Operar comprado ou vendido: o que isso significa?

A Bolsa de Valores é um local repleto de oportunidades para o investidor. São muitos produtos disponíveis para negociação em diferentes mercados. Além disso, a variedade de estratégias que podem ser aplicadas também é muito grande, sendo as mais conhecidas a possibilidade de operar comprado ou vendido em determinado ativo. Essas estratégias são as mais populares do mercado, porém, para gerar resultados, cada uma delas precisa ser utilizada em um momento certo.

Neste artigo, vamos conhecer como esses mecanismos de operação funcionam. Para isso, primeiro vamos entender quais são as suas diferenças e para que tipo de perfil cada operação é indicada. Por fim, vamos elencar quais os cuidados necessários para ter sucesso em cada modalidade. Quer saber mais? Acompanhe!

O que significa operar comprado ou vendido?

Como todo ramo profissional, o mercado financeiro também tem o seu próprio vocabulário com terminologias, jargões e siglas específicas, que podem parecer estranhas para quem observa o mercado do lado “de fora”. Operar comprado ou vendido é um exemplo disso. Ambos os termos fazem referência a tipos de operações realizadas na B3 com ativos de renda variável como ações de empresas, índices de preços e mercados (IPCA, Ibovespa, Selic etc.), commodities do mercado futuro (milho, soja, ouro etc.), moedas estrangeiras, opções derivativas e muitos outros.

Ao operar comprado ou vendido em algum desses ativos, o investidor constrói uma expectativa de resultado em sua mente, segundo a sua análise do comportamento do mercado. Assim, operar vendido representa uma expectativa de desvalorização do ativo, ou seja, o investidor espera que, após o seu posicionamento, o ativo sofrerá uma queda no seu preço. O inverso ocorre ao operar “comprado”, pois a expectativa do investidor aqui é a valorização do ativo.

Ambas as estratégias visam o lucro em cada operação. Dessa forma, é possível que o investidor tenha resultados positivos tanto com a valorização do ativo quanto com a sua desvalorização. A referência para isso é o preço de entrada, ou seja, o preço que o investidor paga para entrar no mercado e se posicionar em um ativo.

Outra referência importante é a expectativa do movimento futuro do mercado. Para saber se o preço de um determinado ativo vai cair ou subir, são utilizadas técnicas de análise (análise técnica ou fundamentalista) que fornecem o embasamento necessário para a tomada de decisão do investidor sobre qual o momento mais adequado de entrar comprado ou vendido em uma operação.

 Operar comprado

Quando um investidor compra uma ação por R$20,00 e, após um período, consegue vendê-la a R$30,00, obteve com isso um lucro de R$10,00, ou seja, o ativo em questão teve seu preço valorizado após a compra inicial. Essa estratégia é a mais comum entre os investidores e pode ser usada tanto no curto prazo com operações intra diárias (day trade), como a médio e longo prazo, visando valorizações ainda mais altas.

Operar vendido

Além da valorização, também é possível ganhar com a desvalorização de um ativo . Isso é possível ao operar vendido, ou seja, se o ativo perde valor (apresentando queda no seu preço/cotação), o investidor lucra. Porém, caso você entre em uma operação vendida e, por algum motivo, o ativo volta a se valorizar, você perde dinheiro. Na prática, ao operar vendido, um investidor compra uma ação por R$30,00 com a expectativa de que, já no curto prazo, a sua cotação rebaixe para R$25,00. Isso significa que o investidor terá um ganho de R$5,00 em uma única operação.

Como as compras de ações geralmente são feitas em lotes, o ganho será muito maior proporcionalmente ao capital aplicado. Se o preço do ativo de fato chegar a R$25,00 o investidor ganha, porém se o preço for na direção contrária e se valorizar, o investidor terá um prejuízo na operação, pois, para sair da operação, ele terá que comprar o mesmo ativo a um preço maior do que o preço de venda original. Como a volatilidade dos preços é muito grande na renda variável, esse tipo de operação é mais comum no mercado intradiário (day trade).

Quais os riscos e os cuidados em cada um desses processos?

Agora que conhecemos as diferenças entre uma operação comprada e uma operação vendida, chegou o momento de entendermos quais os principais cuidados a serem tomados ao começar. O primeiro cuidado é observar o operacional correto, afinal, ao operar comprado, a primeira ação a ser tomada será a compra de um ativo. Já nas operações vendidas será necessário inicialmente vendê-la.

Nesse ponto, é preciso que você desenvolva a familiaridade com a ferramenta utilizada para executar as suas ordens. O home broker da maioria das corretoras têm botões específicos para compra e venda, por isso se dedique a estudar e configurar previamente o funcionamento da sua plataforma para evitar erros. Outro ponto de atenção é a visualização do mercado. Afinal, quem opera comprado deseja que o mercado se movimente para cima e o oposto ocorre na venda.

Portanto, dedique tempo à análise de mercado e busque se aprofundar nas principais ferramentas disponíveis hoje, pois, como vimos, a tomada de decisões sobre o melhor momento de entrada em uma operação é o principal fator de risco do investimento. Em momentos de crise econômica, os principais ativos e indicadores tendem a apresentar quedas, o que pode ser uma oportunidade para quem opera vendido. Já em cenários otimistas, como o anúncio de boas expectativas para o crescimento do país, muitos ativos tendem a responder de maneira positiva também, como o índice Ibovespa.

Qual é a melhor estratégia e para quem são indicadas?

Diante do que vimos sobre essas duas formas de operar, qual você deve adotar? A resposta é: não existe uma estratégia melhor do que a outra. O que existe, na verdade, é qual dessas formas de operar se encaixa melhor em sua estratégia e qual delas está adequada ao seu perfil de investidor. O mercado de renda variável é muito volátil e não são todos os investidores que se sentem confortáveis com tantas oscilações.

Portanto, avalie primeiro qual o seu perfil de risco (se é mais conservador moderado ou agressivo) e, em seguida, adote estratégias condizentes com os seus objetivos, o seu capital disponível e o seu horizonte de tempo, ou seja, por quanto tempo pretende manter o seu capital investido (curtíssimo, curto ou longo prazo). Apenas com todas essas perguntas respondidas você conseguirá definir se deverá entrar comprado ou vendido em uma operação. Lembre-se que investir é uma atividade que requer dedicação e que retornos passados não são garantias de retornos futuros.

Como podemos observar, ao investir, você poderá realizar operações seguindo diferentes estratégias conforme os movimentos de valorização ou desvalorização do mercado. Portanto, a escolha entre operar comprado ou vendido vai depender da sua análise do mercado e da estratégia escolhida para investir (day trade, swing trade, position trade etc). Por fim, é importante a necessidade de manter os estudos sobre o funcionamento de cada ativo que tenha interesse.

O que achou do artigo? Consegue identificar qual o melhor momento para operar comprado ou vendido? Já realizou alguma dessas operações? Deixe o seu comentário abaixo e compartilhe conosco a sua experiência.

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