Sabemos que não será possível contar apenas com o INSS para ter aposentadoria tranquila devido ao déficit nas contas do governo. Uma das opções para complementar e garantir recursos financeiros no futuro é a previdência privada. Segura e estável, o investimento possibilita dinheiro extra e manutenção do padrão de vida. Há dois tipos de previdência privada disponíveis: o Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL) e o Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL).
Cada um conta com algumas particularidades e, por isso, é fundamental saber fazer a escolha mais alinhada às necessidades que você tem. Portanto, para te ajudar a compreender melhor sobre o assunto, separamos as principais informações em relação ao tema para guiar as suas decisões.
Neste texto você entenderá como funcionam os tipos de previdência privada, como fazer a melhor escolha e quais são as vantagens e desvantagens desse investimento em seu futuro. Confira!
Índice
A previdência privada é uma maneira de investir no seu futuro e garantir uma renda extra durante a terceira idade. Você pode pensar nela como uma aposentadoria que não é relacionada ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Por meio dela, é possível guardar recursos no presente para custear projetos e melhorar a sua qualidade de vida no futuro. Desse modo, a previdência privada não afeta o seu direito à aposentadoria proveniente do INSS, sendo apenas um reforço para manter suas contas em dia.
Esse tipo de investimento ganhou ainda mais visibilidade após a Reforma da Previdência, que alterou as regras do benefício e desenvolveu exigências mais duras para a aposentadoria. Isso fez com que diversas pessoas percebessem que não é possível contar apenas com a renda paga pelo governo e que é importante planejar o longo prazo.
Os tipos de previdência privada são soluções financeiras com objetivos de médio e longo prazo, principalmente visando a aposentadoria. Diferentemente da alternativa oferecida pela iniciativa pública, que tem recolhimento obrigatório, na privada a escolha é facultativa.
Ela é usada como forma de complementar o rendimento mensal, uma vez que a aposentadoria pelo (INSS) possui um teto de pagamento. Em síntese, esse tipo de investimento pode ser dividido em duas etapas. Veja, a seguir, como funciona o processo necessário para criar a sua previdência privada.
Na primeira, o investidor vai produzir o patrimônio, que aumenta conforme a rentabilidade dos fundos investidos e as novas inversões de recursos. Nesse período, você pode realizar aportes mensais ou em um período estipulado com sua entidade financeira para efetuar o pagamento das parcelas de acumulação.
Já na segunda fase, a partir da data selecionada pelo cliente para usufruir do investimento, o valor já acumulado será utilizado para o pagamento do benefício. Pode ser por meio de saques livres ou contratação de renda.
A previdência privada é um investimento indicado para o longo prazo, principalmente pelo seu incentivo fiscal. Não existe idade mínima para começar a investir. Muitos pais, inclusive, costumam fazer para os filhos ainda na infância, para que possam estudar, viajar ou realizar vários projetos no futuro.
O investimento também oferece outros benefícios que o tornam interessante para o longo prazo. Veja a seguir.
Portabilidade é o direito do investidor de trocar seu investimento de fundo ou sua gestora sempre que entender que existe uma opção mais alinhada aos seus objetivos.
No passado, havia a cobrança de taxas de carregamento para realizar essa operação dos recursos. Hoje em dia, a grande maioria dos planos não as contemplam mais, possibilitando que ela seja executada sem custos para o investidor. Como não há a necessidade de resgatar seu patrimônio, na portabilidade sequer incide imposto de renda.
Assim, contar com essa alternativa é importante para garantir que o investidor possa sempre procurar os melhores fundos para aplicarem os seus recursos.
Além disso, a previdência privada é um investimento vantajoso no médio e no longo prazo também no que diz respeito aos incentivos tributários.
Optando-se pela tributação regressiva, as alíquotas de imposto de renda podem chegar ao patamar de 10%. No caso da opção pelo PGBL, essa alíquota pode ser 17,5% inferior à originalmente incorrida (10% x 27,5%).
Logo, o investidor pode escolher entre duas modalidades de imposto de renda: a progressiva e a regressiva.
Quanto maior o tempo de resgate, menor a incidência do imposto. Nesse caso, a alíquota inicia-se em 35% e cai 5% a cada dois anos de prazo da previdência, atingindo a alíquota mínima de 10% após 10 anos de investimento.
Segue exatamente a tabela de tributação de renda das pessoas físicas, obedecendo às mesmas faixas e alíquotas. Nesse caso, as diferentes faixas tributárias não são relacionadas ao tempo do investimento, mas com o volume resgatado.
Outra vantagem é a ausência do come-cotas. Esse é o imposto que incide sobre aplicações de alguns fundos de investimento convencionais cobrados a cada seis meses. Nos tipos de previdência privada isso não acontece, uma vez que apenas ocorre tributação na data de pagamento dos benefícios ou nos resgates dos investimentos.
Os tipos de previdência privada (VGBL e PGBL) contam com coberturas de risco. São pecúlios por invalidez e mortes, quando o benefício é pago uma única vez. Ou então, pensão por morte e da renda por invalidez, quando o benefício é pago mensalmente ou por um determinado período.
Caso o titular do contrato faleça, há a possibilidade de transmissão para os herdeiros indicados na apólice sem que haja a necessidade do pagamento de impostos. Assim ocorre nos seguros tradicionais. Essa é uma prática que já acontece em alguns estados brasileiros onde não há incidência de Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD) para os beneficiários dos tipos de previdência privada.
Outra vantagem é que os tipos de previdência privada não fazem parte do inventário no caso da morte do titular do plano. Dessa forma, se economiza em honorários advocatícios. Bem como se antecipa o prazo para a transferência dos recursos, que não passa de 30 dias.
Esse aspecto pode ser de muita importância. Um exemplo é o caso do falecimento de um familiar. Nessa circunstância, os herdeiros geralmente têm dificuldades para custear as despesas até que o inventário se desenrole. Isso pode demorar vários meses. Assim, um plano de previdência facilita muito no bem-estar da família.
Por fim, os tipos de previdência privada não obedecem aos critérios de herança habituais. Neles o titular pode, livremente, decidir quem e em que proporção vai receber os valores após seu falecimento.
É facultado, inclusive, a definição de qual a modalidade que esses recursos serão distribuídos. Dessa forma, eles podem ser distribuídos de uma única vez ou por meio de contratação de renda. Isso é muito interessante nos casos de beneficiários incapazes de administrar grandes somas financeiras, pois a decisão pode os garantir uma renda mensal e vitalícia.
Além de conhecer os benefícios dos tipos da previdência privada, é crucial avaliar os pontos negativos que esse tipo de investimento pode trazer. Ainda que essas particularidades não sejam o suficiente para tornar a opção desvantajosa, é muito importante direcionar a sua atenção para avaliar melhor o que é adequado às suas necessidades.
O principal aspecto que você deve ficar de olho são as taxas aplicadas na previdência privada. Esse tipo de investimento envolve algumas cobranças adicionais — como taxas de administração e de carregamento — que podem impactar no seu orçamento caso sejam negligenciadas.
Além dessas taxas, é preciso avaliar cuidadosamente sobre os riscos desse tipo de investimento. Para isso, é preciso conhecer o seu perfil de investidor e assegurar qual dos tipos de previdência privada é mais adequado para garantir mais tranquilidade e segurança ao seu dia a dia.
Conhecer o conceito de previdência fechada e aberta é uma boa forma de entender a diferença entre elas. A principal distinção está na natureza dos planos. Continue a leitura e confira mais sobre cada uma!
A previdência aberta tem como característica a facilidade com que é ofertada, sendo que o monitoramento é realizado por empresas de seguro. Porém, ela pode ser oferecida aos clientes por diversas instituições financeiras. Além disso, qualquer indivíduo que demonstre interesse nesse tipo de plano pode contratar.
Outro aspecto importante é que, com a adesão realizada, o investidor precisa fazer aportes recorrentes e escolher um fundo de investimento no qual seu dinheiro vai ficar alocado. Além disso, essa opção não restringe o resgate do valor, desde que o período de 60 dias de carência tenha sido finalizado.
Portanto, vale analisar as ofertas disponíveis no mercado, seus objetivos financeiros e o perfil de investimento para escolher uma boa previdência aberta. Além disso, conhecer o conceito de previdência fechada e as diferenças para essa opção é uma boa alternativa. Para isso, basta continuar a leitura!
Os planos para previdência fechada também são conhecidos como fundos de pensão. Esse formato foi desenvolvido para atender exclusivamente os funcionários de uma empresa ou categoria específica de trabalhador.
Nessa modalidade, é criada uma equipe para a gestão dos recursos acumulados e também para o desenvolvimento das regras de adesão ao plano. Isso significa que apenas empresas de grande porte conseguem desenvolver tais planos e diluir entre os diversos membros os custos referentes à manutenção desse recurso.
Muitos desses fundos cobram taxas de administração mais baixas do que os abertos, mas também podem gerar alguns custos adicionais para a empresa que é patrocinadora do plano.
Outro importante diferencial em relação à modalidade anterior é que, nos planos abertos, não é possível realizar resgates. Desse modo, você tem acesso ao dinheiro aplicado apenas na aposentadoria ou no caso de desligamento da empresa.
Saber como escolher o melhor tipo de previdência privada é muito importante, já que você não poderá modificá-lo após começar a investir. Por isso, o primeiro passo para decidir o que é o melhor para o seu futuro é entender as particularidades de cada plano. Em seguida, determine qual é o regime de tributação mais adequado para o seu perfil.
Ao contrário dos outros tipos de investimento, os fundos da previdência privada permitem ao investidor a opção de optar pela tributação regressiva ou progressiva. Como se trata de um investimento de médio a longo prazo, é crucial avaliar a rentabilidade esperada sobre o seu retorno financeiro.
Além disso, para nortear melhor as suas decisões, procure entender o grau de risco — também conhecido como volatilidade — do seu investimento. A previdência privada, assim como todo tipo de investimento, está sujeita a alguns imprevistos. Ainda que as vantagens sejam os maiores destaques, é fundamental avaliar a possibilidade de algo sair do controle e ameaçar a sua rentabilidade.
O planejamento é a melhor forma de assegurar melhores chances de alcançar bons retornos com o seu investimento. Seguindo nossas dicas e avaliando as suas opções com cautela, você será capaz de determinar com mais segurança quais rumos devem ser tomados para alcançar os resultados que espera.
Começar a investir na previdência privada é uma forma de aumentar o teto previdenciário e complementar a aposentadoria do INSS. Esse tipo de investimento também traz benefícios fiscais aos investidores concedidos pelo governo. Isso significa que os beneficiários podem contar com vantagens, como dedução de valores durante a declaração completa do IR em até 12%.
A previdência privada serve como uma diversificação de investimento para aqueles que buscam melhor rentabilidade com seus ativos. Além disso, ela também funciona como um forte incentivo para a organização financeira e é ideal para quem quer conquistar um futuro estável para realizar os seus projetos de vida.
Embora existam os planos de previdência fechada, que são oferecidos por empresas privadas ou públicas como benefício aos seus colaboradores, vamos focar nos planos abertos. Neles, a contratação é livre para todas as pessoas.
Eles são mantidos por seguradoras e são distribuídos por bancos, corretoras de seguros e de valores ou distribuidoras de valores mobiliários. Os dois tipos de previdência privada aberta são o Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL) e o Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL).
A previdência privada ajuda na realização de planos e sonhos no longo prazo. Mas você precisa ficar atento para fazer a melhor escolha, de acordo com seu perfil. Veja a seguir os detalhes e características dos planos VGBL e PGBL para você encontrar a melhor opção pra você e sua família.
O VGBL é indicado para quem é isento, faz a declaração simples do Imposto de Renda (IR) ou como complemento ao PGBL. Além disso, é ideal para quem pretende fazer uma contribuição que esteja acima do valor máximo dedutível dele (12% da renda anual tributável), uma vez que ele não permite que os aportes dos planos sejam abatidos do IR.
Nessa modalidade, uma vez que não é dedutível para fins de Imposto de Renda, a tributação dos investimentos só ocorre na parcela da rentabilidade do fundo, nunca sobre o principal aplicado.
Também pode ser usado a fim de elaborar um plano de sucessão, dado o fato de que os recursos acumulados são transmitidos diretamente aos herdeiros, sem a necessidade de elaborar um inventário. Além do mais, o IR incide apenas sobre os rendimentos.
O PGBL é melhor para quem faz a declaração completa do IR, já que é uma despesa dedutível desse imposto, respeitado o limite de 12% da renda bruta anual tributada que gerará restituição tributária e consequente ganho fiscal.
Para ter direito a essa dedução, é preciso que o titular do contrato também faça contribuições para a previdência do INSS ou outro órgão previdenciário oficial.
Como o volume investido gerou restituição de imposto de renda, os resgates realizados serão oferecidos ao fisco em seu valor integral. A incidência de imposto obedecerá à tabela de tributação de renda das pessoas físicas da Receita Federal do Brasil.
Embora não haja nenhum custo de adesão aos planos de previdência, tal como em fundos comuns, há cobrança de taxas de administração na gestão dos recursos investidos. Essas taxas são compatíveis com as cobradas nos fundos livres de investimentos.
Ainda que seja uma prática quase extinta, é importante ficar alerta para a existência de eventuais taxas de carregamento nos planos escolhidos. Esses planos devem ser evitados, pois acabam encarecendo o processo, caso haja interesse na troca de plano.
Agora você pode analisar os tipos de previdência privada e identificar a mais vantajosa para o seu caso. Assim, é possível começar a se preparar desde já para garantir uma aposentadoria tranquila após longos anos de trabalho. Quanto mais organização e planejamento no período de acumulação, melhores serão os resultados futuros.
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