Que tal investir na Bolsa de Valores? Acha arriscado? Sabia que existe uma forma de fazer aplicações no mercado de capitais com supervisão especializada? Isso mesmo! E esse tipo de investimento pode ser feito por meio dos aportes realizados nos Fundos de Ações.
Esse tipo de investimento é indicado para os investidores que têm um nível de tolerância ao risco menor e para quem pretende resgatar o seu dinheiro em um prazo maior. Como está sujeito à variação dos preços das ações é essencial que você escolha um bom Fundo de Ação para aplicar o seu capital.
Por esse motivo, preparamos este post para ajudar você a entender por que investir em Fundo de Ações é um bom negócio. Vamos lá?
Índice
Um Fundo de Ações é um Fundo de Investimento com 67% do valor da carteira aplicado em ações ou em cotas de outros Fundos de Investimentos em Ações (FIA).
Em resumo, um Fundo de Investimento é o agrupamento de recursos financeiros de inúmeros investidores. Esse montante fica nas mãos de gestores especializados, de acordo com as estratégias, objetivos e políticas de aplicações indicadas no regulamento do Fundo.
Os Fundos de Investimento são criados por um administrador em conjunto com uma gestora, ambas instituições reguladas pela Comissão de Valores Mobiliários (CMV). Além disso, elas são autoreguladas pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (ANBIMA). Eles podem ser de dois tipos:
Dos Fundos de Investimento, os Fundos de Ações são os que apresentam maior potencial de retorno. São indicados para quem tem objetivo de longo prazo e perfil agressivo, ou seja, maior tolerância a riscos, desde que exista a possibilidade de rendimento mais elevado.
Nesse tipo de aplicação, os gestores e analistas estudam as condições macroeconômicas e as oportunidades do mercado de ações. Com isso, buscam encontrar ativos com maior potencial de valorização entre as opções listadas em Bolsa.
Para esse diagnóstico, são utilizados:
Esse cenário é bem diferente da aplicação direta na Bolsa de Valores. Nela, o investidor opera livremente no pregão, sendo o único responsável pelas suas decisões de investimento. No Fundo de Ações é diferente: o investidor compra cotas do Fundo, mas não participa das decisões.
Por outro lado, por contar com uma gestão profissional, o Fundo tem maiores possibilidades de retorno positivo em comparação com os investimentos realizados por um investidor que pouco conhece o mercado. Até mesmo na comparação com aquele que conhece, mas não tem tempo para ficar o dia inteiro pensando em estratégias.
Assim como vários investimentos do mercado financeiro, ao investir em Fundos de Ações você também deve arcar com alguns custos. A seguir, apresentamos os principais. Acompanhe!
A taxa de administração é a remuneração pelo trabalho executado pelos gestores e pelo administrador do Fundo de Ações. Trata-se de um percentual anual que incide sobre o total aplicado, mas que é provisionado (deduzido) diariamente. Dessa forma, o valor da cota publicado todos os dias pelo gestor é líquido, ou seja, já está deduzido a taxa de administração.
Assim, um investidor com R$ 50 mil em um Fundo de Ações com taxa de 2% a.a. pagará durante o ano o valor correspondente a R$ 1 mil.
Alguns Fundos podem cobrar a taxa de performance, desde que essa cobrança esteja prevista no seu regulamento. Essa taxa é uma espécie de “bonificação” aos gestores que conseguem fazer o Fundo superar determinada meta pré-estabelecida (benchmark).
Ao contrário do que se pode imaginar, essa taxa é interessante para o investidor, pois só incide sobre a parcela da rentabilidade que superou o índice de referência. Dessa forma, é um excelente estímulo para que os gestores busquem permanentemente a maximização da rentabilidade do Fundo.
Vamos a um exemplo prático. Imagine um Fundo de Ações que cobre 20% de taxa de performance sobre a parcela que exceder o Ibov. Se esse Fundo ultrapassar em 5% a rentabilidade do Ibovespa, os gestores serão remunerados em 1% sobre o patrimônio do Fundo.Esse resultado é obtido por meio de um cálculo simples: 0,05 × 0,20 = 0,01 = 1%.
Portanto, antes de escolher algum Fundo de Ação, você deve analisar os valores de todas as taxas cobradas para saber se a aplicação escolhida realmente vale a pena. Afinal, quando esses percentuais são muito elevados, eles podem comprometer o retorno dos seus investimentos.
Segundo a ANBIMA, o Fundo de Investimentos em Ações é classificado de acordo com algumas categorias. A seguir, apresentamos as principais. Acompanhe!
Esse tipo de Fundo busca replicar a performance de um índice, como o Ibov, por exemplo. Portanto, para avaliar se vale a pena investir nos Fundos de gestão passiva, você deve analisar o quanto o seu resultado se aproxima do benchmarking utilizado.
Esse tipo de Fundo tem o objetivo de superar o índice utilizado como referência. Para alcançá-lo, o gestor pode assumir níveis de volatilidade distintos do benchmark adotado. Os Fundos de gestão ativa são subdivididos em 5 subcategorias. Confira!
Esses Fundos buscam retorno por meio da seleção de empresas cujo valor das ações negociadas esteja abaixo do “preço justo” estimado. Nesse caso, utilizam a chamada estratégia de valor.
Já os Fundos compostos por empresas com histórico e/ou perspectiva de continuar com forte crescimento de lucros, receitas e fluxos de caixa em relação ao mercado adotam a chamada estratégia de crescimento.
Esses Fundos são mais conservadores e aplicam em companhias com excelente histórico de pagamento de dividendos e ótimo dividend yield.
O dividend yield é a rentabilidade relativa dos dividendos pagos pela empresa. Ele é calculado por meio da divisão do valor do dividendo pela cotação da ação em determinado período.
Mais agressivos que o Fundo de Ações de Dividendos, esse tipo de fundo tem pelo menos 85% da carteira formada por empresas que não estão entre as 25 maiores participações do IBrX. No entanto, essas empresas têm fundamentos sólidos e alto potencial de crescimento.
Fundos que investem em empresas do mesmo setor ou em um conjunto de setores afins. Esses Fundos devem explicitar em suas políticas de investimento os critérios utilizados para a definição dos setores, subsetores ou segmentos elegíveis para aplicação.
Não precisam seguir uma estratégia específica e têm até 30 ações em seu portfólio.
Esses Fundos investem em empresas que apresentam bons níveis de governança corporativa. Bem como, empresas que se destacam em responsabilidade social e sustentabilidade empresarial no longo prazo. Tudo isso precisa estar em conformidade com os critérios estabelecidos por entidades reconhecidas pelo mercado ou supervisionados por conselho não vinculado à gestão do Fundo.
Esses Fundos devem explicitar em suas políticas de investimento os critérios utilizados para a definição das ações elegíveis.
Por fim, esses são Fundos que têm como objetivo superar o índice de referência do mercado acionário. Eles se utilizam de deslocamentos táticos em relação à carteira de referência para atingir o seu objetivo.
Também existem os Fundos de Ações específicos, como os que investem em uma única empresa e, por isso, são extremamente agressivos, e os Fundos de Ações ligados a investimentos no exterior, quando pelo menos 40% do patrimônio é aplicado em ativos financeiros internacionais.
Se você ainda não sabe por que vale a pena investir o seu dinheiro em um Fundo de Ação, não se preocupe. A seguir, apresentamos algumas das principais vantagens de ter esse investimento na sua carteira. Acompanhe!
Os Fundos de Ações são a maneira mais fácil de investir na Bolsa de Valores, já que as estratégias de aplicação são definidas por gestores profissionais. Ou seja, você conta com expertise em vários processos como:
Isso é essencial principalmente para aqueles que ainda não têm experiência no universo dos investimentos, mas ao mesmo tempo querem multiplicar seu capital e sair do marasmo da Poupança.
Os Fundos de Ações permitem mais do que diversidade de investimentos. Eles abrem as portas para se ter acesso a ativos que você não teria se tentasse aplicar sozinho.
Um exemplo são os Brazilian Depositary Receipts (BDR) de nível 1, recibos de empresas estrangeiras negociadas na Bolsa brasileira. Esse é o caminho mais fácil para quem quer investir nas ações dos gigantes internacionais sem sair do Brasil.
Alguns investimentos dão trabalho na hora da tributação. É o caso da aplicação direta na Bolsa, que exige pagamento via DARF até o último dia útil do mês seguinte.
No Fundo de Investimentos não há necessidade de pagar DARF. Da mesma forma, não há incidência dos chamados come-cotas, que são tributações que incidem semestralmente nos demais Fundos de Investimento. Nos Fundos de Ações, a tributação é feita uma única vez — no resgate — , a uma taxa fixa de 15%.
A tributação dos Fundos de Investimento obedece a uma tabela regressiva, que vai de 22,2% (até 180 dias) a 15% (acima de 720 dias). Assim, nos Fundos de Ações, há uma taxa única de 15%, independentemente do tempo de aplicação.
Ao investir em um Fundo de Ações, você não precisa analisar os balanços de várias empresas nem entender uma série de indicadores que podem parecer complexos à primeira vista para tomar as suas decisões de investimento.
Isso porque os ativos que compõem esses Fundos são escolhidos por gestores profissionais que estão atentos às oscilações do mercado. Dessa forma, você só precisa escolher o Fundo que esses especialistas se encarregam de fazer todas as análises necessárias em busca de uma boa performance nas suas aplicações.
Como já explicamos em outros artigos, todos os investimentos têm riscos, inclusive a própria Caderneta de Poupança. O risco é inerente à essência do dinheiro, de forma que o grande problema do risco não está em sua existência, e sim na ausência de sua gestão. Acompanhe os principais riscos dos Fundos de Ações!
Um dos principais riscos dos Fundos de Ações é o risco de mercado. Ou seja, a possibilidade de que a variação negativa de preços impacte o desempenho do Fundo, com ações em queda.
O outro risco é o de liquidez. Nesse caso, estamos nos referindo à chance de você não conseguir resgatar os recursos no momento requisitado. Também é preciso mencionar que quem opera por meio de um Fundo não autorizado pela CVM corre o risco legal, pela realização de operações irregulares.
Antes de investir em um Fundo de Ação, você deve avaliar alguns aspectos para saber se essa aplicação é realmente vantajosa. A seguir, apresentamos algumas dicas para ajudar nessa escolha. Acompanhe!
Como você já sabe, os resultados passados não condicionam a mesma performance para o futuro. Porém, a análise do histórico do Fundo que você deseja investir é um bom indicativo para fazer projeções de cenários e, assim, tomar sua decisão de maneira mais assertiva.
Portanto, antes de investir em qualquer Fundo de Ação, avalie o seu desempenho ao longo dos anos. Além disso, analise a trajetória dos gestores para identificar se esse investimento é boa opção para ter no seu portfólio.
Como dissemos, os Fundos de Ações são investimentos indicados para aquele investidor que tem um perfil mais agressivo, ou seja, que tem maior tolerância a riscos.
Se você é mais conservador nas suas aplicações, esse tipo de investimento não deve fazer parte da sua carteira. Portanto, conheça o seu perfil de investidor para ter os ativos mais adequados no seu portfólio.
Fazer um bom gerenciamento de risco é essencial para todo investidor. Afinal, apenas dessa forma você consegue entender qual é o percentual do seu patrimônio que você está disposto a alocar em ativos de maior risco em busca de maior rentabilidade.
Uma corretora que tenha experiência e credibilidade é formada por um time de especialistas que acompanham o mercado diariamente. Afinal, esses profissionais podem ajudar você com a realização de análises mais complexas e na escolha dos melhores Fundos de Ações para compor a sua carteira.
Como você viu, os Fundos de Ações são uma excelente alternativa para o investidor que deseja potencializar os seus rendimentos sem ter que gastar muito tempo se dedicando ao estudo do mercado. Mas lembre-se de que a chave para se ter sucesso é fazer uma boa diversificação da carteira e contar com uma corretora com credibilidade no mercado.
E aí, gostou deste post? Já sabe por que vale a pena ter esse tipo de investimento no seu portfólio? Então compartilhe esse conteúdo nas suas redes sociais para que outros investidores tenham acesso a esse conhecimento. Até a próxima!