Não há dúvidas de que o dólar é uma das moedas mais fortes do planeta, uma vez que a economia dos Estados Unidos tem influência sobre a volatilidade do mercado financeiro. Uma prova disso é como a variação do dólar impacta os hábitos de consumo dos brasileiros hoje.
Pensando nisso, este artigo explica o que é e por que ocorre a variação cambial, e indicando qual é a diferença entre a variação cambial ativa e passiva. Além disso, o conteúdo mostra o que define a cotação do dólar no Brasil, quais são os impactos da variação da moeda norte-americana para a nossa economia e quais cuidados adotar para não colocar os investimentos em risco com a alta do dólar.
Continue a leitura e aprenda mais sobre o assunto!
Índice
Antes de tudo, é preciso entender o que é a variação cambial. Trata-se da alteração — sofrida por direito de crédito ou por obrigações contratadas em uma moeda estrangeira — nas taxas de câmbio em um determinado período. Sendo assim, a variação cambial pode oscilar para mais ou para menos, a depender das condições do mercado externo e interno no dia.
A variação cambial ocorre quando há muito dinheiro em circulação no mercado financeiro internacional, de modo que os investimentos se comprometem a investir o capital, mas, geralmente, faltam oportunidades seguras para viabilizar essa operação.
Explicando de outro modo, a variação do câmbio segue a regra de oferta e demanda na relação, em casos de alta oscilação no valor das moedas estrangeiras, com muita oferta de dinheiro e pouca demanda de investimentos.
No entanto, para entender a variação cambial, é preciso considerar vários fatores econômicos, além da regra de oferta e demanda, ou seja:
Você sabia que a variação cambial utilizada nos direitos de crédito e nas obrigações contratuais das moedas estrangeiras são classificadas em ativas ou passivas?
Veja o que distingue cada uma dessas categorias:
De maneira geral, a cotação do dólar no Brasil é definida pela circulação, maior ou menor, da moeda norte americana no país.
Dito isto, é possível entender por que o preço do dólar tende a diminuir consideravelmente quando há uma grande oferta da moeda no mercado. Por outro lado, o valor do dólar tende a aumentar nas casas de câmbio quando há menor circulação dessas divisas no território nacional.
São muitos os impactos da variação do dólar na economia brasileira. Para você ter ideia, quando o número de exportações é maior que o de importações, os produtores do Brasil faturam com o envio de mercadoria para fora. Com muita moeda no mercado interno, o preço do dólar tende a cair nas casas de câmbio nacional.
Mas, em momentos de crise, quando as importações atingem um patamar recorde, o país compra mais itens do exterior, deixando o mercado interno com menos dólares. Nesse cenário, o preço da moeda tende a subir, deixando o real desvalorizado.
Igualmente, quando o dólar está com um valor alto, o preço dos produtos importados dispara. Como boa parte da matéria-prima é importada, os fornecedores costumam repassar o aumento da variação cambial para o consumidor, que sente a diminuição do poder de compra devido ao alto custo de produção das mercadorias.
Até aqui, você viu o que é e como a variação do dólar afeta a economia nacional. Mas a dúvida que fica é sobre o impacto da moeda norte-americana nos seus investimentos, certo?
Veja o que acontece com os fundos multimercados, a renda fixa e as ações!
A lista começa com a renda fixa porque esse tipo de investimento tende a sofrer mais com a variação do dólar. Isso ocorre porque, em um cenário de dólar mais alto e desvalorização da moeda nacional, o Governo aumenta as taxas de juros para conter a inflação, o que impacta negativamente o preço dos títulos.
Os fundos multimercados são procurados pelos investidores que querem se proteger da instabilidade do mercado financeiro, incluindo a variação do dólar.
O motivo é que esse tipo de investimento reúne grande variedade de títulos públicos, ações, moedas e commodities, oferecendo maior rendimento do que a renda fixa e menor impacto da oscilação do cenário econômico.
A variação do dólar também impacta diretamente o trabalho de quem negocia ações no mercado financeiro, mas nem sempre as consequências são negativas.
Quando o dólar desvaloriza diante da recuperação da economia brasileira, por exemplo, a tendência é de que os papéis das empresas nacionais tenham um bom desempenho.
Além disso, enquanto as companhias exportadoras sofrem com a variação negativa do dólar, as empresas importadoras costumam se beneficiar com a queda no valor da moeda no Brasil, valorizando-se no mercado de ações.
A volatilidade do mercado, fator decisivo para a variação do dólar, costuma deixar os investidores cautelosos, principalmente em momentos de crise, quando as previsões de crescimento econômico são raras. Mas é possível tomar alguns cuidados para não perder dinheiro com a alta da moeda norte-americana frente à desvalorização do real.
O câmbio futuro, definindo acordos de compra ou venda em uma determinada moeda a prazo futuro, é uma opção interessante para o investidor. Nessa modalidade, é possível fechar um contrato de câmbio futuro ainda que não haja caixa, eliminando a necessidade de desembolso durante a contratação do serviço.
Igualmente, a trava de exportação permite que o exportador fixe uma taxa de câmbio ao definir o contrato de câmbio de exportação. A operação, que pode ocorrer antes ou depois do embarque das mercadorias, não caracteriza um financiamento e prevê recebimento dos recursos antecipados, independentemente da variação do dólar.
Neste conteúdo, você entendeu como a variação do dólar impacta a nossa economia, principalmente quando aumentam as importações e os brasileiros abastecem o mercado externo com a moeda norte-americana, deixando a economia interna com menor circulação de dólar. Então, para não sofrer com imprevistos, é importante diversificar a carteira de investimentos, contando com a ajuda de uma assessoria financeira.
Se este texto foi útil para você, continue se informando sobre o mercado financeiro: entenda as funções e as características do dólar e do euro!