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Saiba como funciona a classificação de fundos da Anbima

Por: Time Ativa
10/02/2021
6 min

Saiba como funciona a classificação de fundos da Anbima

Se você já procurou sobre algum Fundo de Investimento, então se deparou com a classificação de Fundos Anbima. Entender essa categorização é fundamental para que você saiba exatamente em que está alocando recursos, bem como saber o modo de funcionamento do fundo que está investindo no campo prático.

Neste material, explicamos o que exatamente é a Anbima, qual é o seu público-alvo e como funciona a classificação de Fundos dessa entidade. Com esta leitura, você conseguirá identificar melhor cada Fundo e seu objetivo. Confira a leitura!

O que é a Anbima?

Anbima é a sigla para Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais. Basicamente, essa é uma associação privada que representa o segmento das instituições financeiras no Brasil. Sua finalidade é definir as boas práticas do setor de mercado de capitais ou financeiro.

Como entidade que possui um caráter propositivo, a Anbima conta com diversas iniciativas e programas estruturados para promover a elevação do padrão profissional e a autorregulação do mercado, o que consequentemente contribui para o aumento do nível qualidade dos serviços prestados pelas instituições a ela associadas.

Como funcionam as certificações?

É importante frisar que por se tratar de uma entidade privada, os membros participantes devem aderir a um rigoroso código de ética e melhores práticas, com destaque especial para o aperfeiçoamento contínuo. Para cumprir esse propósito a Anbima desenvolveu um programa de certificações que funciona como um sistema de avaliação sobre as principais áreas temáticas envolvendo produtos, serviços e o conhecimento sobre responsabilidades e atribuições dos diversos agentes do mercado financeiro.

Ao disponibilizar diferentes certificados profissionais, a Anbima busca incentivar a cultura do aprendizado contínuo Além disso, o programa também serve de base para o reconhecimento dos esforços dos profissionais que buscam qualificação, ao vincular cargos e funções a determinadas certificações. São 4 certificações principais as CPA-10, CPA-20, CEA e CGA.

A primeira certificação (CPA-10) é voltada a todos os colaboradores que atuam ou desejam atuar nas instituições participantes da Anbima, funcionando como um atestado de nível básico de conhecimentos sobre o setor e sobre os produtos mais relevantes do mercado. Já a certificação CPA-20 exige conhecimentos mais profundos que a CPA-10 sobre determinados produtos, sendo geralmente exigidos para os gerentes de carteiras pessoa físicas ou jurídicas de alta renda, pois eles atendem um público de perfil mais qualificado.

A certificação CEA – Especialista em Investimentos, por sua vez, é tida como uma certificação de distinção, pois não é tão popular como as certificações anteriores e exige um nível de conhecimento mais complexo e específico. Tais especialistas são responsáveis em assessorar os gerentes de contas junto aos seus clientes, sobre as diversas opções disponíveis em produtos de investimentos.

A última certificação, a CGA, é aplicada em duas etapas, sendo voltada para os gestores de fundos e outros profissionais que atuam com a gestão de recursos de terceiros. Assim, a CGA é exigida daqueles que estão em posições que demandam a tomada de decisões estratégicas para aquisição, venda e gerenciamento de ativos de carteiras de investimentos ou outros veículos de investimentos.

Por fim, a Anbima também classifica os diferentes fundos comercializados na Bolsa de Valores (B3) a fim de organizar a oferta de ativos e tornar o entendimento sobre tais produtos mais acessíveis à população. Confira mais sobre a classificação dos fundos Anbima nos próximos tópicos.

Quais os usos de uma classificação de fundos?

Essa classificação facilita a comparação de fundos com outras alternativas de investimentos. Além disso, ajuda na seleção e decisão dos investimentos por quem opera no mercado. Na prática, os interessados usam essa categorização para otimizar o processo de seleção, comparação e monitoramento dos Fundos.

Isso é possível pelo fato de Fundos com as mesmas características serem aglomerados em um subconjunto. A Anbima aplica três pilares gerais no procedimento para elaborar uma nova classificação de fundo. São eles:

  • Pesquisa ampla sobre práticas internacionais, fornecendo diretrizes para construir a estrutura brasileira. Isso facilita a internacionalização dos Fundos e permite comparar indústrias;
  • Ampla discussão entre representantes de diversos agentes do segmento, como Fundos, Indicadores de Mercado, Distribuição, Private Bankings, entre outros;
  • São feitas pesquisas qualitativas e quantitativas que avaliam a expectativa, forma de pensar e escolha do investidor.

É importante destacar que a classificação Anbima que veremos em seguida, se difere da classificação de fundos tradicional feita por muitos profissionais, sites e blogs envolvidos com a educação financeira, que focam muito mais no modo de operação do fundo.

Assim, fundos conhecidos como os fundos ifix fazem parte do índice de fundos de investimentos imobiliários, os fundo de fundos que são fundos que investem em cotas de outras fundos e os fundos esg que investem em empresas que são social, ambiental e economicamente responsáveis não estão claramente identificados no texto a seguir, apesar de também serem abrangidos dentro dessa lista de classificação.

Como funciona a classificação de fundos?

Basicamente, os Fundos são separados em três níveis. O 1º diz respeito à classe dos ativos, que são Renda Fixa, Ações, Multimercados e Cambial. Essa é a mesma classificação feita pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Os de nível 2 tratam do tipo de gestão e riscos de cada Fundo. Por fim, o 3º nível são subtipos do 2 e dispõem sobre as principais estratégias dos Fundos. Como o 2º e 3º nível são regulados pela Anbima, sendo considerados de autorregulação. Veja quais são os tipos a seguir.

Renda Fixa (1º nível)

Simples (2º nível)

95% do patrimônio são em títulos de dívida pública federal ou títulos considerados mais confiáveis. Entre eles estão os Fundos DI, que são considerados mais conservadores.

Indexados (2º nível)

Os fundos seguem variação de um benchmark, como IMA-B, CDI, entre outros.

Ativos (2º nível)

Aqui os gestores não ficam dependentes do benchmark e têm mais atuações na carteira. Eles podem ser de baixa, média ou alta duração, bem como livre — não há limite mínimo ou máximo de compromisso.

Com investimento no exterior (2º nível)

Mais de 40% dos recursos são aplicados em ativos do exterior.

Multimercados (1º nível)

Alocação (2º nível)

São Fundos Multimercados que buscam retornos no longo prazo por investimento em diferentes ativos, como ações, câmbio e Renda Fixa.

Estratégias (2º nível)

Esses Fundos realizam operações de venda e compra com maior frequência. Esse tipo admite alavancagem e as subcategorias de nível 3 são:

  • Macro: as decisões são baseadas em cenários macroeconômicos de médio e longo prazo;
  • Trading: explora-se oportunidades de ganhos por movimentos do mercado de curto prazo;
  • Long and short direcional: são montadas posições de compra e venda. Os ganhos são provenientes da diferença dessas posições;
  • Long and short neutro: o objetivo principal é manter a exposição financeira líquida limitada a 5%;
  • Juros e moedas: buscam retornos por investimentos em Renda Fixa, mas são admitidos riscos de juros, índice e moeda estrangeira;
  • Livre: não há uma estratégia específica;
  • Capital protegido: almejam retornos em mercados de risco, porém também protegem o principal investido.

Investimento no exterior (2º nível)

40% ou mais do património é investido em ativos financeiros do exterior, mas também permite alavancagem.

Ações (1º nível)

Indexados (2º nível)

Tais Fundos replicam as variações de indicadores do mercado de renda variável. O restante dos recursos são alocados em Fundos de Renda Fixa e Baixa duração.

Ativos (2º nível)

Eles objetivam superar o índice de referência, mas também podem não fazer referências a um índice específico. Assim como os indexados, recursos remanescentes são colocados em Renda Fixa de baixa duração. Os 3º níveis desses Fundos são os seguintes:

  • Calor ou crescimento: tentam ganhos com ações negociadas abaixo do preço justo, com bom histórico ou perspectiva de crescimento;
  • Setoriais: investem em empresas pertencentes a um mesmo setor ou que sejam similares;
  • Dividendos: composto de ações de empresas com dividendos (divisão dos lucros) consistentes;
  • Small caps: Fundos com carteira de, no mínimo 85% em ações. Os 15% restantes podem ser investidos em ações com maior liquidez ou capitalização de mercado;
  • Sustentabilidade ou governança: são adquiridas ações de empresas com boa governança corporativa, sustentabilidade ou responsabilidade social;
  • Índice ativo (indexed enhanced): tem o objetivo de superar o índice de referência do mercado de Ações;
  • Livre: não tem compromisso com uma estratégia específica.

Específicos (2º nível)

Têm características ou adotam estratégias próprias. Seus subtipos de nível 3 são:

  • Fechados: Fundos de condomínio fechado que são regulamentados pela Instrução 555 CVM;
  • FMP-FGTS: operam de acordo com regulamentação vigente;
  • Mono-ação: é composto de ações de apenas uma empresa.

Investimento no exterior (2º nível)

40% ou mais do patrimônio desses Fundos são investidos em ativos financeiros no exterior.

Cambiais (1º nível)

Aqui somente existe o nível 1. Os Fundos devem aplicar, no mínimo, 80% da carteira de ativos em moedas estrangeiras. O valor que não é ligado à moeda deve ser aplicado apenas em operações de renda fixa.

Até aqui podemos observar que a Anbima é uma entidade que representa uma variedade de organizações do mercado financeiro do país. Por meio da sua atuação como autorreguladora, propositiva e disseminadora de boas práticas profissionais e mercadológicas, a Abima atingiu uma grande relevância nacional e mundial como fomentadora de novos negócios e oportunidades. Como vimos, o programa de certificações e a classificação de fundos de investimentos são alguns exemplos de iniciativas de sua autoria, que se tornaram bem sucedidas e que colocam a Anbima como referência no setor.

Portanto, é necessário estar sempre em contato com informações sobre a classificação de Fundos Anbima. O conhecimento sobre o assunto permitirá que você compreenda melhor sobre os tipos de Fundos e garanta o sucesso nos investimentos. Além disso, essas categorizações podem sofrer modificações com o decorrer do tempo, o que também justifica a necessidade de monitoramento constante sobre as atualizações do mercado.

O que achou do artigo? Quer diversificar sua carteira com um dos fundos Anbima que acabamos de conhecer? Então entre em contato conosco agora mesmo e conte com a melhor orientação do nosso time de especialistas. Dessa forma, você vai conseguir tomar a sua decisão de investimento de forma mais embasada e segura. Estamos prontos para atendê-lo!

Time Ativa