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Operações estruturadas: entenda como funcionam e saiba como investir

Por: Time Ativa
01/01/2020
9 min

Operações estruturadas: entenda como funcionam e saiba como investir

Reunir a segurança da renda fixa à rentabilidade da renda variável não é mais uma tarefa impossível. Apesar de novo no Brasil, o modelo de investimento tem muito a contribuir com a sua jornada de sucesso. Sabe sobre o que estamos falando? Das operações estruturadas, que estão revolucionando a maneira de investir e lucrar no país.

Para quem está se perguntando sobre o que são as operações estruturadas, basta compreender que o modelo combina diferentes ativos capazes de proporcionar ganhos expressivos ao trader. Não por menos, essa modalidade está se destacando no universo dos investimentos.

Pensando nisso, reunimos neste conteúdo tudo o que você precisa saber sobre as operações estruturadas, desde a função até os principais tipos desse investimento, passando pela função do Certificado de Operações Estruturadas, o significado das opções no mercado financeiro e as vantagens associadas à negociação do conjunto de ativos.

Continue a leitura e saiba mais!

Como funcionam as operações estruturadas?

As operações estruturadas são uma modalidade de investimento que se baseia na combinação de ativos. Com isso, em muitos casos, é possível investir de maneira planejada, tendo ciência do pior cenário de perda e da expectativa de rentabilidade antes mesmo de iniciar a operação.

Se perguntássemos a qualquer investidor o que seria um investimento ideal, provavelmente teríamos como resposta algo que unisse um grande potencial de retorno associado a um baixo risco de perdas.

No entanto, quem atua no mercado financeiro sabe que tal situação é praticamente impossível, uma vez que as maiores chances de rentabilidade estão associadas a altos riscos.

De todo modo, é preciso destacar que as operações estruturadas se aproximam bastante desse cenário ideal. Esse tipo de investimento é feito por meio de um COE (Certificado de Operações Estruturadas) ou por meio de instrumentos derivativos chamados opções.

Porém, existem operações formadas no mercado direto, ou seja, montadas com ativos disponíveis no mercado e com liquidez de Bolsa.

Por fim, cabe dizer também que os resultados apresentados por essa modalidade de investimento estão diretamente atreladas ao desempenho conjunto do grupo de ativos que fazem parte dessa estrutura ou COE. É justamente o conjunto de ativos que permite a diluição dos riscos individuais de cada produto e a intensificação do seu potencial de retorno.

Quais são os principais tipos de operações estruturadas?

Até aqui, você entendeu como funcionam as operações estruturadas, que se aproximam ao cenário ideal, na conjunção entre um potencial de retorno e um baixo risco de perdas.

No entanto, a dúvida que fica é sobre os diferentes tipos desse investimento, certo? Listamos os principais. Veja quais são as características e os diferenciais de cada uma das operações estruturadas!

Trava alta

A lista começa com a trava alta, ou trava de alta, uma modalidade em que o trader adquire uma opção de compra (call) com um preço de exercício determinado e vende esse ativo por um preço superior no mercado.

Sendo assim, o objetivo da trava alta, uma das principais estratégias de operação estruturada, é garantir que o valor do ativo esteja maior no momento da venda futura.

Trava de baixa

Por sua vez, a trava de baixa é definida pela venda de uma call com preço de exercício inferior e, consequentemente, caracteriza-se pela compra da mesma call com um valor superior no mercado.

Desse modo, o objetivo da trava de baixa é que, ao final do prazo estabelecido pelo contrato, o valor do ativo esteja menor em comparação ao momento de compra dessa opção.

Borboleta

A operação borboleta ocorre quando o investidor tem a expectativa de que o mercado seguirá estabilizado ou, explicando com outras palavras, quando o trader projeta poucas variações na cotação do seu ativo.

Por isso, o investidor opta por uma determinada faixa de preço, a depender da estabilidade do mercado de ativos. No entanto, caso o valor fique maior ou menor em comparação à faixa aplicada inicialmente, o trader tende a perder com essa oscilação de preços.

Lançamento coberto de opções

O lançamento coberto de opções, também chamado financiamento, ocorre quando é realizada uma compra de determinada ação no mercado à vista. Mas a diferença desse tipo de operação é que a venda da opção de compra call se inicia concomitantemente à negociação da ação.

O motivo é que o comprador passa a ser titular e lançador das opções, tendo direito a vender a ação a um determinado preço em uma negociação futura, de modo que ele segue com a ação na sua carteira de ativos enquanto a opção não for exercida.

Ao final do prazo, caso a opção seja exercida, o trader também consegue vender as ações com a projeção do retorno do financiamento. E, em caso de a opção não ser exercida, o investidor conquistará o valor recebido e ganhará a ação com um preço menor do que o praticado pelo mercado.

Rolagem

Por fim, é importante conhecer a rolagem, um dos principais tipos de operações estruturadas, realizada quando o investidor acredita na estratégia e pretende se manter nela, sem realizar grandes movimentações na sua carteira.

Dessa maneira, o investidor escolhe manter a operação até o vencimento seguinte ou leva a mesma operação para outro valor de exercício, diferente do valor inicial correspondente à opção.

A modalidade, assim, permite que o investidor faça ajustes na estratégia, podendo reavaliar a posição em relação ao mercado ou, se for o caso, adaptar-se aos novos valores praticados.

O que é e como funciona o COE?

COE (Certificado de Operações Estruturadas) é o modelo de operações estruturadas mais conhecido e usado no mercado. Trata-se de uma variante brasileira para as Notas Estruturadas — comum nos Estados Unidos e Europa.

Na prática, estamos falando de um investimento que permite a diversificação com baixo risco. Para isso, os responsáveis pela sua emissão unem títulos de Renda Fixa, ações e outras opções em um mesmo papel.

Antes mesmo de iniciar a operação, o investidor recebe a informação de qual será a sua rentabilidade, o prazo de aplicação e o risco a ser suportado. Ao investir em um COE, você comprará um título emitido por uma instituição financeira. Esse ativo aplica uma boa parcela do seu capital em títulos de Renda Fixa e uma porcentagem menor em opções de Renda Variável, como:

O que são opções?

As opções são direitos de compra e venda de um ativo que, conforme dito, podem ser ações, índices e moedas, por exemplo. Explicando melhor, essa é uma forma de investimento baseada em outro ativo.

Nesse caso, o investidor está adquirindo o direito de comprar ou de vender uma quantidade definida de um bem ou instrumento financeiro a um valor pré-fixado e em uma data futura. Para isso ser possível, o investidor deve pagar um prêmio, maneira encontrada para evitar possíveis oscilações do mercado e até alavancar a carteira. Por isso, é uma modalidade muito utilizada atualmente.

Quer um exemplo? Imagine que o dólar esteja sendo cotado a R$4,00, mas que exista a expectativa de que ele suba. Sendo assim, você pode adquirir o direito de comprá-lo por esse valor daqui a 6 meses. Ao final do prazo, se a cotação realmente subir, você pode exercer o direito e pagar um valor por isso. Caso a cotação esteja igual ou menor, é possível não realizar a compra.

1. Opções de compra

As opções de compra, também chamadas call, são aquelas em que o vendedor é o lançador e tem o dever de efetivar a venda do ativo pelo valor combinado e na data previamente acordada. Por outro lado, o comprador é quem pagou o prêmio e, desse modo, tem o direito de exercer a opção de efetivar a compra nos moldes definidos.

2. Opções de venda

No caso das opções de venda, o vendedor é o titular do ativo e, portanto, já pagou o prêmio para ter o direito de exercer sua escolha. Sendo assim, ele não está obrigado a vender o ativo. Por outro lado, caso decida vender, o comprador tem o dever de cumprir com as condições acordadas, ou seja, de efetivar a compra no prazo e no valor previamente combinados.

O que são estruturas?

As estruturas nada mais são que o conjunto de produtos financeiros e ativos que formam o COE. Sendo assim, ao investir em operações estruturadas, você está adquirindo uma estrutura. Vale destacar que elas podem ser de dois tipos:

  • com valor nominal protegido — mais seguro e garante o valor principal investido;
  • com valor nominal em risco — há a possibilidade de perder até o valor investido.

Mas quais são os benefícios associados a esse conjunto de produtos financeiros?

Quais são as vantagens dessa forma de investimento?

Sem dúvidas, investir em operações estruturadas tem muitos pontos positivos. Essa é uma modalidade nova, mas que já chama a atenção de muitos investidores. Entenda as vantagens desse tipo de investimento!

1. Participação em novos mercados

Um dos pontos de destaque nas operações estruturadas é que elas dão ao investidor a possibilidade de participar de novos mercados e, portanto, aproveitar oportunidades que não seriam experimentadas em outras modalidades. Como há a combinação de ativos, você pode investir de maneira ainda mais diversificada, expandindo seus horizontes e aprendendo a atuar com produtos diferentes.

Devido à insegurança e a falta de experiência muitos investidores ficam restritos aos produtos convencionais ou direcionados a um perfil de risco mais conservador. Porém, com ativos como COE é possível que o investidor amplie o seu leque de opções em busca de maiores resultados com toda a segurança.

2. Previsibilidade de perdas

Quem investe sabe que o risco é sempre uma variável a ser considerada. Em geral, quanto maior a chance de ganhar, maior a possibilidade de perder. Apesar disso, o investimento em operações estruturadas tem uma característica que mitiga esse risco e torna a operação muito mais previsível, o que é um grande ponto positivo.

Na prática, o investidor consegue investir de maneira planejada e evitar os prejuízos. Sendo assim, estamos diante de uma estrutura que reúne os dois maiores objetivos de um investidor: alta rentabilidade e baixo risco.

3. Dispensa o acompanhamento diário

Se você dispõe de pouco tempo para ficar acompanhando seus investimentos, as operações estruturadas podem ser uma excelente alternativa. Em síntese, não é necessário realizar um acompanhamento diário do mercado.

Ao contrário do que ocorre em outras modalidades do mercado, como, por exemplo, as operações de day trade no mercado de ações. Basta para o investidor uma rápida e simples análise de alguns indicadores. Dessa forma, você poderá entender seus resultados e garantir que o capital investido fique protegido de indexadores negativos.

4. Conta com tributação regressiva

Por fim, é relevante destacar o modelo de tributação incidente sobre um COE, que é regressivo. O que isso significa? Da mesma maneira que os investimentos em Renda Fixa, esse modelo de investimento segue a tabela regressiva de Imposto Renda.

Com isso, quanto maior o prazo da operação, menos imposto você paga, visto que a alíquota incidente é reduzida. Esse ponto é importante, pois as taxas, impostos e outras obrigações deterioram os lucros gerados pelos produtos de investimentos.

Portanto, para o obter o máximo de retorno é fundamental se precaver realizando uma análise criteriosa das condições gerais de cada ativo e das oportunidades existentes no mercado.

Esse modelo de investimento é para qual perfil de investidor?

Afinal, qualquer investidor pode aproveitar as oportunidades geradas pelas operações estruturadas? Por envolverem estratégias complexas, esse não é um tipo de investimento adequado para todos os perfis. Em primeiro lugar, vale ressaltar que o tipo de operação realizada exige um certo grau de conhecimento e experiência no mercado de ações. Por isso, o ideal é que o investidor já tenha essa bagagem antes de iniciar suas aplicações.

Com relação ao risco e à maturidade quanto à dinâmica do mercado, elas são indicadas para investidores de perfil agressivo.

Essas pessoas estão dispostas a correr riscos (e até procurar por eles) quando as chances de rentabilidade são maiores. Mesmo sendo uma modalidade que permite a previsibilidade de perdas, é necessário entender que há um risco.

Não se pode ignorar o fato de que as operações executadas são complexas e arriscadas. Nesse contexto, é preciso observar que, em certos casos, o prejuízo experimentado pode ser maior que o valor aportado.

Além disso, caso algo não saia como o esperado, será preciso apresentar mais garantias exigidas pela Bolsa. Sendo assim, o ideal é que, antes de começar a investir em operações estruturadas, o investidor tenha uma boa reserva de emergência. Isso dará mais tranquilidade para realizar suas operações.

Portanto, o ideal a se fazer antes de se decidir por qualquer produto de investimento, é realizar o teste de API. O teste de API nada mais é do que um questionário onde constam perguntas exploratórias que tem o objetivo de classificar o participante em 3 perfis de risco distintos (conservadores, moderados e arrojados).

É importante ressaltar que uma carteira saudável é bem diversificada e conta com ativos de diferentes classes. Na verdade, o que vai diferenciar um perfil de outro é a proporção de ativos em cada categoria. Assim, perfis mais conservadores vão apresentar a maior parte dos seus recursos aplicados em renda fixa e uma pequena fração em produtos de renda variável.

O perfil moderado é mais propenso a assumir maiores riscos em busca de melhores retornos, apresentando uma carteira mais balanceada entre ativos de renda fixa e renda variável.

Por sua vez, o perfil agressivo ou arrojado está focado em atingir maiores níveis de retorno, dedicando boa parte da sua carteira aos ativos de renda variável. Esse último perfil seria o mais indicado no caso das operações estruturadas, pois o nível de risco é maior.

Porém, nada impede que perfis mais moderados ou, até mesmo, conservadores recebam auxílio profissional para também adotarem esse tipo de operação utilizando pequenas fatias do seu capital.

Portanto, considerar um suporte qualificado feito por profissionais experientes e certificados pelo mercado, é uma ótima oportunidade de diversificar seu portfólio e conseguir aproveitar diferentes modalidades de ativos capazes de alavancar os seus resultados.

Afinal, como investir em operações estruturadas?

Sua primeira providência para fazer esse tipo de investimento é abrir uma conta em uma boa corretora. Pesquise bastante e escolha uma instituição séria e comprometida com os seus resultados. O próximo passo é escolher o COE, emitido pelo banco.

É nesse momento que você escolhe o título, sendo importante observar todos os detalhes possíveis, como prazo de validade, valor a ser investido e o risco máximo da operação. Em seguida, você deve ler e entender o DIE (Documento de Informações Essenciais).

O documento é entregue pelo emissor do COE e apresenta um resumo com os principais dados relacionados ao título, como:

  • banco emissor;
  • rentabilidade do investimento;
  • data de início e final;
  • normas para ganhos e perdas.

Até aqui podemos entender que as operações estruturadas são uma modalidade de investimento que utiliza a combinação de dois ou mais ativos. Dentre os seus benefícios podemos destacar o potencial de maiores retornos, previsibilidade de perdas e tributação regressiva.

Quantas informações sobre operações estruturadas aprendemos, não é mesmo? Porém, para ter sucesso no mercado financeiro, um dos elementos mais importantes a se ter em mente é a parceria firmada com a corretora que elabora o relatório em questão. Portanto, certifique-se de encontrar as melhores corretoras para realizar as suas operações e aumentar a rentabilidade dos seus ativos.

Gostou do artigo? Ficou interessado em investir em operações estruturadas? Então, aproveite para compartilhar o conteúdo em suas redes sociais para que mais pessoas tenham a oportunidade de conhecer melhor esse tipo de estratégia.

Time Ativa