação:
Tesouro IPCA+: Título público que paga uma taxa de juros prefixada mais a variação do IPCA. É uma das formas mais seguras e diretas de garantir um ganho real.
CDBs, LCIs, LCAs e Debêntures atrelados ao IPCA: Títulos de crédito privado que funcionam de forma semelhante, oferecendo proteção contra a inflação.
Renda Variável e Ativos Reais:
Ações: Empresas de setores sólidos e com bom poder de repassar a inflação para os preços de seus produtos (como energia, saneamento e grandes varejistas) tendem a se sair bem em períodos inflacionários.
Fundos Imobiliários (FIIs): Investem em imóveis físicos ou títulos do setor. Os aluguéis e o valor dos imóveis costumam ser corrigidos por índices de inflação (IGP-M ou IPCA), oferecendo uma proteção natural.
Manter-se informado sobre a inflação é essencial para a saúde do seu bolso. Ao entender suas dinâmicas, você se torna capaz de tomar decisões financeiras mais inteligentes, ajustar seu orçamento e, principalmente, escolher os investimentos certos para proteger e fazer seu dinheiro crescer de verdade.
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