Você começou a investir recentemente, mas não tem tido resultados consistentes? Gostaria de entender como ler o seu desempenho do jeito certo para poder melhorá-lo? Então, precisa aprender o que é benchmark e como usá-lo. Afinal, ele é crucial para avaliar, comparar e ter maior clareza sobre quais ativos e rendimentos realmente podem valer a pena para você como investidor.
Benchmarks são usados frequentemente no mercado financeiro, seja na Renda Fixa, seja na Renda Variável. De certa forma, eles são responsáveis por aumentar o desempenho de fundos ou estratégias. Afinal, ter um instrumento de navegação facilita a encontrar o caminho.
Ainda está confuso? Tudo bem, isso é normal. Siga a leitura do artigo para entender o que é benchmark e como isso pode ajudar nos seus investimentos!
Índice
Um benchmark é um padrão de referência. Ele serve, portanto, para oferecer contexto para que alguma análise seja feita da melhor maneira possível. Afinal, em alguns casos, só dá para avaliar um certo resultado comparando-o com outros. Infelizmente, a mentalidade e comportamento afoito de muitos investidores faz com que subestimem a importância desses detalhes. Assim, muitos agem por impulso e deixam de ter o devido ganho com cada tipo de ativo que investem.
Por exemplo, suponha que uma determinada estratégia de investimentos no mercado de ações rendeu 15%. Isso é bom ou ruim? Foi uma estratégia positiva ou negativa? Você pode escolher qualquer resposta, mas a verdade é que não sabemos. Afinal, não temos um parâmetro de comparação.
Se esses 15% foram obtidos em todo 2019, quando o Ibovespa rendeu 31,58%, então, os resultados poderiam ser melhores. Afinal, a medida de referência da Bolsa rendeu o dobro. No entanto, se os mesmos 15% fossem obtidos em março de 2020, quando o Ibovespa caiu 30%, então, os resultados foram ótimos.
Como é possível perceber, a análise sobre o desempenho dessa estratégia só pôde ser feita quando comparada com um benchmark. Essa ferramenta pode, portanto, ajudar o investidor a obter resultados melhores. Afinal, se ele tem a capacidade de comparar com elementos do mercado, pode realizar alterações para adequar seu desempenho.
Saber o que é um benchmark é só o começo para um investidor. É necessário também entender como ele é usado no mercado financeiro. Afinal, uma ferramenta é tão eficaz quanto quem a utiliza. Sem se cercar das informações corretas, você ficar apenas tentando diversas chances sem saber qual oportunidade realmente trará os resultados que tanto almeja.
A principal utilização de benchmarks no mercado é para avaliar o desempenho de uma ação, uma Renda Fixa ou estratégia. Dessa forma, o investidor tem mais contexto para decidir qual ativo comprar, em qual Fundo investir e como aplicar seu dinheiro.
Tanto é assim que Fundos de Investimento sempre determinam um benchmark para guiar sua estratégia. Portanto, quando um investidor lê a lâmina do Fundo, poderá constatar qual é a meta que o gestor tenta bater. Aliás, muitos Fundos têm uma taxa de performance que remunera o gestor caso ele ultrapasse o benchmark estabelecido.
Outra utilização do benchmark é explicar melhor ao investidor a relação risco e recompensa de uma estratégia ou ativo. Isso acontece porque é possível comparar essa estratégia com a “média do mercado”, de certa forma.
Por exemplo, a taxa Selic é a taxa básica de juros da economia nacional. Portanto, ela é o mínimo que uma aplicação de Renda Fixa pode gerar anualmente. Isso significa que ela é o rendimento mais próximo do risco 0. É claro que não existe investimento sem risco, mas o Tesouro Selic é bancado pelo Tesouro Nacional. Portanto, é a aplicação mais próxima disso.
Assim, a taxa Selic é um benchmark ótimo para medir a relação risco e recompensa de ativos ou estratégias. Afinal, um ativo precisa superar a Selic para se tornar atraente, já que ele é naturalmente mais arriscado.
Neste artigo, já demos exemplos com alguns famosos benchmarks do mercado financeiro. No entanto, vale a pena lembrar que existem muito mais que os já citados.
O Ibovespa, por exemplo, é um benchmark muito conhecido. Afinal, ele é divulgado diariamente nos principais telejornais brasileiros, devido à sua importância. De certa forma, ele funciona como uma temperatura do mercado financeiro.
A Taxa Selic e o CDI, que a acompanha, são dois benchmarks muito usados também. Afinal, eles costumam indicar a base de comparação do mercado, como já explicado.
Outro benchmark muito popular é a Inflação. Isso porque ela indica a desvalorização da moeda durante um determinado período. Dessa forma, um investimento que não vence a inflação é, essencialmente, uma aplicação com perda de valor real. É por isso que a Poupança é descrita tão negativamente por quem trabalha no mercado financeiro. Afinal, ela frequentemente perde para o IPCA.
Ainda podemos citar:
Agora que você já sabe o que é benchmark e quais os mais usados, é hora de aprender que nem toda medida de referência é adequada para ser usada a qualquer momento. Afinal, você não avalia um peixe pela sua capacidade de subir em árvores, certo?
Para os investimentos de Renda Fixa, que têm características específicas, o ideal é usar benchmarks que reflitam isso. Já para as aplicações de Renda Variável, o padrão de referência é outro. Veja a seguir os principais benchmarks para cada tipo de aplicação!
Investimentos de Renda Fixa, como o Tesouro Direto, CDBs, LCIs e LCAs, usam benchmarks de indexadores econômicos. Os mais populares, portanto, são o CDI e o IPCA.
O CDI é o mais usado. Ele reflete a taxa básica de juros da economia e o seu rendimento “padrão”. Assim, qualquer investimento de Renda Fixa que não vença o CDI é considerado ruim. Isso vale também para Fundos de Investimento majoritariamente formados por ativos de Renda Fixa.
O IPCA também é muito usado, porque ajuda a determinar se a inflação corroeu o poder de compra daquele investimento. Não é à toa, portanto, que todas as aplicações pós-fixadas são remuneradas com base no CDI ou no IPCA.
Em relação à Renda Variável, o benchmark mais usado no Brasil é o Ibovespa. Afinal, ele reproduz uma carteira teórica com as principais ações da Bolsa nacional. Dessa forma, o índice é visto como uma “temperatura” do mercado. Se uma estratégia ou fundo vence o Ibovespa, significa que “venceu” o mercado.
No entanto, existem índices específicos para certas estratégias. O já mencionado Índice de Sustentabilidade Empresarial acompanha um determinado recorte do mercado. Por exemplo, se o objetivo de uma carteira for investir só em empresas sustentáveis, o ISE é o benchmark mais indicado.
Você certamente conhece o conceito de pulverização de investimentos, correto? Pois bem, ele é crucial na hora de interpretar um benchmark, já que você nunca deve colocar todos os seus recursos em um único índice ou considerar apenas uma possibilidade de rendimento como forma prosperar nesse meio. O mercado financeiro é complexo e estar sempre bem-informado é parte crucial desse processo.
Portanto um aspecto fundamental da análise de benchmark é considerar cada parte da carteira e de que forma ela está alinhada aos diferentes rendimentos. Isso permite que você tenha mais controle, se arrisque menos com ativos que não entende muito bem como funcionam e que não sabe exatamente como agir para extrair o melhor de cada oportunidade.
Afinal, ao pulverizar seus ativos, você deve tomar cuidado para não alocar os recursos em investimentos os quais têm pouca familiaridade. Isso o protege de rendimentos menos adequados à sua realidade.
Um exemplo dessa falta de controle é o que chamamos de efeito manada no mercado financeiro. Ele ocorre quando investidores ávidos por ganhos fáceis, mas sem domínio do assunto, correm para comprar ativos desvalorizados. Ironicamente, isso faz com que esses ativos decaiam no mercado e um grande número de pessoas desperdicem recursos nesse movimento.
Outra questão relativa à uma análise certeira de mercado e que necessita atenção é o efeito disposição. Ele ocorre também por desinformação e despreparo, já que o medo de perder faz com que muitos investidores não prosperem.
Imagine, por exemplo, que quando um ativo que começa a se valorizar, ele é vendido de forma precipitada ou, do outro lado, quando um ativo que se desvaloriza é mantido na esperança que volte se valorizar, os investidores agem por medo e deixam de obter os devidos ganhos com isso.
O correto seria justamente abrir mão de ativos desvalorizados e aguardar o momento mais propício para vender aqueles que estão se valorizando. Porém, por falta de análise e entendimento sobre investimentos, diversas pessoas erram da mesma forma.
Mais uma vez, se informar, realizar comparações e se manter antenado ao que ocorre no mercado financeiro continua sendo a chave para não correr risco desnecessários e, de fato, prosperar nesse meio.
A esta altura, já está claro como você pode se situar melhor diante das oportunidades e fazer uso do benchmark para escolhas certas. Com os direcionamentos dados neste post, você está mais apto a utilizar os recursos que trouxemos para ter uma experiência mais frutífera como investidor.
Agora que você já sabe o que é benchmark e aprendeu quais são os mais importantes, pode usar essa técnica para incrementar sua estratégia. Lembre-se, no entanto, de sempre escolher a referência que mais faça sentido e ajustar sua carteira com base nos resultados obtidos.
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