Muitas pessoas têm esta mesma dúvida: o que são Fundos de Investimento? É verdade que esse tipo de aplicação é uma excelente alternativa para quem busca sair da poupança e ter mais lucro ou variar a sua carteira de ativos, a depender dos diferentes perfis e objetivos do investidor. Mas, antes de apostar em uma negociação, você deve entender o que são e para quem são indicados os Fundos.
Pensando nisso, este conteúdo explica como funcionam e por que contar com a ajuda de profissionais para gerir os seus Fundos de Investimento. Além disso, o artigo mostra quais são os Fundos de Investimento mais comuns, por que esse tipo de operação é seguro, quanto é a taxa de administração, como declarar o Imposto de Renda sobre os rendimentos, entre outras questões. Continue a leitura e saiba mais sobre o que são Fundos de Investimento!
Índice
Os Fundos de Investimento são como um condomínio, reunindo recursos financeiros de vários investidores. Ou seja, quando você aplica o seu dinheiro, você compra, necessariamente, uma cota desse conjunto de investidores e o investimento passa a ser administrado por um profissional especializado: o gestor. Ele é especialista em criar estratégias e tomar as melhores decisões para o Fundo.
Os Fundos de Investimento funcionam como uma comunhão de recursos, captados por Pessoas Físicas e Jurídicas, com a finalidade de obter ganhos com a aplicação em títulos e ações mobiliários. Esse tipo de investimento funciona desse modo porque o trader de um Fundo compra uma co
ta de participação atrelada a um grupo de investidores, confiando a gestão do seu dinheiro a um profissional responsável pela compra e pela venda dos ativos.
Os gestores cobram uma taxa de administração dos Fundos em que fazem gestão. Em alguns casos, principalmente nos Fundos mais agressivos, os gestores podem cobrar uma segunda taxa: a taxa de performance.
A taxa de performance é cobrada apenas caso os rendimentos obtidos pelo Fundo superem um determinado rendimento previamente combinado, chamado de benchmark. O benchmark costuma ser o CDI ou o Índice Bovespa, mas outros indicadores podem ser utilizados.
É importante destacar, ainda, que essas taxas são definidas para cada Fundo de Investimento, não diferenciando os pequenos investidores dos grandes.
Entre as várias vantagens de aplicar em um Fundo, está a possibilidade de ter acesso a mercados diversificados com pouco dinheiro e tempo reduzido. Além disso, você tem a praticidade de não precisar gerenciar os seus investimentos, já que eles estarão nas mãos de profissionais especializados.
Outro aspecto positivo é que, por meio dos Fundos de Investimento, o investidor pode acessar produtos que normalmente não estão disponíveis aos investidores comuns. Isso pode acontecer tanto em razão do alto volume do lote padrão de investimento quanto em razão das condições de taxas oferecidas no mercado institucional.
Muitas pessoas se questionam sobre a quantidade de dinheiro que precisam ter disponível para investir em Fundos. Para facilitar essa tarefa, basta compreender que é possível aplicar a partir de R$ 100 em um Fundo, sendo a rentabilidade um dos atrativos dessa operação. Dependendo do tipo de Fundo, você poderá ter ganhos superiores ao Certificado de Depósito Interbancário (CDI), por exemplo.
Neste momento, você já sabe o que são e como funcionam os Fundos de Investimento. Mas a dúvida que fica diz respeito aos mais populares no Brasil, certo? Para esclarecermos a questão, listamos os principais, desde os de Renda Fixa até os Multimercados, passando pelos Cambiais, de Ações e de Investimentos Imobiliários. Confira!
Os Fundos de Renda Fixa costumam ser os menos arriscados do mercado, embora existam entre eles Fundos com diversos graus de risco. Nesses casos, um mínimo de 80% do investimento deve ser aplicado em ativos de renda fixa, sejam eles prefixados, sejam eles pós-fixados. O restante pode ser aplicado em outros tipos de investimentos.
A categoria é a que traz mais liberdade de investimento para os gestores, pois é a única que não determina uma concentração em alguns ativos. Além de Renda Fixa, os recursos podem ser investidos em:
Em todo caso, é importante diversificar os seus investimentos e, nesse sentido, os Fundos Multimercado representam uma boa escolha para o investidor.
São aqueles que investem os recursos em ativos corrigidos por moedas fortes, normalmente Dólares Americanos ou Euros. São recomendados para investidores que tenham a intenção de preservar o seu investimento em moeda estrangeira.
Os Fundos Cambiais têm por regulamento a obrigação de manter, no mínimo, 80% do que foi investido em ativos relacionados às moedas internacionais.
Já os Fundos de Ações investem pelo menos 67% no mercado de ações. Ou seja, em uma carteira de investimentos em empresas de capital aberto.
Então, são excelentes escolhas para investidores que queiram ter parte do seu investimento aplicada na economia real. O mesmo vale para aqueles que visam a ganhos mais expressivos, normalmente com uma perspectiva de longo prazo. Leia mais aqui.
Os Fundos de Investimentos Imobiliários são uma modalidade de investimento em ativos do mercado imobiliário. Nesse caso, trata-se de:
Essa categoria é uma excelente alternativa para investidores que gostam de ter uma parte dos seus ativos alocada no mercado imobiliário, sem que tenham a necessidade de fazer o investimento inteiro na aquisição de um imóvel. Por meio desse produto, o investidor adquire o equivalente a uma fração de um conjunto de imóveis que faz parte da carteira do Fundo.
Diferentemente das outras categorias, os Fundos de Investimentos Imobiliários costumam distribuir a renda (dividendos) regularmente. Por isso, essa é uma ótima escolha para aqueles investidores que desejam contar com um complemento de renda. Muitas vezes, inclusive, eles são usados como alternativa complementar à aposentadoria.
Uma série de incentivos fiscais é aplicada a essa modalidade. O maior deles é a isenção tributária na distribuição das rendas auferidas nos investimentos do Fundo.
Respondendo à questão, os Fundos Abertos se definem pela possibilidade de os cotistas solicitarem o resgate das cotas a qualquer tempo, conforme a volatilidade do mercado e o seu perfil de investidor, por exemplo. Já os Fundos Fechados permitem que as cotas sejam resgatadas apenas ao final do prazo de duração de cada aplicação.
Desse modo, não estão permitidas entradas e saídas de cotistas. Além disso, após o período de captação de recursos pelos Fundos, não são admitidos novos cotistas ou novas movimentações.
Todos os Fundos de Investimento são registrados e aprovados pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e regulados pela Anbima (Associação Brasileira das Entidades de Mercado Financeiro e de Capitas). Os investimentos nos Fundos ficam registrados na B3, portanto, os investidores não correm nenhum risco de crédito por parte dos distribuidores dos Fundos.
É importantíssimo, contudo, que o investidor se informe sobre o Fundo em que deseja investir os seus recursos, pois cada um tem a sua própria política de investimentos que afeta a sua volatilidade e a sua rentabilidade potencial. As diversas categorias de Fundos também refletem em maiores ou menores probabilidades de diminuição dos valores das cotas.
Além disso, embora alguns gestores mostrem uma excelente performance passada nos Fundos que administram, nada garante que esse sucesso será replicado no futuro. Nesse sentido, é extremamente relevante estar consciente de que o desempenho passado não é garantia de que a performance futura continuará apresentando o mesmo padrão de resultados.
Além da taxa de administração, o investidor paga IR (Imposto de Renda) em cima da rentabilidade quando resgata a sua aplicação dos Fundos de Investimento. Sendo assim, o valor segue a tabela regressiva de Imposto de Renda, que varia de 22,5% a 15%, com exceção do Fundo de Ações, que é de 15%.
A regulação determina que os Fundos de Investimento Abertos sejam tributados diretamente na fonte. Isso implica a realização do recolhimento no momento da operação. No entanto, os rendimentos devem ser especificados pelo investidor na ficha “Rendimentos Sujeitos à Tributação Exclusiva/Definitiva”, sendo utilizado o código 06, referente aos Rendimentos de Aplicações Financeiras.
As aplicações em Fundos de Investimento têm parte do Imposto de Renda recolhido pelo come-cotas. De forma simples, pode-se dizer que ele “come” um pedaço do seu investimento antes de você realizar o resgate.
Isso acontece porque muitos investidores utilizam os Fundos para estratégias de longo prazo e, para não ter de esperar muito tempo até a cobrança desse tributo, a Receita Federal arrecada o imposto antecipadamente. O come-cotas é recolhido no último dia útil dos meses de maio e novembro.
A alíquota dependerá do tipo de Fundo em que você aplicou. Se for de curto prazo (até um ano), será de 20%. Se for de longo prazo (acima de um ano), de 15%. No Fundo de Ações, não há come-cotas.
Além disso, os Fundos de Investimento podem cobrar a taxa de administração, que serve para custear o serviço de gestão e de operação, e a taxa de performance, que, como dito, é uma espécie de prêmio ao gestor do Fundo quando a sua rentabilidade supera um benchmark.
Inicialmente, é essencial procurar Fundos de Investimento que tenham o perfil de risco alinhado ao seu. Nesse sentido, não é aconselhável a aplicação em Fundos voláteis para aqueles que não têm tranquilidade em aceitar alguma retração em seus investimentos.
Outro cuidado fundamental é analisar o prazo pelo qual você pretende manter os seus investimentos aplicados. Fundos mais voláteis são recomendados para investimentos de longo prazo.
Nesse mesmo contexto, é importante escolher cuidadosamente o gestor. É provável que essa represente a principal escolha que o investidor deve fazer. Afinal, o gestor será o responsável pelas decisões de investimento dos seus recursos.
É claro que nenhum deles está livre de tomar algumas medidas ruins, mas os bons gestores costumam acertar em proporções muito maiores, gerando bons retornos no longo prazo.
Por fim, é preciso diversificar os seus investimentos. O principal motivo para tanto é que uma carteira diversificada de ativos ajuda o trader a manter uma média de retornos estável, principalmente se os Fundos tiverem baixa correlação entre eles.
Neste texto, você entendeu o que são Fundos de Investimento, uma operação que reúne recursos financeiros de uma série de investidores e que deve ser gerida por um profissional. Em todo caso, é importante buscar Fundos compatíveis com o seu perfil de risco e redobrar a atenção na escolha do gestor para ter rendimentos acima da média.
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