Carteira conservadora e defensiva: como montar a sua?

A diversificação é um processo muito importante para proteger o patrimônio de um investidor, principalmente se considerarmos a alta volatilidade do mercado financeiro. O perfil de investidor é um importante elemento que determina o caminho que cada um seguirá na hora de fazer suas aplicações. Nesse sentido, ter uma carteira conservadora e defensiva é um ótimo recurso para aqueles que têm baixo apetite ao risco.

Ainda que esses dois tipos de perfil tenham similaridades entre si, eles também contam com características únicas. Por isso, ter uma carteira conservadora e defensiva pode ser uma ótima maneira de diversificar suas aplicações e trazer uma rentabilidade maior para o seu futuro.

Continue acompanhando e entenda melhor sobre o que se trata uma carteira conservadora e defensiva e conheça os principais tipos de investimento para cada perfil!

O que é uma carteira conservadora e defensiva?

Começando pelo perfil conservador, trata-se de um tipo de investidor que tem menor tolerância ao risco. Isso significa que ele evita expor seu capital às aplicações mais voláteis, cujo valor futuro da rentabilidade pode ser menor do que ele aplicou no presente. Portanto, esse perfil prioriza as aplicações em produtos financeiros que permitem a previsibilidade sobre seu potencial rendimento de antemão.

Isso significa que uma carteira conservadora é aquela propriamente composta por produtos de renda fixa. Ainda assim, um investidor com perfil conservador pode optar por uma ou outra aplicação de risco para compor sua carteira. Porém, normalmente esse processo é feito com mais cautela e menor exposição ao risco. 

Para entender melhor o perfil conservador, podemos analisar os produtos financeiros e o nível de risco de cada um. Um investidor desse tipo de perfil tem uma disposição menor ao risco que outros, mas isso não significa que ele se limita aos produtos disponíveis. Em seguida, temos o investidor defensivo.

Ele também está relacionado com o perfil de investidor, porém, menos dependente disso se compararmos com o tipo conservador. Em uma carteira defensiva, podemos encontrar produtos financeiros de menor volatilidade, independentemente se são de renda fixa ou variável.

Isso significa que é possível ter uma carteira sem nenhum produto de renda fixa e ainda ser defensivo. Acontece que as pessoas que contam com maior patrimônio costumam adotar uma postura mais defensiva para assegurar sua rentabilidade e minimizar os riscos. Porém, essa estratégia também é aplicável a todos os investidores.

Com isso, temos uma grande diferença entre um investidor de perfil conservador e um defensivo. O tipo defensivo não procura o caminho com menor ou maior risco em suas aplicações, mas sim garantir que seu patrimônio tenha a oportunidade de trazer lucros em produtos menos voláteis e que apresentam uma curva de crescimento mais clara.

Quais são os principais tipos de investimento para cada perfil?

Separamos uma lista com os principais tipos de investimento que se encaixam em cada perfil para você entender melhor como eles se diferenciam. Confira!

Conservador

Tesouro Selic

O Tesouro Selic é um dos investimentos preferidos para investidores de perfil conservador. Ele é um título público emitido pelo Tesouro Nacional, servindo como um meio de captação de recursos para o Governo Federal. Essa alternativa de aplicação é um título pós-fixado, onde se acompanha o desempenho da Selic e conta com liquidez diária para que os investidores possam resgatar seus recursos antes mesmo do vencimento.

Os títulos públicos são os mais seguros do mercado financeiro, apresentando baixo risco de crédito. O Tesouro Selic é considerado o mais conservador entre todas as opções de Tesouro Direto.

Tesouro IPCA

O Tesouro IPCA é outro título público que apresenta rendimento híbrido formado por uma taxa fixa somado à variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo. Ele serve como uma medida oficial de inflação no país e é um tipo de investimento utilizado para proteger o patrimônio do avanço de preços.

CDB

As opções de renda fixa também contam com investimentos privados, entre eles, temos o CDB (Certificado de Depósito Bancário). Esse ativo é emitido por instituições financeiras que têm como objetivo a captação de dinheiro para suas atividades.

O CDB pode ter sua rentabilidade dividida em três modalidades: prefixado, pós-fixado e híbrido. Essa opção não tem o risco soberano dos títulos públicos, porém, é protegida pelo FGC e, por isso, é de grande interesse de quem tem perfil conservador.

Defensivo

Como mostramos, o investidor com carteira defensiva prioriza ativos que assegurem um rendimento adequado sem comprometer o seu patrimônio. Para isso, os títulos públicos são uma das alternativas mais eficientes quando se trata de segurança e rentabilidade. Os títulos pós-fixados trazem ao investidor mais controle sobre suas aplicações, permitindo que saiam do papel antes do vencimento. 

Além disso, os fundos DI e CDBs pós-fixados também são ótimas recomendações para quem quer defender sua carteira de investidor. Eles podem trazer uma rentabilidade maior que os títulos públicos, porém, com um risco um pouco elevado devido ao crédito privado envolvido.

A principal característica de uma carteira defensiva está na diversificação de seu portfólio. Para isso, é preciso contar com ações de setores menos voláteis e aplicações de empresas consolidadas no mercado.

Como montar uma carteira conservadora e defensiva?

Para montar uma carteira conservadora e defensiva, o primeiro passo é avaliar o seu perfil. A partir disso, é possível traçar uma estratégia mais eficiente para seus planos. Por exemplo, ao diversificar sua carteira com base no perfil conservador, o ideal é contar com a maior parte de seu portfólio composto por produtos de baixo risco.

Assim, é possível se expor ao risco sem grandes consequências, já que o seu patrimônio será construído com base em uma estrutura mais garantida e de alta previsibilidade. Em contrapartida, para montar uma carteira diversificada com base na postura defensiva, é preciso contar com alternativas de mercado que trazem alguma proteção, como o FGC.

Pronto! Agora você já sabe como montar uma carteira conservadora e defensiva, trazendo uma boa diversificação para seu portfólio. Esse processo é importante para assegurar maiores rendimentos e mais segurança para suas aplicações, evitando que possíveis oscilações prejudiquem seus esforços.

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