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Subscrição de Ações: quais são as vantagens de fazer essa operação?

Por: Time Ativa
24/03/2021
5 min

Subscrição de Ações: quais são as vantagens de fazer essa operação?

Você tem participação em alguma empresa de capital aberto? Então com certeza é de seu interesse entender melhor como funciona a subscrição de ações. Esse mecanismo é comumente utilizado por quem participa do mercado de ações, além de ser um recurso importante para quem deseja conquistar sucesso em suas finanças.

Para que você expanda seus conhecimentos sobre o funcionamento da negociação de ações, trouxemos este artigo que explica o que exatamente significa essa subscrição, quais são as suas vantagens, quando ela é vantajosa e como fazê-la na prática. Acompanhe!

O que é subscrição de ações?

Basicamente, consiste em dar preferência de compras de novas ações para os acionistas originais da empresa. Ela surge quando uma empresa expande seu capital social e emite novos papéis — faz uma oferta subsequente ou Follow On. Seu objetivo é conceder aos acionistas atuais a oportunidade de manter o mesmo nível de participação no negócio. Eles poderão garantir seus ganhos e poder de decisão dentro da organização. Imagine que uma empresa fez sua primeira abertura na Bolsa de Valores (B3) e emitiu 20 mil ações.

Nesse exemplo, você teria adquirido 2 mil em papéis, o que fornece a participação de 10% na empresa. Depois de um tempo, o negócio resolveu emitir mais 10 mil ativos. Antes de serem comercializados na B3, você terá direito de adquirir parte deles para manter sua participação de 10%. Ressalta-se que o acionista não é obrigado a comprar os novos papéis, ele apenas terá a preferência e a oportunidade de fazê-lo. Se ele não quiser adquirir essas ações, então poderá vender o seu direito de compra com outras pessoas.

O que é subscrição de fundos imobiliários?

É interessante ressaltar que o direito de subscrição também pode ocorrer em Fundos Imobiliários (FIIs) de maneira muito semelhante à subscrição de ações. No caso dos fundos imobiliários o objetivo é outro, e geralmente se traduz em buscar o aumento do seu patrimônio. Essa manobra faz muito sentido no caso dos FIIs, pois por lei tais ativos devem distribuir aos cotistas 95% dos seus lucros ou resultados. Assim, há pouco capital disponível mensalmente para que o fundo possa realizar novos aportes.

Para solucionar esse problema e garantir que o fundo se mantenha em crescimento, os gestores à frente dos FIIs podem optar pela subscrição, ou seja, pela emissão de novas cotas. Ao comunicar a sua decisão aos demais cotistas do fundo, os gestores e sua equipe devem enviar explicações ao mercado informando qual o motivo da captação, como por exemplo, a ampliação na participação em um shopping center ou a aquisição de um galpão logístico. Portanto, os cotistas do FII também usufruem dos direitos de subscrição pois garantem prioridade para aquisição de novas cotas a preços muito vantajosos.

Quais são suas vantagens?

Usufruir do seu direito de preferência (DP) na subscrição de ações pode trazer diversas vantagens para o acionista. Entenda as principais a seguir.

1. Evita diluição na participação acionária

Se você não fizer a subscrição, outros investidores compraram os ativos. Você não perderá ações que já possui, mas elas representarão uma parte menor em relação ao capital social. Consequentemente, os seus ganhos com dividendos reduzirão, pois os lucros são distribuídos conforme a participação de cada um.

Além disso, dependendo do tipo e da quantidade de ações, os novos acionistas poderão se tornar majoritários e tomar decisões prejudiciais à empresa. Assim, participar da subscrição pode representar o caminho mais acertado para manter a proporcionalidade do seu posicionamento na empresa e também conseguir manter os mesmos resultados auferidos até então.

2. Aquisição de ações com preços diferenciados

Ao aportar o seu capital em ações, os investidores geralmente procuram por dois tipos básicos de retorno. São eles, o ganho de capital proveniente do aumento do valor da ação ao longo do tempo e também o ganho com os dividendos (participação na distribuição dos lucros auferidos pelo negócio) pagos pelas empresas. Sendo assim, ao participar da subscrição de ações o investidor pode obter lucros seguindo ambas as estratégias.

Como as subscrições podem ser oferecidas por um preço abaixo do mercado, esse desconto acaba estimulando os acionistas a adquirirem os novos papéis. Portanto, a “isca” utilizada aqui é criar uma oportunidade de compra mais vantajosa, o que acaba gerando interesse nos investidores que se sentem atraídos pelo potencial de valorização do ativo no longo prazo. Saiba mais sobre a influência das subscrições para o pagamento de dividendos no tópico a seguir.

3. Aumento dos retornos

Como vimos, nenhuma subscrição é feita à revelia. O objetivo do lançamento de mais ações ao mercado tem a finalidade de ampliar a arrecadação de recursos com o objetivo de financiar as estratégias da empresa, sem incorrer nos altos custos de empréstimos e financiamentos junto às instituições bancárias.

Assim, uma organização que expande seu capital social consegue acessar mais recursos que serão utilizados para bancar o desenvolvimento de produtos, a execução de novos projetos, ampliar a produção, adquirir mais equipamentos, contratar mais colaboradores, abrir novas unidades, enfim, crescer e ampliar os seus lucros.

Quando você participa desse tipo de operação como investidor e decide por manter a sua participação na empresa, você acaba garantindo também a possibilidade de “surfar” em um bom momento do negócio que se encontra em franca expansão. Dessa forma, você pode tirar proveito do crescimento da empresa e ainda receber mais dividendos/proventos e melhorar sua qualidade de vida.

Quando vale a pena fazer?

Essa resposta dependerá de cada caso específico, pois nem sempre a subscrição é o caminho para alcançar seus objetivos. Ela será interessante, por exemplo, se o acionista tem interesse de manter seu poder de decisão na empresa. A subscrição também será vantajosa quando o acionista perceber que a empresa fará uso inteligente dos recursos extras que receberá.

Isso indica que os lucros aumentarão de forma geral, potencializando seus ganhos. Por outro lado, esse recurso já não é tão eficaz na parte de diversificar a sua carteira, já que ele estará aumentando sua participação em uma mesma empresa. Saiba que não é sempre que o acionista poderá aproveitar da subscrição. O art. 172 da Lei das Sociedades Anônimas (S.A.) permite que esse direito seja excluído. Essa possibilidade deve estar prevista no estatuto social e devem ocorrer as seguintes situações excepcionais:

  • emissão de papéis para venda na B3 ou subscrição pública;
  • permuta de ações em ofertas públicas, de participação de outras organizações;
  • aumento do capital para investir em projetos de incentivos fiscais.

Os investidores ainda não terão direito se houver conversão de títulos (como Debêntures) em ações. Outra situação acontece quando é oferecida a opção de compra de ações para pessoas que prestam serviços à empresa.

Como realizar a subscrição de ações?

Assim que a empresa coloca novas ações à venda para subscrição, a corretora notifica os acionistas, informando-os sobre o evento. Ela pode, por exemplo, enviar um e-mail com a data limite para exercício do direito, preço e outros dados. As informações também estão disponíveis no site na B3 na seção de eventos corporativos. Nessa página será possível saber:

  • data que a empresa decidiu emitir novos papéis;
  • prazo para subscrever as Ações;
  • percentual dos ativos que você tem direito de subscrever;
  • valor para compra das novas Ações;
  • data limite para negociar o direito de preferência com terceiros.

O prazo limite para fazer a subscrição será fixado na assembleia que decidiu pelo aumento do capital. Ele também pode estar previsto no Estatuto Social. Porém, a Lei das S.A. impõe que o prazo não pode ser inferior a 30 dias. Para exercer o direito, na prática, o acionista deve entrar em contato com sua corretora e expressar a vontade de subscrever. Também será necessário ter em mão o capital necessário para fazê-lo.

Depois de fazer a compra das novas ações, será acrescentado um recibo de subscrição na carteira de investimentos. Tais recibos podem ser encontrados no Home Broker. Eles terão final 9 para ações ordinárias e 10 para preferenciais. Uma pessoa pode adquirir ainda mais ativos da mesma empresa. Nesse caso, ela pode comprar direitos de subscrição de outros acionistas.

Outro ponto que merece destaque é que a organização também pode negociar “sobras de subscrição”. Tais sobras são, nada mais nada menos, do que aquelas ações que não foram exercidas ou vendidas a terceiros dentro do prazo estipulado. Saiba que é possível adquirir ações originais antes que sejam emitidos novos papéis. Também há prazo limite para isso, mas o investidor receberá o direito de subscrição.

Até aqui podemos observar como a subscrição de ações pode ser uma grande oportunidade para garantir os ganhos dos investimentos ou até mesmo aumentá-los, graças ao potencial de valorização dos papéis e o pagamento de dividendos proporcional ao capital investido. Entretanto, é preciso frisar que o acionista precisa do serviço de uma corretora experiente no mercado, competente e que a possua expertise em oferecer todo suporte necessário para seus clientes interessados nesse tipo de operação.

Gostou do artigo? Achou interessante essa temática sobre a subscrição de ações? Já participou de alguma operação desse tipo ou gostaria de participar? Então, compartilhe conosco a sua experiência ou as suas dúvidas sobre o tema, e assim nos ajude a enriquecer ainda mais essa discussão. Deixe o seu comentário logo abaixo.

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